segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
O colapso previsível do “Velho Chico”
sábado, 11 de fevereiro de 2012
O insustentável peso do "desenvolvimento humano"
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Chesf anuncia que vai aumentar a vazão do Rio São Francisco
Segundo o superintendente de Operação da Chesf, João Henrique Franklin, a vazão em 3.000m³/s não deve causar transtornos para as comunidades ribeirinhas. “A situação é de normalidade, mas como em fevereiro e março chove na Bacia no Rio São Francisco, é preciso atenção”.
A Diretoria de Operação da Empresa já está em contato com as autoridades dos municípios da Região, para que medidas de prevenção sejam tomadas tendo em vista os meses de fevereiro e março – ainda período úmido que pode levar à necessidade de novo aumento de vazão. No último dia 7, o diretor de Operação, Mozart Arnaud, e o superintendente de Operação, João Henrique Franklin participaram de reunião com o prefeito de Juazeiro (BA), Isaac Carvalho. Em Juazeiro, as localidades de Angary e Ilha do Rodeadouro estão mais vulneráveis às cheias do rio.
A prefeitura de Juazeiro divulgou a informação de que a Defesa Civil do município vem trabalhando desde dezembro, preventivamente, e que vão visitar o Angary e a Ilha do Rodeadouro para repassar as informações apresentadas pela Chesf. “Nós já estamos trabalhando desde o inicio das chuvas nessa prevenção e agora vamos oficializar, junto às famílias o que a Chesf apresentou para que possamos agir antes que algum prejuízo maior possa vir a ocorrer”, informou Adalberto Carvalho, supervisor da Defesa Civil de Juazeiro, no site da prefeitura.
Fonte: Ascom Chesf
Rio São Francisco terá regime de cheias programadas
A vazão de água vai aumentar (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
José Sobral afirmou que essa comunicação faz parte do Regime de Cheias Programadas da Chesfa Companhia explicou as medidas, que visam a manutenção do volume vazio para controle de cheias e que, em decorrência as defluências dos aproveitamentos citados serão elevadas para o patamar de 3.000 metros cúbicos por segundo, o que, consequentemente as descargas médias diárias do Reservatório de Xingó evoluirão para o mesmo patamar a partir do dia 15 de fevereiro.
A Chesf, de acordo com o Secretário da Agricultura, acrescentou que, considerando as condições hidrológicas atuais, haverá vertimento em Itaparica, complexo, Paulo Afonso e Xingó, a partir daquela data, e que a situação hidrológica está sendo permanentemente avaliada, podendo haver alterações nos valores, em função da evolução das chuvas e vazões na Bacia do São Francisco.
À medida que novas informações forem feitas à Seagri, o repasse será encaminahdo imediatamente à imprensa, pelo alcance dos meios de comunicação em avisar a toda a região do São Francisco, em Sergipe, concluiu José Sobral.
Fonte: INFONET
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Brejão dos Negros: cercas cortadas mantêm conflitos
Sem o regime de 'meia', rizicultores têm que lidar com invasões de animais |
Lá, entretanto, elas não têm conseguido servir de barreira para todos os problemas. Já foram danificadas em dois momentos: numa derrubada feita por fazendeiros em meados de 2011 e, mais recentemente, em uma série de investidas que terminaram no corte de mais de 1.500 metros de arame.
Com o caminho livre, o gado acaba entrando nos espaços cultivados. E evidencia, mais uma vez, o clima de tensão no local: o povoado faz parte de uma região prestes a ser considerada como remanescente da área quilombola Brejão dos Negros, o que gerou atritos entre solicitantes, posseiros, fazendeiros e população em geral.
Resoluções
Mais de 1.500 metros de arame foram danificados |
Como se não bastasse a dificuldade em manter a lavoura aberta, os residentes receberam ainda a recomendação de não deixar o gado alheio morrer – ou seja, precisam dar água e alimento aos bichos. A polícia orientou que eles fossem presos e mantidos dentro da comunidade, sendo liberados apenas com autorização da delegacia. De acordo com os agricultores, entretanto, o ambiente de conflito torna o procedimento de entrega difícil de cumprir.
Izaltina: opositores tentaram contra-informação |
Em resposta aos novos ataques, ocorridos entre dezembro e janeiro, o INCRA fez vistoria em Resina ainda no mês passado, durante visita à Batateira para a produção de um relatório sobre a questão dos posseiros. Segundo Leonardo Góes, superintendente substituto da autarquia em Sergipe, a Justiça Federal será informada sobre o assunto.
Professor Gilvan: "em determinado momento, começaram a perder terreno" |
Demarcação
O processo de demarcação das áreas quilombolas em Brejo Grande ainda não foi concluído. O INCRA, no entanto, prevê que o término do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação, que inclui estudo antropológico, seja finalizado ainda no primeiro semestre de 2012. “A comunidade está bastante ansiosa, mas é um relatório que tem que ser feito com bastante cuidado”, afirmou Leonardo Góes.
Para alguns representantes do movimento quilombola local, o avanço no reconhecimento da área ajuda a apaziguar algumas tensões existentes entre os próprios habitantes dos povoados. O caminho até aí, entretanto, foi longo.
A partir do momento em que um grupo começou a manifestar interesse pela identificação quilombola – com apoio do padre Isaías Nascimento, hoje afastado da paróquia –, surgiram focos de rejeição que cresceram com a ação de grupos que se identificam como proprietários de terras. “Eles diziam que as pessoas iam perder as casas, iam voltar a ser escravos”, relatou Maria Izaltina Santos, presidente da Associação Santa Cruz, entidade ligada a Brejão dos Negros. As divergências chegaram a momentos de grande tensão, como quando um grupo desfavorável ao quilombo invadiu uma missa de Isaías aos gritos de “fora, padre”.
“Em um determinado momento, eles começaram a perder terreno. As pessoas costumam acreditar quando veem acontecer”, avaliou o professor Gilvan Pereira, também envolvido no movimento pela demarcação. Segundo ele, no pior momento, apenas 20 famílias sustentavam o pleito. Hoje, são cerca de 300.
Para ajudar a reverter a situação, foram realizados diversos trabalhos em Brejão – cursos, capacitações, ações de resgate cultural. “Houve, principalmente no começo do conflito, uma tentativa de divisão entre eles, muito própria do momento de afirmação de identidade cultural”, comentou a procuradora do MPF Lívia Nascimento, acrescentando que a alguns dos residentes foram oferecidas casas em outro povoado de Brejo Grande, o Saramém.
Por Ricardo Gomes
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
TÃO NECESSÁRIA, TÃO PROBLEMÁTICA
Por Giovanni Sandes
A transposição do São Francisco tomaria água do rio e distribuiria no Nordeste a partir deste ano – prometeu várias vezes, do início até os últimos dias de seu governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar disso, até a presidente Dilma Rousseff, em sua atual gestão, não conseguirá concluir a obra secular, pensada pela primeira vez no Brasil de Dom Pedro II, em 1847. Foram 160 anos de espera até as obras, em 2007, início da contagem regressiva para a água do chamado Rio da Integração Nacional correr pelo Semiárido, para consumo humano e nos negócios. Cinco anos após o novo começo, o clima de abandono é visível em vários trechos da transposição. O controverso projeto virou unânime, mesmo entre críticos: a obra, irreversível, tem que sair, com qualidade e o menor prejuízo possível aos cofres públicos.
Até virar a transposição em sua versão atual, de canais, túneis e estações elevatórias, o projeto mudou muito, assim como o Nordeste. No século 19, a literatura romântica de José de Alencar, em O Sertanejo, de 1875, descrevia uma região isolada e rude, distante e sem avanços futuros como eletrificação rural. De qualquer cidade sertaneja, era possível contemplar “as noites do sertão, recamadas de estrelas rutilantes”.
A luz artificial hoje atrapalha a romântica vista do céu noturno nas cidades do interior, onde ainda há povoados miseráveis, com torneiras que passam mais de 15 dias sem água. A transposição sempre foi vista como a solução desse problema.
Mas o nordestino, cantava Luiz Gonzaga em 1972, em United States of Piauí, já havia trocado a garapa pela Coca-Cola e a calça de couro pelo jeans da marca Lee. A transposição também trocou de roupa.
Até o governo do ex-presidente Itamar Franco, o projeto era de um só grande canal, de Cabrobó, em Pernambuco, a Jati, no Ceará, com a água seguindo para bacias de rios e dali principalmente para o Rio Grande do Norte. Fernando Henrique Cardoso virou presidente, em 1994, prometendo fazer a transposição. Foi seu governo que ampliou o projeto para dois canais, o Eixo Norte, o original, mais o Leste, para beneficiar Pernambuco e Paraíba.
Secretário Estadual de Recursos Hídricos e Energéticos, José Almir Cirilo era secretário-adjunto de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente em 1997, na gestão do governador Miguel Arraes. Ele acompanhou as negociações com o time de FHC. “Fomos contra a proposta que estava apresentada porque ela não beneficiava em nada ou quase nada Pernambuco, que tem uma situação crítica de abastecimento. Não se podia aceitar uma proposta que não resolvesse essa questão. Nos perguntaram o que queríamos e apontamos a região do Agreste e alguns sistemas hídricos do sertão que poderiam ser beneficiados. Daí surgiu o Eixo Leste”, lembra.
O então ministro da Integração Nacional, o potiguar Fernando Bezerra (não confundir com o homônimo hoje na mesma pasta), era um entusiasta. Prometia licitação em 2000 e, em três anos, a secular obra pronta. Nada saiu. A oposição política era forte mesmo no Nordeste, em Sergipe, Alagoas e Bahia, Estados que, em tese, perderiam com a transposição. No dia 11 de outubro de 2001, em Uberaba (MG), FHC alegou razões ambientais e desistiu publicamente: disse que o rio deveria ser preservado e não transposto.
O que parecia um fim melancólico do projeto virou uma pausa. Sucessor de FHC, Lula resgatou a ideia com força. Negociou, usou a popularidade e peitou opositores: políticos, artistas ou ambientalistas. Na Bahia, o bispo do município de Barra, dom Luiz Flávio Cappio, fez duas greves de fome contra a obra, em 2005 e em 2007. Ganhou holofotes internacionais, mas perdeu a parada.
Lula criou um projeto para revitalizar o rio e sanear as mais de 400 cidades e povoados às suas margens. Também apresentou números diferentes. Manteve o teto de retirada de água de FHC,de 127 metros cúbicos por segundo (m³/s), 3% da vazão do rio, quando houvesse excesso no Reservatório de Sobradinho (BA). Mas propôs captar continuamente 26,4 m³/s, 1,42% da vazão. Diante da promessa técnica de haver limite na tomada de água, a resistência foi vencida. O ex-ministro Ciro Gomes, grande escudeiro de Lula na transposição, convocou o Exército para tirar o projeto do papel, em 2007, início do segundo governo Lula.
A obra foi dividida em 14 lotes. Mas algumas empreiteiras pediram aumento antes de começar. Três consórcios até desistiram.
Mesmo assim, Lula mantinha os prazos. Entregaria o Eixo Leste em 2010 e o Norte, em 2012. Assim, o governo que deu um enredo novo a um projeto tão antigo também deu início aos problemas da transposição no mundo real. Os bastidores dessa história recente foram marcados pela pressa diante eleitoral, o que atrapalhou do planejamento à execução do projeto. Os prejuízos estão a céu aberto: trechos de canais deteriorados antes mesmo de receberam água.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Margens do Velho Chico continuam sendo ocupadas
Embora no relatório divulgado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - CHESF para o período compreendido entre a sexta-feira, dia 27 de janeiro e a segunda-feira, 06 de fevereiro, a vazão do Rio São Francisco esteja em torno de 2.400 metros cúbicos por segundo e, conforme o superintendente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF, Paulo Viana, esses índices não sejam motivo de preocupação, o promotor público do Ministério Público do Estado - MPE e diretor do Centro de Apoio do São Francisco e Bacias Estaduais, Eduardo Matos, não descartam a possibilidade de potencialização dos problemas do São Francisco com a chegada das chuvas.
Segundo Matos, os problemas estariam fundamentados na artificialidade do rio e na ocupação desordenada das áreas de preservação permanente. “A grande dificuldade é que a bacia do São Francisco tem um conjunto de problemas. Então, veja, a região tem hoje uma artificialidade, ou seja, sua vazão é controlada por uma série de barramentos que tem ao longo de sua bacia. Ao lado disso a ocupação desordenada, se nós colocarmos o olhar sobre o baixo São Francisco, percebe-se que se ocupou a área reservada para a mata ciliar. O que tem de mata ciliar hoje é muito pouco e mal monitorado. Se nós observamos bem, em toda essa margem há a presença de casas e bares. É toda uma ocupação desordenada. É uma ocupação desordenada de décadas e que se tenta estabelecer limites agora”, declara.
O trabalho de tentar impor limites a essa ocupação vem ocorrendo desde 2008, através da fiscalização de 20 órgãos ligados ao meio ambiente, seguindo modelo já adotado pelo Estado da Bahia. Desde o início dessa fiscalização, de acordo com Matos, 70 ocupações indevidas foram diagnosticadas. “Começamos em 2008 a fiscalização preventiva integrada, que a gente chama de FPI. Esse é o modelo adotado na Bahia há nove anos; em que consiste isso? Nós integramos órgãos federais, estaduais e municipais para fiscalizar o São Francisco. Começamos em outubro com Canindé e Poço Redondo e aí tem o Ministério Público Federal - MPF, MPE, delegacia do trabalho, Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos - COHIDRO, Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe - EMDAGRO, todos os órgãos que têm alguma coisa a ver com o meio ambiente. Juntamos 20 órgãos e começamos a fiscalizar o leito e todas as atividades nos arredores. A ideia qual é? A bacia integrada com uma realidade social, econômica e ambiental. A ideia é chegar até a foz com essa fiscalização mas a logística é complicada porque se deslocam 20 órgãos por três dias”, explica.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Microprojetos Rio São Francisco
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Cidade submersa que deu lugar à hidrelétrica será aberta para visitação
A antiga Petrolândia era assim: havia duas igrejas. Uma delas ficava no ponto central da cidade. “Tenho muita saudade, muita lembrança. Quando a gente é jovem, marca muito”, lembra a aposentada Isabel Ferraz.
A igreja matriz da velha Petrolândia não resistiu ao tempo. Suas paredes ruíram e estão completamente destroçadas, no fundo do Lago de Itaparica. Mas a Igreja do Sagrado Coração de Jesus está resistindo há 23 anos. A profundidade é de 13 metros. O Fantástico entra na igreja mergulhando.
“Na frente vamos ter uma grande escadaria, que leva para o interior da igreja. Dentro da igreja tem grandes janelas que iluminam o salão da igreja”, conta o engenheiro de pesca Bruno Gonçalves.
A visibilidade é de, aproximadamente, oito metros. A escadaria que dá acesso à igreja está coberta por uma camada de lama. O templo está vazio. Todos os bancos foram retirados antes da enchente.
Na parede, está o nicho onde ficava a imagem do Coração de Jesus. Os janelões, que eram decorados por vitrais, estão abertos.
Chegamos ao local do altar-mor, que fica bem à frente. Nele, está a cruz de pedras, incrustada na parede central, com a pequena plataforma, que era base de apoio da imagem de Jesus Cristo. É o que resta do recinto sagrado. Tem até um cari, peixinho da família dos bagres, grudado na cruz.
Quem vê as imagens do templo submerso não tem ideia do drama da população da velha Petrolândia. Quando a água começou a invadir a cidade e as áreas rurais, alguns moradores se recusavam a deixar suas casas.
A dona de um restaurante, Jacira Neguinha, foi uma das últimas moradoras a sair. “Da minha parte, eu achava melhor a cidade antiga. Era pequenininha e tudo, mas era gostosa de ver. A gente andava para todo lugar”, conta. Jacira também elogia a nova cidade. “Aqui é bom também. Aumentou muito. A cidade ficou bem maior. Dá umas quatro vezes ou mais da de lá”, compara.
Com a construção da barragem e a criação do lago, as cachoeiras do Rio São Francisco desapareceram. Em um trecho, o rio deixou de existir. Algumas espécies de peixes também foram extintas.
“Lá nós contávamos cardumes de 50 a 100 surubins, de 20, 30, 40 e até 50 quilos”, lembra o pescador Boca Mole. Hoje, o lago abriga uma criação de tilápias. Ao todo, 60 tanques produzem 20 toneladas de peixes por mês.
Bombeiros estão mapeando as ruínas da cidade submersa. Eles querem criar aqui um novo ponto de mergulho para turistas que gostam de aventura.
Muitos destroços embaixo, com paredes caídas, casas destruídas e um amontoado de escombros. Mas conseguimos chegar à Charqueada, uma antiga fábrica de doces e o maior prédio da antiga cidade. Uma escada leva ao primeiro andar. Em uma sala, há um intruso: o tucunaré, peixe tradicional da Região Amazônica, que foi introduzido no Lago de Itaparica.
Embaixo dos tijolos, há um bagre mandi. O próximo passo do mapeamento é localizar a velha estação ferroviária: um tesouro do inicio do século passado. Além das ruínas, 22 anos depois da construção da barragem, só restou saudades.
“A gente lembra aquelas músicas, aqueles lugares aonde a gente se encontrava”, conta dona Isabel Ferraz.
“Eu tenho saudade da cachoeira, onde eu nasci”, lembra o pescador Boca Mole.
Para matar a saudade, uma opção é curtir a beleza do pôr do sol diante do Lago de Itaparica. Pelo menos, um espetáculo da natureza que não pode ser alterado pelo homem.
Fonte: Fantástico - Rede Globo
Desmatamento impede navegação no Velho Chico, maior hidrovia do país
Professor Zuza (Foto: Divulgação) |
Estátua do negrinho do Rio, às margens do
Rio São Francisco (Foto: Divulgação)
|
CUIDADO COM AS MENTIRAS ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !
Não confundam Transposição com REVITALIZAÇÃO! A transposição caminha no sentido inverso da REVITALIZAÇÃO; enquanto a transposição "rouba" águas do Rio São Francisco para enviá-la a outras bacias hidrográficas do Nordeste, a REVITALIZAÇÃO deveria recuperar o volume do rio através de ações de reflorestamento de matas ciliares, desassoreamento de seu leito, canalização e tratamento de esgotos antes de serem jogados nos rios, conscientização ambiental nas escolas para que os futuros adultos saibam respeitar a Natureza, controle e erradicação da pesca predatória, redução drástica do uso de agrotóxicos em lavouras e pastos que ficam à beira dos rios, repeixamento de afluentes e lagoas de reprodução e obras de contenção de barrancos através do plantio de espécies nativas e outras ações pensadas para a proteção dos mananciais. A transposição é uma obra perversa, tanto para o VELHO CHICO, como para as populações que vivem de suas águas, como também para as populações que vivem em áreas próximas dos seus canais: ao contrário do que diz a propaganda enganosa do governo, essas águas não servirão às populações que dependem de carros-pipa para sobrevivência de sua família; elas são destinadas a indústrias, grandes latifúndios e grandes açudes; apenas 2% de suas águas serão destinadas ao consumo doméstico! Leiam com atenção e espírito crítico a "reportagem" abaixo. Os grifos em vermelho no texto abaixo são meus e objetivam alertá-los para essas mentiras mal intencionadas.
Mauriti-CE: Paralisação das obras de "revitalização" do Rio São Francisco preocupa trabalhadores
domingo, 29 de janeiro de 2012
Maria Fumaça é personagem da comemoração dos 126 anos de Piranhas, AL
A máquina, que estava parada há pelo menos quatro décadas, foi restaurada por um suíço, ex-funcionário da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). E foi cedida para a Prefeitura de Piranhas em regime de comodato pela CBTU.
“É um processo de desmonte total, porque ela estava muito abandonada. Nós desmontamos ela toda, recompusemos todas as peças e montamos de novo; e o que não pode ser aproveitado fizemos de novo”, disse Werner Ernst Frei, o restaurador da Maria Fumaça.
Os mais velhos ficaram surpresos: “Chego e encontro uma maravilha dessa”, declarou o aposentado Aloísio Rodrigues.
A nostalgia também tomou conta dos parentes de ex-funcionários da Estação Ferroviária de Piranhas: “Meu pai era ferroviário daqui de Piranhas. Muita emoção ver funcionando novamente”, falou a dona de casa Maria de Fátima Ferreira.
As crianças ficaram admiradas com a novidade até então vista somente em filmes. O momento festivo foi comemorado com música.
A ideia é fazer com que em breve a viagem no tempo seja mais completa. É que, além de ver, as pessoas poderão passear na Maria Fumaça; mas isso só será possível após a conclusão do projeto de restauração da linha férrea de Piranhas. A previsão é que isto aconteça ainda este ano. Após a conclusão das obras de restauração, as pessoas poderão percorrer um trajeto de 12,5 Km a bordo da velha Maria Fumaça, de Piranhas à Hidrelétrica de Xingó, bem na divisa com o estado de Sergipe.
Os recursos para as obras e a restauração da linha férrea vêm do Ministério do Turismo. O objetivo é atrair mais visitantes para a região.
“Assim que passar o carnaval essas obras terão início. Já é garantido esse recurso de R$ 2 milhões. E nós teremos uma proposta de conseguir mais R$ 10 milhões, que é o custo total da obra”, explicou o secretário de Cultura e Turismo de Piranhas, Cláudio Pereira
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Povo Xakriabá tem a posse de mais três fazendas reconhecida pela justiça federal
Aldeia Morro Vermelho
O território Xakriabá está localizado na região do Médio São Francisco, no município de São João das Missões, Norte de Minas Gerais. Atualmente, a população é estimada em torno de 9.000 índios, vivendo em mais de 30 comunidades/aldeias. As famílias da aldeia Morro Vermelho viviam na periferia de São João das Missões de forma precária, sem moradia, alimentação e sem terras para plantar suas roças.
Um pouco da história de luta pelo território Xakriabá
A luta do povo Xakriabá em reaver parte do seu território tradicional tem marcado a vida de várias gerações. Em 1978, a FUNAI criou um Grupo Técnico – GT, para identificação territorial. A demarcação ocorreu em 1979, deixando de fora áreas importantes e reduzindo para menos de um terço a área original pertencente ao Território Xakriabá.
Ministério interrompe licitação de obra de transposição do São Francisco
Em dezembro, o Estado mostrou que as obras estão paralisadas em vários trechos e que parte do trabalho feito começa a se perder. No final de 2011, o ministério anunciou ainda que faria novas licitações, não programadas, no valor de R$ 1,2 bilhão para salvar a transposição.
O novo edital foi preparado ao longo do ano passado e publicado em dezembro de 2011. O valor estimado na concorrência era de R$ 720,8 milhões. A entrega das propostas pelas empresas estava marcada para acontecer na tarde desta quinta-feira, 26.
De acordo com informações do ministério, 20 empresas tinham feito visitas técnicas na obra para buscar mais detalhes a fim de participar da licitação.
Prioridade. O lote que teve a licitação suspensa faz parte do eixo norte da transposição, o maior da obra. A previsão do governo é entregar em 2015 o trecho de forma completa.
A obra da transposição do Rio São Francisco é a mais cara do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) entre as que serão feitas integralmente com recursos públicos. Apontada como prioritária ainda no governo Luiz Inácio Lula da Silva, ela teve início em 2007 e foi usada como cenário de campanha da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2010. O custo inicial era de R$ 5 bilhões, mas já saltou para R$ 6,9 bilhões.
O ministério enfrentou nos últimos dois anos problemas com os consórcios contratados e a maioria deles abandonou os canteiros no sertão nordestino. Foram feitos acordos para a retomada em 2012, mas parte das obras que tinham sido entregues ao setor privado passará por nova licitação porque as empresas não concordaram em concluí-las pelo preço determinado.
Depoimento de Manoel Bibiano, prefeito de Iguatama, MG
Charge na "Gazzeta do São Francisco"
Depoimento de Roberto Rocha, Lagoa da Prata, MG
Localidades Ribeirinhas
Vargem Bonita / MG | Ibotirama / BA |
Hidrelétrica de Três Marias / MG | Morpará / BA |
Pirapora / MG | Barra / BA |
Ibiaí / MG | Xique-Xique / BA |
Cachoeira do Manteiga / MG | Remanso / BA |
Ponto Chique / MG | Santo Sé / BA |
São Romão / MG | Sobradinho / BA |
São Francisco / MG | Juazeiro / BA |
Pedras de Maria da Cruz / MG | Petrolina / PE |
Januária / MG | Cabrobó / PE |
Itacarambi / MG | Hidrelétrica de Itaparica - PE / BA |
Matias Cardoso / MG | Hidrelétrica de Paulo Afonso / BA |
Manga / MG | Canindé de São Francisco / SE |
Malhada / BA | Hidrelétrica de Xingó - AL / SE |
Carinhanha / BA | Propriá / SE |
Bom Jesus da Lapa / BA | Penedo / AL |
Paratinga / BA | Piaçabuçu / AL |
Depoimento de Dom Frei Luiz Cappio, Bispo de Barra, BA
Principais Afluentes
Rio Abaeté | Rio Pandeira |
Rio Borrachudo | Rio Pará |
Rio Carinhanha | Rio Paracatu |
Rio Corrente | Rio Paramirim |
Rio das Velhas | Rio Paraopeba |
Rio Grande | Rio Pardo |
Rio Indaiá | Rio São Pedro |
Rio Jacaré | Rio Urucuia |
Rio Pajeú | Rio Verde Grande |
Entrevista à TV Sergipe, Aracaju
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