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domingo, 2 de outubro de 2016

SETE ANOS DECORRIDOS DA EXPEDIÇÃO!


Meus caros amigos,

No dia 7 de dezembro completam-se 7 anos desde que eu terminei a minha expedição pelo rio São Francisco.

É difícil explicar as dificuldades que envolvem uma viagem dessa natureza, que começam com o planejamento.

Foram cinco meses de preparação. Em primeiro lugar, conhecer a dimensão do problema: percorrer 2.700 km a remo, sem nenhuma companhia e sem apoio terrestre. Depois, encontrar um construtor de canoas que atenda às necessidades e tenha flexibilidade para adaptar a embarcação para as características do rio em que vamos navegar. E a capacitação para conduzir essa canoa.

Seguem outras dificuldades: a lista exaustiva de tudo que será indispensável para a aventura; a obtenção dos recursos financeiros; o estudo detalhado do percurso, com todas as possíveis dificuldades a serem superadas; a análise das melhores condições meteorológicas e períodos do ano para a navegação; o tipo, a variedade e as quantidades de alimentos a serem levados... e assim por diante.

A realidade foi muito diferente dos planos! Faltaram patrocinadores, faltou dinheiro, muitas das dificuldades não foram previstas. Mas, em compensação, o povo que eu encontrei no rio foi extremamente acolhedor e generoso! Em todos os lugares fui recebido com atenção e respeito que eu nunca imaginei existir nesse Brasil caboclo! E isto compensou todas as adversidades!

Agora, passados esses sete anos, ainda não consegui viabilizar o meu projeto, pois faltaram recursos e patrocínios para a publicação de meu livro. De que adianta terminar uma expedição dessa natureza e magnitude se eu não posso divulgar a história dessa façanha, se eu não posso compartilhar meus conhecimentos a respeito do rio São Francisco?

Por isso, mais uma vez recorro a vocês, amigos que já me conheciam e aqueles que encontrei nessa imensa rede de relacionamento, parentes meus e colegas e ex-colegas de trabalho, para que me concedam a oportunidade de finalizar o meu projeto.

Eu sei que o momento em que vivemos é muito difícil para todos nós, mas a Cultura, o Conhecimento não podem parar de evoluir. Em novembro de 2015, há quase um ano, passei pela pior experiência de minha vida: um infarto agudo do miocárdio quase me levou a vida. Felizmente, e graças à generosidade de alguns, e competência de especialistas, eu sobrevivi. Perdi mais de 50% da capacidade cardíaca para bombear sangue para o meu corpo, mas estou vivo!

Esse fato mudou minha percepção do sentido da vida. E, por essa razão, decidi retomar o projeto de publicar o livro sobre a Expedição Velho Chico. Juntei forças e vontade, procurei alternativas e decidi fazer esta campanha! Pensei: muitos conhecem minha luta incansável pela preservação do meio ambiente, pela proteção dos povos indígenas e pela ética e dignidade do ser humano. Eu acredito na solidariedade de meus amigos! E espero, sinceramente, que vocês não vão deixar de me apoiar nesse que talvez seja o último trabalho que realizarei em minha vida...

Não deixem morrer esse trabalho intenso e honesto. Façam sua contribuição! Por apenas cem reais vocês estarão assegurando a publicação do livro e o recebimento de um exemplar autografado!

Acessem:
http://www.kickante.com.br/campanhas/producao-do-livro-meu-velho-chico

domingo, 29 de janeiro de 2012

Maria Fumaça é personagem da comemoração dos 126 anos de Piranhas, AL

Banhada pelo Rio São Francisco, visitada pelo imperador Dom Pedro II e que faz parte da história do Cangaço, a cidade Piranhas, distante 269 km de Maceió, ganhou um novo atrativo histórico. O salto ao passado foi proporcionado com a aquisição de uma Maria Fumaça, fabricada na Alemanha em 1929, para ser utilizada no transporte da cana-de-açúcar em uma usina de Alagoas. 

A máquina, que estava parada há pelo menos quatro décadas, foi restaurada por um suíço, ex-funcionário da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). E foi cedida para a Prefeitura de Piranhas em regime de comodato pela CBTU. 

“É um processo de desmonte total, porque ela estava muito abandonada. Nós desmontamos ela toda, recompusemos todas as peças e montamos de novo; e o que não pode ser aproveitado fizemos de novo”, disse Werner Ernst Frei, o restaurador da Maria Fumaça.

Os mais velhos ficaram surpresos: “Chego e encontro uma maravilha dessa”, declarou o aposentado Aloísio Rodrigues. 

A nostalgia também tomou conta dos parentes de ex-funcionários da Estação Ferroviária de Piranhas: “Meu pai era ferroviário daqui de Piranhas. Muita emoção ver funcionando novamente”, falou a dona de casa Maria de Fátima Ferreira.

As crianças ficaram admiradas com a novidade até então vista somente em filmes. O momento festivo foi comemorado com música. 

A ideia é fazer com que em breve a viagem no tempo seja mais completa. É que, além de ver, as pessoas poderão passear na Maria Fumaça; mas isso só será possível após a conclusão do projeto de restauração da linha férrea de Piranhas. A previsão é que isto aconteça ainda este ano. Após a conclusão das obras de restauração, as pessoas poderão percorrer um trajeto de 12,5 Km a bordo da velha Maria Fumaça, de Piranhas à Hidrelétrica de Xingó, bem na divisa com o estado de Sergipe. 

Os recursos para as obras e a restauração da linha férrea vêm do Ministério do Turismo. O objetivo é atrair mais visitantes para a região.

“Assim que passar o carnaval essas obras terão início. Já é garantido esse recurso de R$ 2 milhões. E nós teremos uma proposta de conseguir mais R$ 10 milhões, que é o custo total da obra”, explicou o secretário de Cultura e Turismo de Piranhas, Cláudio Pereira

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Trem fará passeio simbólico para marcar a recuperação da linha férrea

Quarenta e oito anos depois da sua última viagem ligando Piranhas a Jatobá, em Pernambuco, a Maria Fumaça de Piranhas desembarca novamente na cidade alagoana nesta quinta-feira (26). O passeio marca a restauração do trecho da linha férrea que liga as duas cidades. A recuperação será feita com recursos do Ministério do Turismo, da ordem de R$ 3 milhões, viabilizados por emendas do senador Benedito de Lira.

Na obra, serão reaproveitados os trilhos da malha férrea de Maceió que foram substituídos para a implantação do VLT (Veículos Leves sobre Trilho). O contrato da obra será assinado no próximo sábado (28), quando a Maria Fumaça percorrerá 60 metros para simbolizar a reativação da linha férrea. Movida a vapor – lenha e água, a máquina é um modelo alemão fabricado em 1929.

Durante a assinatura do contrato, a Prefeitura de Piranhas vai prestar homenagem a 50 ex-ferroviários com a entrega de uma réplica da Maria Fumaça. Estará presente, além de representantes da CBTU e gestores locais, o senador Benedito de Lira.

Atualmente, a cidade ribeirinha recebe cerca de 3.500 turistas por mês, segundo dados da prefeitura. O retorno do trem é um projeto da prefeitura com o apoio do Governo Federal, por meio da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU).

Locomotiva faz parte da história da cidade
A máquina alemã será composta de duas jardineiras e fará o trajeto de 12,5 km do Centro Histórico de Piranhas ao lago de Xingó, proporcionando um passeio às margens da beira do Rio São Francisco, passando pelo empreendimento da Hidrelétrica de Xingó.

Na década passada, Piranhas foi um elo entre o transporte férreo e o fluvial, com a chegada de cargas em barcos vindos do Centro-Sul, sendo transportadas para o interior do Nordeste por meio de trem. “Mesmo sendo uma nova concepção, a Maria Fumaça representa o resgate da história para os piranhenses”, disse a prefeita Mellina Freitas.

A prefeita anunciou, ainda, que está sendo desenvolvido um projeto para a instalação de um teleférico em Piranhas.

Fonte: Google Notícias

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