Meus caros amigos,
No dia 7 de dezembro completam-se 7 anos desde que eu terminei a minha expedição pelo rio São Francisco.
É difícil explicar as dificuldades que envolvem uma viagem dessa natureza, que começam com o planejamento.
Foram cinco meses de preparação. Em primeiro lugar, conhecer a dimensão do problema: percorrer 2.700 km a remo, sem nenhuma companhia e sem apoio terrestre. Depois, encontrar um construtor de canoas que atenda às necessidades e tenha flexibilidade para adaptar a embarcação para as características do rio em que vamos navegar. E a capacitação para conduzir essa canoa.
Seguem outras dificuldades: a lista exaustiva de tudo que será indispensável para a aventura; a obtenção dos recursos financeiros; o estudo detalhado do percurso, com todas as possíveis dificuldades a serem superadas; a análise das melhores condições meteorológicas e períodos do ano para a navegação; o tipo, a variedade e as quantidades de alimentos a serem levados... e assim por diante.
A realidade foi muito diferente dos planos! Faltaram patrocinadores, faltou dinheiro, muitas das dificuldades não foram previstas. Mas, em compensação, o povo que eu encontrei no rio foi extremamente acolhedor e generoso! Em todos os lugares fui recebido com atenção e respeito que eu nunca imaginei existir nesse Brasil caboclo! E isto compensou todas as adversidades!
Agora, passados esses sete anos, ainda não consegui viabilizar o meu projeto, pois faltaram recursos e patrocínios para a publicação de meu livro. De que adianta terminar uma expedição dessa natureza e magnitude se eu não posso divulgar a história dessa façanha, se eu não posso compartilhar meus conhecimentos a respeito do rio São Francisco?
Por isso, mais uma vez recorro a vocês, amigos que já me conheciam e aqueles que encontrei nessa imensa rede de relacionamento, parentes meus e colegas e ex-colegas de trabalho, para que me concedam a oportunidade de finalizar o meu projeto.
Eu sei que o momento em que vivemos é muito difícil para todos nós, mas a Cultura, o Conhecimento não podem parar de evoluir. Em novembro de 2015, há quase um ano, passei pela pior experiência de minha vida: um infarto agudo do miocárdio quase me levou a vida. Felizmente, e graças à generosidade de alguns, e competência de especialistas, eu sobrevivi. Perdi mais de 50% da capacidade cardíaca para bombear sangue para o meu corpo, mas estou vivo!
Esse fato mudou minha percepção do sentido da vida. E, por essa razão, decidi retomar o projeto de publicar o livro sobre a Expedição Velho Chico. Juntei forças e vontade, procurei alternativas e decidi fazer esta campanha! Pensei: muitos conhecem minha luta incansável pela preservação do meio ambiente, pela proteção dos povos indígenas e pela ética e dignidade do ser humano. Eu acredito na solidariedade de meus amigos! E espero, sinceramente, que vocês não vão deixar de me apoiar nesse que talvez seja o último trabalho que realizarei em minha vida...
Não deixem morrer esse trabalho intenso e honesto. Façam sua contribuição! Por apenas cem reais vocês estarão assegurando a publicação do livro e o recebimento de um exemplar autografado!
Acessem:
http://www.kickante.com.br/campanhas/producao-do-livro-meu-velho-chico