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sábado, 26 de maio de 2012

III Encontro Popular da Bacia do São Francisco discute a revitalização do rio

Debater e encontrar soluções para a revitalização do rio São Francisco são os objetivos dos participantes do III Encontro Popular da Bacia do rio São Francisco, que inicia amanhã, dia 25 de maio e se encerra no dia 27, no CEDIF, na cidade de Januária, norte do estado de Minas Gerais. Com o lema “Por uma revitalização Popular”, o evento quer, além do diagnóstico das obras de revitalização do governo, apontar outras formas de revitalização.

Representantes de todos os cinco estados da bacia do rio São Francisco (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe), de movimentos sociais e de povos tradicionais (indígenas, quilombolas, pescadores) estarão presentes. O encontro também terá a participação de Roberto Malvezzi, assessor da Comissão Pastoral da Terra, especialista em temáticas sócio-ambientais.

Obras de Revitalização
A temática da revitalização é retomada nesse encontro em meio à constatação de que os projetos de revitalização, realizados pelo governo, estão longe de verdadeiramente recuperar o rio São Francisco. O esgotamento sanitário tem sido a principal ação do Estado, mas a qualidade das obras é questionável. Em abril, o Ministério Público Federal (MPF), no Pólo Petrolina/Juazeiro ajuizou ação civil pública contra o município de Juazeiro, no norte da Bahia, pelo despejo de 45% do esgoto da cidade diretamente no rio São Francisco, sem qualquer tratamento prévio, apesar das vultosas verbas recebidas do governo federal.

Em Minas Gerais, nos municípios de Itacarambi e São Romão, após o abandono das empreiteiras, é possível encontrar as ruas esburacadas devido às obras de esgotamento sanitário incompletas.

Em Três Marias, Minas Gerais, a poluição realizada, há mais de 40 anos, pela empresa Votorantim, é responsável pela contaminação do rio por metais pesados, como zinco, cádmio e cromo, como constatado em estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Algo que pode ser comprovado com a morte de surubins, peixe símbolo do rio, percebida rotineiramente pelos pescadores da região e mais recentemente em Ibicuí.

Restritos às obras de esgotamento sanitário malfeitas, as ações de revitalização do governo não combatem a diminuição da vazão do rio, que nos últimos 50 anos reduziu em 35%. A maior entre os rios da América do Sul, segundo a Sociedade Metereológica Americana.

Revitalização Popular
Ao contrário das obras governamentais que estão longe de cumprirem com a promessa de recuperação do rio, iniciativas populares têm conseguido bons resultados. Um dos mais bem sucedidos exemplos é a revitalização do Rio dos Cochos, no município de Januária (MG). O afluente do rio São Francisco foi recuperado a partir da organização comunitária local.

Na manhã do dia 26 de maio, essa experiência e o território dos índios Xacriabás, no município de São João das Missões, serão visitadas pelos participantes do encontro, que terão a oportunidade de conhecerem experiências bem sucedidas de convivência com o rio.

Sobre o Encontro Popular da Bacia do rio São Francisco
O Encontro Popular da Bacia do rio São Francisco é um fórum de decisões e discussões da Articulação Popular São Francisco Vivo, rede que reúne mais de 300 entidades, na luta em defesa do Velho Chico e dos povos da bacia. A terceira edição do evento acontecerá após três anos do segundo encontro, realizado em agosto de 2009, na cidade de Juazeiro. Na ocasião foram avaliados os quatro anos da Articulação e foram tomadas novas diretrizes para a organização das lutas em defesa do rio São Francisco e dos povos da bacia.

Serviço:
O quê: III Encontro Popular da Bacia do Rio São Francisco
Onde: CEDIF – Januária (MG)
Quando: 25 a 27 de maio, início às 8:30 horas.

Para mais informações:
Ingrid Campos – Assessora de Comunicação da Articulação Popular São Francisco Vivo - (71) 9902-5364 (Vivo)

Priscila Souza – Assessora de Comunicação da Cáritas Januária (MG) – (34) 9224-9353 (TIM)

Site: www.saofranciscovivo.com.br

Facebook: www.facebook.com/saofranciscovivo

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Baixo São Francisco, Paisagem e Patrimônio Natural

Ong Canoa de Tolda finaliza trabalhos de Seminário realizado em Penedo
Rafael Medeiros - aquiacontece.com.br


Carlos Eduardo falou sobre 'A proposta de tombamento da paisagem da foz'


A Organização Não-Governamental Canoa de Tolda preocupada com as grandes modificações sofridas ao logo dos anos pela paisagem do Baixo São Francisco, encerrou na manhã desta quinta-feira, 17, os trabalhos do Seminário ‘Baixo São Francisco, Paisagem e Patrimônio Natural’, realizado durante dois dias no Pólo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Com temas interessantes como as ‘Paisagens do Baixo São Francisco’, ‘Paisagem Cultural aplicada ao Patrimônio Naval’, ‘Preservação do Patrimônio Cultural na Foz do São Francisco’ e ‘, Estaleiro Escola’, os participantes puderam interagir com os palestrantes que trouxeram para a exposição de suas falas, exemplos de programas executáveis voltados à preservação das paisagens do Baixo São Francisco, no trecho que compreende a Hidroelétrica de Paulo Afonso à Foz em Piaçabuçu.
Para o representante da Ong Canoa de Tolda, Carlos Eduardo, a ideia de debater o tema em um seminário, nasceu em 2011 na cidade de Petrolina-PE, quando um grupo de ambientalistas e ribeirinhos pensaram na possibilidade de promover o tombamento da paisagem por onde a Canoa de Tolda navegou.
Dentro dessa perspectiva a professora/doutora Tânia Magno, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), abordou as paisagens do Baixo São Francisco, lembrando que o homem tem por princípio criar as suas paisagens mentais, mesmo sem nunca ter estado em lugares que possivelmente só tenha conhecido por fotografias. “É importante ressaltar que um rio que por muito tempo vem sofrendo gradativamente as mudanças de suas paisagens não pode mais ser mantido de forma unânime nas mentes das pessoas”, destacou doutora Tânia.
Participação
Os temas abordados durante os dois dias em Penedo, chamou a atenção de ambientalistas, secretários de meio ambiente e agricultura, membros do Ministério Público de Sergipe, professores, estudantes universitários, o secreário do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), Maciel Oliveira, além de representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que inclusive contou com a participação de sua coordenação de paisagem cultural, chefiada por Mônica de Medeiros Mongelli, como palestrante.
Proposta de Tombamento
O representante da ONG Canoa de Tolda, Carlos Eduardo, discorreu sobre a proposta de tombamento da paisagem da foz, salientando que o Velho Chico que sofre gradativamente um processo centenário de degradação, carece de ações de preservação mais dinâmicas que resultem em algo concreto. “Se você conhecer uma pessoa que conheceu o Rio São Francisco e suas paisagens antes das barragens com certeza vai afirmar nos dias de hoje que o Velho Chico está morto”, lamentou Luiz Carlos.
Para o represente da Ong Canoa de Tolda é necessário a promoção do debate de questões e instrumentos legais do direito coletivo de acesso e garantia de preservação de patrimônios naturais, além das discussões para o estabelecimento de ações de participação coletiva na preservação do patrimônio cultural do Baixo São Francisco.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Projeto plantará dez mil mudas nas margens do Rio São Francisco

Dez mil mudas sairão da Universidade Federal de Alagoas em direção às margens do Rio São Francisco apenas este ano

Às margens do Rio São Francisco, no trecho localizado próximo ao município de Porto Real do Colégio, receberá um presente mais que especial da Universidade Federal de Alagoas em parceira com o Centro de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas (Crad), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e Secretaria de Florestas do Ministério do Meio Ambiente.

Uma área de dois hectares, degradada para a construção de antigos diques e que hoje serve como campo de futebol, será reflorestada com as mudas nascidas na Ufal. Dez mil mudas sairão da Universidade em direção às margens do “Velho Chico”, apenas este ano. Cultivadas no Arboretum de Alagoas, localizado no Campus Maceió, boa parte delas será plantada em Porto Real do Colégio, a partir deste mês até o dia 05 de junho, data em que é comemorado o Dia do Meio Ambiente.

As atividades de plantio das mudas começaram em 2008, quando o Arboretum teve aprovado projeto para recuperar áreas da Bacia Hidrográfica do São Francisco. Com os recursos da Codevasf e do Ministério foi possível construir o Laboratório de Plantas Tropicais e comprar mais de R$ 350 mil em equipamentos, veículos e três viveiros para o Arboretum.

Seis Crads fazem o trabalho de replantio ao longo do rio São Francisco e o Arboretum é o centro de Alagoas. Ele é responsável pela geração de tecnologias que facilitem as ações de recuperação de áreas degradadas entre as cidades de Paulo Afonso até a foz do rio. "Em 2012 vamos ampliar a área de produção de mudas. Nossa meta para este ano é a recuperação de uma área piloto de 20 hectares as margens do rio São Francisco, no município de Porto Real do Colégio", explica Flávia Barros, coordenadora do Arboretum desde 2008.

O Arboretum também é utilizado como centro de aulas práticas, pesquisas ambientais e atividades de educação ambiental. Está aberto à visitação do público em geral, de segunda a sexta, de 8h às 16h. Contatos pelo telefone (82) 8890-3440 e pelo email ulysses.crtz@gmail.com.

Fonte: Aqui Acontece

quarta-feira, 25 de abril de 2012

PRESERVAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO DEPENDE DE CONSCIENTIZAÇÃO



A revitalização e a preservação do Rio São Francisco ainda esbarram na falta de conscientização de autoridades, empresários e sociedade em geral. Foi o que alertou nesta terça-feira (17/4/12) o ambientalista João Carlos Figueiredo, que foi ouvido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Ele também apontou a falta de integração de projetos como outro entrave à proteção da bacia do São Francisco. “Temos na verdade uma série de ações pontuais que transformaram a revitalização numa colcha de retalhos. A situação ainda é de muita pobreza e esquecimento”, afirmou. O especialista alertou, ainda, para riscos que o novo Código Florestal, em discussão no Congresso Nacional, poderá trazer para o meio ambiente.

“Esse código que está no Congresso é perverso. Técnicos apontam que 58% de desmatamento acontecerá em áreas liberadas para ocupação em função do novo código”, criticou o estudioso, convidado a requerimento do deputado Rômulo Veneroso (PV) para falar de sua participação na expedição Meu Velho Chico – da Nascente à Foz, que percorreu 2,8 mil quilômetros do Rio São Francisco em 2009.

Também espeleólogo, canoísta, mergulhador e montanhista, João Carlos defendeu um planejamento global em torno de ações voltadas para o São Francisco e frisou que o Brasil deve aproveitar a realização da Rio + 20 – conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável que será realizada em junho, no Rio de Janeiro – para demonstrar que, de fato, o País tem compromisso ambiental.

Na avaliação do ambientalista, esse compromisso passa, entre outros, pela busca do desmatamento zero. “Não há necessidade de expansão das fronteiras agropecuárias no Brasil”, exemplificou. Segundo ele, a agricultura e a pecuária devem ser incrementadas pelo aumento de produtividade e uso de tecnologias, e não necessarimente pela ampliação territorial para o setor.

Esgoto e contaminação são dois graves problemas
Em sua exposição, o ambientalista apontou o despejo de esgoto urbano e de lixo nas águas do São Francisco como os problemas mais graves que afetam hoje a bacia. Segundo ele, apenas 6% do esgoto urbano produzido ao longo da extensão do rio são tratados. Ele destacou que Minas Gerais tem papel fundamental na preservação da bacia do São Francisco, uma vez que 80% dos rios perenes da bacia estão no Estado.

Com uma área de cerca de 640 mil km2, a bacia corresponde ao tamanho de um estado como Minas ou como a Bahia, com enorme ramificação ao longo de 700 km de extensão, informou ainda. Mostrando fotos tiradas ao longo da expedição, resultado de quatro meses de trabalho, João Carlos lembrou que apenas 0,5% da água do Planeta é própria ao consumo humano, estando 12% desse volume no Brasil. “Somos privilegiados, mas cuidamos muito mal da água”, advertiu, ao afirmar que, dos cerca de 7 bilhões de habitantes do Planeta, mais de um bilhão têm dificuldade de acesso à água. “A gestão das águas deve pensar na solidariedade”, defendeu.

João Carlos apontou, entre causas físicas que mais contribuem para a destruição da bacia, o assoreamento, com a constante queda de barrancos, que alargam as margens do rio mas tornam suas águas mais rasas. Ele explicou que a evaporação aumenta, mas boa parte da água evaporada não volta ao rio, diminuindo a vazão do São Francisco. “Em alguns trechos, puxei a canoa com a mão, porque não havia altura para remar”, frisou.

Entre causas químicas que estão prejudicando o São Francisco, ele apontou a contaminação por resíduos industriais de grandes empresas e por agrotóxicos vindos das lavouras, e advertiu que o São Francisco convive também com a mineração, a caça ilegal e a pesca predatória.

Carvoarias – Em seu percurso, o ambientalista relatou ter se deparado ainda com crianças trabalhando em carvoarias que abastecem grandes indústrias. “Vi muitas carvoarias, sobretudo no Norte de Minas e na Bahia. Empresas como Gerdau e Votorantin estão levando embora esse carvão na calada da noite”, criticou João Carlos, ao mostrar imagens de lixo lançado no rio, de desmatamento e de abondono de pontes históricas, contrastando com a beleza de cachoeiras e imagens de igrejas que compõem o acervo arquitetônico de parte da região.

Transposição – Sobre a transposição das águas do Rio São Francisco, o ambientalista explicou que os canais instalados têm capacidade para uma vazão de 125m3 de água por segundo, estando em uso apenas 26m3 por segundo para a transposição.

Em sua avaliação, o problema maior não se refere ao volume de água transposto, mas diz respeito ao fato de a instalação de canais de transposição estar se dando em localidades como Cabrobó, no estado de Pernambuco. Ali, informou, estariam instalados 700 quilômetros de canais a céu aberto, com uma estação de bombeamento, numa região também carente de água. “Agricultores que estão a três quilômetros do rio, por exemplo, não têm água. Mas junto com os índios eles estão vendo suas terras serem divididas ao meio por canais que vão resolver o problema não deles, mas de outra bacia. Como explicar isso a eles é a questão”, criticou o estudioso.

João Carlos defendeu, por outro lado, que autoridades e sociedade repensem a forma como são instaladas hoje as barragens, em busca de alternativas mais ecológicas. Da forma como usadas hoje, alertou, as barragens têm alterado o ciclo natural e a produção de peixes, diminuindo, no caso do São Francisco, as enchentes naturais que alimentavam as lagoas onde as fêmeas desovavam.

Subsídios – Representando o Projeto Manuelzão, voltado para ações relativas à bacia hidrográfica do rio das Velhas, Rafael Guimarães Bernardes defendeu que a apresentação do ambientalista seja levada também a outros municípios mineiros localizados na região do São Francisco por meio de uma exposição itinerante. “Precisamos de ações que influenciem nas políticas públicas das cidades”, afirmou.

Os deputados Delvito Alves (PTB) e Rômulo Veneroso (PV) elogiaram a apresentação, destacando a importância da expedição. Para Veneroso, autor do requerimento, trabalhos como o do ambientalista oferecem subsídios para a criação de projetos que possam colaborar com a revitalização necessária da bacia do São Francisco. O deputado Vanderlei Miranda (PMDB), por sua vez, destacou sua preocupação especialmente com a contaminação das águas e do solo na região de São Gonçalo do Abaeté (Noroeste), e sugeriu uma audiência da comissão para debater o assunto.

Fonte: Assembleia Legislativa de Minas Gerais

terça-feira, 24 de abril de 2012

A quem serve a transposição do São Francisco?

Transcrevo abaixo um texto de Aziz Ab´Saber, de 2005, que, no entanto, permanece atual e inteligente, como todos os trabalhos desse iluminado cientista que recentemente nos deixou, em 16 de março de 2012. Justamente no momento em que as obras da Transposição voltam aos jornais por interesses puramente eleitoreiros, julgo ser fundamental que os brasileiros compreendam esse sujo jogo político, desprovido de qualquer nacionalismo e pleno em contradições! Apreciem!
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"A quem serve a transposição do São Francisco?", artigo de Aziz Ab’Saber
Aziz apresentou este texto no debate na ‘Folha de SP’ sobre a transposição do Rio São Francisco, em que se manifestou contrário à obra.

Aziz Ab'Sáber é geógrafo, professor-emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, professor convidado do Instituto de Estudos Avançados da USP, ex-presidente e presidente de honra da SBPC.
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É compreensível que em um país de dimensões tão grandiosas, no contexto da tropicalidade, surjam muitas idéias e propostas incompletas para atenuar ou procurar resolver problemas de regiões críticas.

Entretanto, é impossível tolerar propostas demagógicas de pseudotécnicos não preparados para prever os múltiplos impactos sociais, econômicos e ecológicos de projetos teimosamente enfatizados.

Tem faltado a eventuais membros do primeiro escalão dos governos qualquer compromisso com planificação metódica e integrativa, baseada em bons conhecimentos sobre o mundo real de uma sociedade prenhe de desigualdades.

Nesse sentido, bons projetos são todos aqueles que possam atender às expectativas de todas as classes sociais regionais, de modo equilibrado e justo, longe de favorecer apenas alguns especuladores contumazes. Pessoalmente, estou cansado de ouvir propostas ocasionais, mal pensadas, dirigidas a altas lideranças governamentais.

Nas discussões que ora se travam sobre a questão da transposição de águas do São Francisco para o setor norte do Nordeste Seco, existem alguns argumentos tão fantasiosos e mentirosos que merecem ser corrigidos em primeiro lugar.

Referimo-nos ao fato de que a transposição das águas resolveria os grandes problemas sociais existentes na região semi-árida do Brasil. Trata-se de um argumento completamente infeliz lançado por alguém que sabe de antemão que os brasileiros extra-nordestinos desconhecem a realidade dos espaços físicos, sociais, ecológicos e políticos do grande Nordeste do país, onde se encontra a região semi-árida mais povoada do mundo.

O Nordeste Seco, delimitado pelo espaço até onde se estendem as caatingas e os rios intermitentes, sazonários e exoreicos (que chegam ao mar), abrange um espaço fisiográfico socioambiental da ordem de 750.000 quilômetros quadrados, enquanto a área que pretensamente receberá grandes benefícios abrange dois projetos lineares que somam apenas alguns milhares de quilômetros nas bacias do rio Jaguaribe (Ceará) e Piranhas/Açu, no Rio Grande do Norte.

Portanto, dizer que o projeto de transposição de águas do São Francisco para além Araripe vai resolver problemas do espaço total do semi-árido brasileiro não passa de uma distorção falaciosa.

Um problema essencial na discussão das questões envolvidas no projeto de transposição de águas do São Francisco para os rios do Ceará e Rio Grande do Norte diz respeito ao equilíbrio que deveria ser mantido entre as águas que seriam obrigatórias para as importantíssimas hidrelétricas já implantadas no médio/baixo vale do rio -Paulo Afonso, Itaparica, Xingó.

Devendo ser registrado que as barragens ali implantadas são fatos pontuais, mas a energia ali produzida, e transmitida para todo o Nordeste, constitui um tipo de planejamento da mais alta relevância para o espaço total da região.

De forma que o novo projeto não pode, em hipótese alguma, prejudicar o mais antigo, que reconhecidamente é de uma importância areolar. Mas parece que ninguém no Brasil se preocupa em saber nada de planejamentos pontuais, lineares e areolares. Nem tampouco em saber quanto o projeto de interesse macrorregional vai interessar para os projetos lineares em pauta.

Segue-se na ordem dos tratamentos exigidos pela idéia de transpor águas do São Francisco para além Araripe a questão essencial a ser feita para políticos, técnicos acoplados e demagogos: a quem vai servir a transposição das águas? Uma interrogação indispensável em qualquer projeto que envolve grandes recursos, sensibilidade social e honestas aplicações dos métodos disponíveis para previsão de impactos.

Os ‘vazanteiros’ que fazem horticultura no leito dos rios que ‘cortam’ -que perdem fluxo durante o ano- serão os primeiros a ser totalmente prejudicados. Mas os técnicos insensíveis dirão com enfado: ‘A cultura de vazante já era’.

Sem ao menos dar qualquer prioridade para a realocação dos heróis que abastecem as feiras dos sertões. A eles se deve conceder a prioridade maior em relação aos espaços irrigáveis que viessem a ser identificados e implantados.

De imediato, porém, serão os fazendeiros pecuaristas da beira alta e colinas sertanejas que terão água disponível para o gado, nos cinco ou seis meses que os rios da região não correm. É possível termos água disponível para o gado e continuarmos com pouca água para o homem habitante do sertão.

Nesse sentido, os maiores beneficiários serão os proprietários de terra, residentes longe, em apartamentos luxuosos em grandes centros urbanos.

Sobre a viabilidade ambiental pouca coisa se pode adiantar, a não ser a falta de conhecimentos sobre a dinâmica climática e a periodicidade do rio que vai perder água e dos rios intermitentes-sazonários que vão receber filetes das águas transpostas.

Um projeto inteligente e viável sobre transposição de águas, captação e utilização de águas da estação chuvosa e multiplicação de poços ou cisternas tem que envolver obrigatoriamente conhecimento sobre a dinâmica climática regional do Nordeste.

No caso de projetos de transposição de águas, há de ter consciência que o período de maior necessidade será aquele que os rios sertanejos intermitentes perdem correnteza por cinco a sete meses. Trata-se porém do mesmo período que o rio São Francisco torna-se menos volumoso e mais esquálido. Entretanto, é nesta época do ano que haverá maior necessidade de reservas do mesmo para hidrelétricas regionais. Trata-se de um impasse paradoxal, do qual, até agora, não se falou.

Por outro lado, se esta água tiver que ser elevada ao chegar a região final de seu uso, para desde um ponto mais alto descer e promover alguma irrigação por gravidade, o processo todo aumentará ainda mais a demanda regional por energia.

E, ainda noutra direção, como se evitará uma grande evaporação desta água que atravessará o domínio da caatinga, onde o índice de evaporação é o maior de todos? Eis outro ponto obscuro, não tratado pelos arautos da transposição.

A afoiteza com que se está pressionando o governo para se conceder grandes verbas para início das obras de transposição das águas do São Francisco terá conseqüências imediatas para os especuladores de todos os naipes.

Existindo dinheiro - em uma época de escassez generalizada para projetos necessários e de valor certo -, todos julgam que deve ser democrática a oferta de serviços, se possível bem rentosos. Será assim, repetindo fatos do passado, que acontecerá a disputa pelos R$ 2 bilhões pretendidos para o começo das obras.

O risco final é que, atravessando acidentes geográficos consideráveis, como a elevação da escarpa sul da chapada do Araripe -com grande gasto de energia!-, a transposição acabe por significar apenas um canal tímido de água, de duvidosa validade econômica e interesse social, de grande custo, e que acabaria, sobretudo, por movimentar o mercado especulativo, da terra e da política. No fim, tudo apareceria como o movimento geral de transformar todo o espaço em mercadoria.

Fonte: Fundação Brasil Cidadão (Publicado na Folha de SP, 20/02/2005)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

TRANSPOSIÇÃO DO VELHO CHICO VAI CUSTAR QUASE 78% A MAIS

A explosão no custo da transposição do Rio São Francisco, maior obra pública em execução no Brasil com expectativa de beneficiar 12 milhões de pessoas, que nos últimos cinco anos passou de R$ 4,6 bilhões para R$ 8,18 bilhões (77,8% a mais), expõe um acordo para atender demanda das empreiteiras. Realizados a toque de caixa e com baixo detalhamento técnico, em razão da promessa oficial de inaugurar o Eixo Leste no último ano do governo Lula para fortalecer a candidatura Dilma Rousseff, os projetos executivos foram mal elaborados.

No início das obras, as empresas pressionaram o governo para assinaturas de contratos aditivos milionários acima de 25% do valor original, teto permitido pela legislação. Em alguns lotes, de acordo com dados repassados pelo próprio Ministério da Integração Nacional no ano passado, os novos valores precisavam ser aumentados em até 60%. O governo federal resolveu respeitar o limite legal. No entanto, para evitar um desgaste ainda maior com os recorrentes atrasos, usou o mecanismo do chamado aditivo supressivo. O ministério retirou das construtoras algumas obrigações contratuais. Com o drible sutil, a conta fechou. É bem simples. Mais dinheiro, com o aumento de 25% em relação ao contrato inicial, e menos trabalho.

Fonte: Informe Campo do Brito

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Mais uma vez a questão dos custos das obras da Transposição do Rio São Francisco volta aos noticiários devido ao escândalo dos atrasos e do aumento abusivo de seus custos. Mas não é só por isso que essas obras nos escandalizam, e sim pelas mentiras que ocultam em seus propósitos. E não é apenas com relação às empreiteiras, sempre envolvidas em escândalos públicos, mas também com a pretensa destinação das águas retiradas do Velho Chico.

Diz o governo que a obra beneficiaria 12 milhões de pessoas, mas na verdade ela se destina ao consumo industrial e agrícola. E o mais inacreditável e se retirar água de uma região carente e distribuí-la em outra região que nada tem a ver com a Bacia do São Francisco. Mais ainda: os canais da transposição têm uma capacidade de escoar 127 m³/segundo, mas o governo diz que serão retirados míseros 26 m³/segundo! Por que dizem isso? Por que o rio já não comporta a retirada de tamanho volume de águas, que tornaria o Baixo São Francisco ainda mais vulnerável à salinização provocada pelas marés em sua foz. Hoje já se sabe que a água salgada já chega a ser percebida a cerca de 50 km da foz...

Na região de onde se retira a água (Cabrobó e Floresta) a população já sofre da falta dágua, que se evidencia até no abastecimento urbano: em áreas da periferia de Cabrobó as casas recebem água de caminhões pipa, tendo o rio a menos de 3 km de distância! As propriedades rurais dependem das chuvas para ver suas plantações crescerem, e não raro isso não acontece, deixando esses pequenos agricultores familiares à míngua e na miséria.

Os canais de transposição muitas vezes passam dentro ou na divisa dessas pequenas propriedades, cercadas de arame farpado, impedindo mesmo o acesso das pessoas às suas águas, que se evaporam no caminho, pois os canais passam a céu aberto! Isso é desumano, injusto e escandaloso! Como um governo dito popular pode ser tão insensível aos dramas de seu povo que o elegeu? E essa gente humilde sequer reclama, pois acredita que, quando pronta, a transposição resolverá seus problemas de esquecimento e abandono.

As prefeituras da região se calam devido ao aumento de arrecadação provocado pelos investimentos e pelo aumento do consumo provocado pela mão de obra temporária que trabalha nos canais da transposição. Para onde irá essa gente quando (ou "SE") as obras terminarem? Muitos permanecerão morando nessas cidades, sem emprego e sem perspectivas de sobrevivência, aumentando o drama dessas cidades. Isso sempre ocorre nos grandes empreendimentos governamentais, muitas vezes trazendo consigo outros problemas sociais, como prostituição, consumo de bebidas e tráfico de drogas...

Mas isso o governo não conta e a imprensa ignora. O que se vê são as caravanas de políticos oportunistas desfilando pelo Nordeste à procura de votos e de notoriedade para as próximas eleições! Sim, porque é muito fácil enganar o povo incauto e sofrido, cansado demais até para se revoltar e protestar contra os escândalos intermináveis que se sucedem no Congresso e nas Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais... e assim seguimos perplexos diante da "cara de pau" desses políticos "profissionais" que se alimentam, como abutres, das misérias e das mazelas do povo brasileiro...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Esgotamento sanitário no Baixo São Francisco

Estação elevatória em Santana do Ipanema já concluida.
Investimentos de mais de R$ 60 milhões pretende eliminar despejo direto de esgoto no Rio São Francisco
Uma parceria entre o Ministério da Integração Nacional, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e o Governo de Alagoas irá implantar sistema de esgotamento sanitário em cinco municípios ribeirinhos do Baixo São Francisco alagoano. Os investimentos de mais de R$ 60 milhões fazem parte do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco com recursos da segunda fase do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC II) do Governo Federal e devem contribuir para reduzir o despejo direto de esgoto nas águas do “Velho Chico”.

Serão beneficiados os municípios de Belo Monte, Delmiro Gouveia, Piaçabuçu, São Brás e Traipu. E para isso, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, assinou em dezembro do ano passado termos de compromisso, um para cada município, com o governador Teotonio Vilela Filho, que prevêm o repasse integral de recursos, sem contrapartida, ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura de Alagoas (Seinfra/AL), que fará a execução das obras.

Também assinaram os termos de compromisso os prefeitos dos municípios beneficiados, o então diretor da Área de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Codevasf Clementino Coelho, que na época respondia pela presidência da companhia, o diretor em exercício da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf Guilherme Oliveira, hoje respondendo pela presidência da Codevasf, o secretário adjunto da Seinfra/AL Fernando Nunes e o presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) Álvaro Menezes da Costa.

O termo de compromisso assinado entre os governos Federal e de Alagoas descreve as competências de cada parte no processo de implantação dos sistemas de esgotamento sanitário.

“Essa parceria pretende unir esforços em todos os níveis de governo para que possamos eliminar despejo direto de esgoto no nosso 'Velho Chico'. Ao participar desde o início, a Casal terá total conhecimento desses sistemas e poderá operá-lo com maior eficiência”, declarou o superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Luiz Alberto Moreira. Todos os cinco municípios beneficiados já são atendidos pela Casal com abastecimento de água.

Ações em fase final de conclusão
A partir de ações do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e com recursos do PAC I, a Codevasf está finalizando a implantação de SES nos municípios de Batalha, Igreja Nova e Santana do Ipanema, atualmente em fase de repasse do sistema para operação pela Casal. Para a implantação desses SES, a Codevasf investiu mais de R$ 30 milhões.

Ações Futuras
Além disso, como ação do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, a Codevasf está realizando processo licitatório para contratação de obras complementares para conclusão da implantação de sistemas de esgotamento sanitário em mais cinco municípios do vale do São Francisco alagoano: Carneiros, Canapi, Jaramataia, Olho D'Água do Casado e Cacimbinhas.

Segundo dados apresentados pela Seinfra/AL à Codevasf, o Estado de Alagoas apresenta baixo índice de atendimento com sistemas de esgotamento sanitário com uma taxa aproximada de 15% do território atendido, o que afeta diretamente a saúde da população. A implantação dos SES nas cinco cidades ribeirinhas beneficiará diretamente uma população de quase 60 mil pessoas.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Palestra na Assembleia Legislativa de Minas Gerais


O Deputado Rômulo Veneroso (PV) convida para reunião da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais que ouvirá o ambientalista, canoísta, indigenista, espeleólogo e montanhista, João Carlos Figueiredo, para exposição sobre a expedição “Rio São Francisco da Nascente à Foz” (http://meuvelhochico.blogspot.com.br/).

Dia: 17/04/2012 
Hora: 10h 
Local: ALMG Auditório andar SE
Rua Rodrigues Caldas, 30, Bairro Santo Agostinho
Belo Horizonte, MG

Sua presença enriquecerá o debate sobre o tema.

A Canoa "Ulisses" será doada à Fundação Zoobotânica para ser exposta no aquário

Contato

(31)2108 5410 Gab Dep Rômulo Veneroso
(31)2108 5411 telfax

Confirme sua presença
Assessora Comissão: Daniele Mattos Baracho Tel: 2108 7131

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Falarei das questões ambientais e fundiárias da Bacia do São Francisco e suas populações ribeirinhas e do seu entorno. Conto com sua presença! RSVP

terça-feira, 20 de março de 2012

Os 157 anos da Pérola Nordestina

Fonte: Diário Democrático



Uma das primeiras capitais brasileiras planejadas comemorou, no último sábado (17), 157 anos de capricho, vaidade e, acima de tudo, ousadia.

E como toda boa comemoração, a festa se estende por toda esta semana. Nesta sexta-feira (23), por exemplo, será inaugurada a 'Casa Lar para Idosos', um desejo da comunidade. No dia seguinte (30), o novo 'Calçadão da Avenida Beira Mar' será entregue à cidade. E no domingo (31), a infraestrutura da 'Ponta da Asa' e da 'Praça do Jetimana'.

Aracaju é uma cidade que já nasceu capital - em 1855 - e foi criada por questões estratégicas e de economia. O projeto surgiu como um desafio à a capacidade da engenharia na época, por sua localização numa área dominada por pântanos e charcos. Mas em meados de 1900, já era considerada a cidade mais industrializada e o maior centro urbano do estado de Sergipe.

Aracaju significa 'cajueiro dos papagaios'. E logo na entrada da capital, um monumento à fruta símbolo da cidade (o caju) oferece uma alegre ‘Boas Vindas’ aos que chegam. Uma cidade que nasceu e progrediu de forma intensa. Formada por habitantes que receberam influência das mais diversas imigrações, admirados por saber manter suas tradições. Contém um extenso número de habitantes estrangeiros que se mudaram após uma paixão arrebatadora pela cidade. E por ser considerada a ‘capital brasileira da qualidade de vida’, conta com atrações turísticas suficientes para manter os visitantes ocupados por muitos dias.

Quem chega à cidade se encanta com o charme instalado na arquitetura inspirada em padrões europeus em seus calçadões de pedras portuguesas. Já na parte litorânea, que percorre 30 quilômetros de praias, o turista conta com excelente infraestrutura e tranquilidade no banho de mar, podendo caminhar até 50m mar adentro, sem riscos.

As ondas não são altas, o que possibilita desfrutar da natureza ao máximo. Mas para quem quiser curtir esportes radicais e pesca amadora, o destino são as praias da Costa e do Jatobá. A satisfação no que diz respeito à culinária é garantida. A capital conta com bons restaurantes à beira mar, contendo os melhores e mais procurados caranguejos do Nordeste.

No quesito natureza, a capital do menor estado brasileiro conta com uma das últimas reservas da Mata Atlântica, podendo ser admirada nos parques da cidade. Da Colina de Santo Antônio, na zona norte, aprecia-se um dos mais belos espetáculos: o encontro do Rio Sergipe com o Oceano Atlântico. A cidade também conta um teleférico, dando aos turistas uma oportunidade de ver por outros ângulos as paisagens naturais.

Os passeios que fazem mais sucessos entre os turistas são: a travessia de barco na praia de Atalaia Nova; o memorável roteiro que visita o Canyon de Xingó e a Foz do Rio São Francisco, no interior; e o passeio pelo centro, que abrange a maior parte histórica e cultural da cidade, e que pode ser percorrido a pé com facilidade, tomando como referência a Praça Fausto Cardoso.

terça-feira, 13 de março de 2012

Estado do Rio São Francisco: COMITÊ GESTOR VAI A BRASÍLIA


Publicado: 13/03/2012 10:36

Por Edivaldo Costa



Uma comitiva formada pela Coordenação e signatários do Comitê Gestor Marlan Rocha, irá a Brasília nesta quarta-feira (14/03), quando terão audiências com os Deputados Giovanni Queiros (PDT/PA), autor do projeto de emancipação de Carajás e Gonzaga Patriota (PSB/PE), autor do projeto que cria o Estado do Rio São Francisco. A comitiva que contará com a companhia do deputado estadual Herbert Barbosa (DEM/BA) discutirá com a bancada emancipacionista a propositura de emenda constitucional que limite a consulta plebiscitária para emancipação de estados, a área do novo estado a ser desmembrado do já existente.


“Há duas equações no atual entendimento do STF que não fecha: Uma é que as regiões que buscam emancipação, sempre têm menor densidade demográfica para competir no voto com as regiões metropolitanas densamente povoadas, o que é injusto; A outra é que se a consulta tiver que ser com “as populações” diretamente interessadas, com a redivisão do FPE (Fundo de Participação dos Estados), todos os estados cedem um pouco para o estado que está nascendo; por isso todos os estados são interessados. Logo, o plebiscito teria quer ser nacional! Essa realidade tem que ser mudada urgentemente”. Afirmou Tadeu Bergamo pela Coordenadora FASB.


segunda-feira, 12 de março de 2012

Transposição - aumenta em 77% o custo da obra


O governo diz que as alterações nas obras do Rio São Francisco ocorrem pelo melhor detalhamento das obras
São Paulo. Novo balanço da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), divulgado na última quarta-feira, mostra que o custo da obra de transposição do rio São Francisco teve mais um aumento bilionário. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O projeto, que inicialmente era orçado em R$ 4,6 bilhões, agora custa 77,8% mais caro: R$ 8,18 bilhões, de acordo com o relatório do Ministério do Planejamento. Diante da estimativa anterior de R$ 6,85 bilhões, feita em 2011, o reajuste é de 19,4%.

Desde 2007, quando as obras começaram, o preço da transposição foi alterado uma vez durante o governo Lula (2003-2010) e duas durante a gestão de Dilma Rousseff. O governo diz que as alterações são resultado do melhor detalhamento das obras pelos projetos executivos e de mudanças na metodologia de acompanhamento.

De acordo com o relatório, entre 2007 e 2010 foi empenhado (reservado para o gasto) R$ 1,8 bilhão só nos 287 quilômetros do eixo leste da obra, entre Paraíba e Pernambuco. Até 2014, o governo planeja empenhar R$ 1,1 bilhão.

Já no eixo norte, que se estende por 426 quilômetros em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, o empenho foi de R$ 1,7 bilhão nos primeiros quatro anos. Até o final do governo Dilma devem ser investidos outros R$ 3,2 bilhões, e mais R$ 386 milhões estão previstos para depois de 2014.

O eixo leste, que deveria ter sido inaugurado em 2010, tem 48% de execução. A última previsão de conclusão é para dezembro de 2014. O eixo norte deveria ficar pronto neste ano. Tem 19% de execução. Com três lotes parados (3, 4 e 7), aguardando rescisão contratual, a conclusão deve ficar somente para dezembro de 2015.

Acompanhamento

Alguns trechos tiveram quer ser novamente licitados porque o governo fez a concorrência prevendo um determinado valor, mas as obras tiveram de ser feitas de maneira diferente.

No mês passado, Dilma visitou trechos da obra em Pernambuco e no Ceará. Comprometeu-se a acompanhar o andamento do serviço e afirmou que sua presença na região era um "marco" para a retomada das obras.

Segundo a Integração Nacional, o novo aumento de custo se deve a adaptações no projeto, a necessidade de atender moradores do entorno e a reajustes de preços no setor de construção civil. "Há questões de reajustes de contratos existentes e serviços adicionais que surgiram do melhor detalhamento do projeto", disse o secretário nacional de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira. A pasta também informou ter alterado a metodologia de monitoramento de execução das obras, o que levou a uma redução dos percentuais de andamento dos serviços

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

As enganosas promessas da Transposição

A recente visita de Dilma Rousseff aos canteiros de obras da Transposição reacendeu as promessas e esperanças da população nordestina, principalmente aqueles que, acreditando nas possibilidades de redenção da economia no polígono da seca, investem suas expectativas nesse megaprojeto secular, que já passou por tantas modificações. O que nem Lula nem Dilma disseram é que essa versão atual e bilionária terá apenas 2% de suas águas destinadas ao consumo doméstico; o restante será oferecido ao Agronegócio e a outros megaempreendimentos da região. Os estados beneficiários serão o Ceará, o Rio Grande do Norte, a Paraíba e Pernambuco.

Observem as placas indicativas das empresas habilitadas para as obras da Transposição na cidade de Cabrobó, PE. É curioso observar que o Consórcio Construtor "Águas do São Francisco" é constituído de uma empresa PAULISTA (Serveng),  uma empresa CARIOCA (Christiani-Nielsen), outra  empresa  PAULISTA (SA Paulista de Construções e Comércio), além do Exército Brasileiro... ou seja, nenhuma empresa nordestina investe nesse projeto, e os empregos gerados são transitórios. Assim que terminar a obra, mais de 10.000 trabalhadores estarão sem emprego, agravando os problemas sociais dessas cidades que os acolheram.

Já se produziram centenas de peças publicitárias para tentar resgatar a imagem pública desse gigantesco investimento em infraestrutura, que poderá trazer consequências catastróficas para os destinos da Bacia do São Francisco. Exemplo disso está na página do UOL: "Tão necessária, tão problemática"! Quem inadvertidamente lê essa reportagem não percebe a mensagem subliminar que enaltece a "grande obra do PAC", pois seu conteúdo é deliberadamente ambíguo, ora criticando, ora elogiando o projeto.

O que não se diz é que o "Projeto de Revitalização", inventado por Lula para se contrapor à Transposição, é um "apanhado" de obras isoladas, que não levam em consideração a Bacia Hidrográfica do rio São Francisco como um todo indissolúvel, e que seria, de fato, a única obra justificável para essa região. Não há como reativar a economia do Polígono das Secas sem resgatar a integridade da Bacia do São Francisco. Os mais de seis bilhões de reais que estão sendo investidos na Transposição teriam resultados muito mais efetivos se fossem destinados à Revitalização. Nenhuma obra desses "projetos isolados" do Governo Federal é destinada à recuperação da vazão dos rios que compõem a Bacia do São Francisco. E essa obra faraônica da Transposição só terá consequências negativas sobre a vazão do rio, que hoje atinge, no máximo, 3.500 m3 por segundo (na foz) e já foi, segundo estudos científicos, cerca de 16.000 m3 por segundo!

Os governos petistas iniciaram uma nova era de demagogia que eu, nos meus longos anos de luta revolucionária, nunca imaginei presenciar. O Partido dos Trabalhadores, que foi a esperança de redenção da Nação Brasileira, se envolveu em todos os tipos de escândalos que tanto criticou enquanto oposição; depois aliou-se aos partidos mais corruptos do país, como o PMDB e o PR. Enganou o povo com alianças espúrias como aquela com a famigerada Bancada Ruralista (preconizada e conduzida pelo ex-comunista Aldo Rabelo, do PC do B), com quem desenvolve os projetos do agronegócio, em detrimento dos pequenos e médios agricultores, e com ações e obras radicalmente contrárias aos propósitos ambientalistas que declarou internacionalmente, como as mega-hidrelétricas de Tucuruí, Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, que fazem parte do processo de destruição da Floresta Amazônica.

O projeto de Transposição é mais uma dessas mentiras, pois não resolverá o problema da distribuição de água para a população carente, e favorecerá novos empreendimentos que só aumentarão a concentração de renda em nosso país. Segundo especialistas em hidrologia, como João Suassuna(1)Aziz Ab´Saber (2) e Manoel Bonfim Ribeiro (3), a quantidade de água armazenada em reservatórios, açudes, barragens e lagos na região do polígono da seca já seria suficiente para abastecer todos os lares e suprir as indústrias nordestinas, bastando para isso que se desenvolvesse um projeto de integração desses reservatórios, que custaria infinitamente menos que a transposição, e teria resultados muito mais efetivos para a economia regional.

O paradoxo desse projeto de Transposição é que, nas regiões onde a água será retirada, a seca é muito mais perversa do que nas regiões para onde a água será transferida. Dentro mesmo do município de Cabrobó, origem do eixo norte da transposição, é comum ver-se caminhões-pipa entregarem água nas residências pobres da periferia da cidade; pior ainda são as pequenas propriedades a menos de 5 km das margens do rio São Francisco, que padecem da seca e são atravessadas pelos canais da transposição, cercado com arame farpado para impedir que esses agricultores familiares façam uso da água que lhes pertence e que será levada para mais de 400 km de distância da bacia do São Francisco.

Vale lembrar que o projeto original previa a recomposição das águas do São Francisco por um canal de 150 km ligando a Bacia do Tocantins através da Lagoa do Varedão. Essa proposta foi esquecida no projeto atual para não onerar seus custos, embora fosse muito menos dispendiosa que a Transposição do Velho Chico, uma vez que não necessitaria de estações elevatórias. Vejam análise técnica do pesquisador Luiz Carlos Baldicero Molion(4) no link http://www.sfrancisco.bio.br/arquivos/Molion%20LCB001.pdf

São muitos os questionamentos em relação a essa obra bilionária, mas nenhuma resposta convincente é oferecida aos antagonistas do projeto, que não é do povo, mas de Lula, de Ciro Gomes, de Dilma Rousseff e dos megaempresários que dele se beneficiarão. Que democracia é essa, que usa forças militares para garantir a execução das obras e faz ouvidos moucos aos protestos da população?
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(1) João Suassuna - Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Federal da Paraíba. Especialista em Planejamento Florestal pela Fundação Getúlio Vargas
(2) Aziz Nacib Ab'Saber - geógrafo, geólogo, ecólogo, professor universitário e Presidente de Honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)
(3) Eng. Manoel Bonfim Ribeiro - mestre em hidrologia e ex-diretor do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS)
(4) Luiz Carlos Baldicero Molion - Pesquisador do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Peixes nativos são lançados no Velho Chico


Piaçabuçu e Porto Real do Colégio foram as cidades beneficiadas


Milhares de alevinos de xira, piau e piaba, espécies nativas da bacia hidrográfica do rio São Francisco, foram inseridos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em trechos do “Velho Chico” nos municípios de Piaçabuçu e de Porto Real do Colégio no último domingo (12), durante as festividades de Bom Jesus dos Navegantes realizadas em cada um dos municípios. Os peixamentos já se fixaram na programação das festividades de Bom Jesus no Baixo São Francisco e os resultados são destacados por pescadores.

“Esses peixes que a Codevasf vem colocando no São Francisco têm melhorado muito nosso trabalho. Vejo quando volto de um dia de trabalho que a quantidade tem aumentado. Agora mesmo, estamos no período de defeso. Quando voltar ao trabalho em março, sei que já vou pescar os peixes colocados no Bom Jesus de 2011. E no final do ano ou em 2013, posso pescar os que foram colocados hoje”, comemorou o pescador Manuel Santana, que participou do peixamento na companhia do neto, Vinícius Walace Santos, de dois anos, e do amigo e sogro da filha, o também pescador aposentado Gervário José dos Santos.

O pescador aposentado Gervário, natural do povoado Cabeço, localizado no município sergipano de Brejo Grande, na foz do rio São Francisco, também festejou a inserção dos alevinos no rio São Francisco. “O rio já foi mais rico em peixes. Mas na época em que eu pescava, já faltava peixe. Esse peixamento traz o sustento para nossas famílias. Queremos agora que ele aconteça mais vezes no ano”, defendeu.

Para a secretária municipal de Meio Ambiente de Piaçabuçu, Geilma Feitoza, os resultados dos peixamentos realizados pela Codevasf na bacia do rio São Francisco mostram que as ações de revitalização da ictiofauna estão no caminho certo. “A Codevasf tem sido uma importante parceira da população de Piaçabuçu, trazendo ações que estruturam o desenvolvimento sustentável da região. No ano passado, foram realizados dois peixamentos somente no trecho do rio São Francisco em nosso município e podemos comprovar os benefícios desta ação para o meio ambiente pelas falas dos pescadores. As piabas, peixes pequenos que são alimentos para espécies nativas maiores, voltaram a aparecer nas redes de pesca. Isso nos mostra que temos que continuar com os peixamentos para levar a frente o processo de revitalização do 'Velho Chico'”, declarou.

Além da secretária de Meio Ambiente de Piaçabuçu, o peixamento contou com a participação do superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo, técnicos da prefeitura daquele município e da Codevasf, pescadores artesanais e turistas que estavam em Piaçabuçu para participar da Festa de Bom Jesus dos Navegantes, que se encerrou no domingo (12).

PEIXAMENTO EM PORTO REAL DO COLÉGIO

No mesmo dia, domingo (12), técnicos da Codevasf também realizaram um peixamento no trecho do rio São Francisco no município alagoano de Porto Real do Colégio, durante a Festa de Bom Jesus dos Navegantes daquele município. No peixamento, foram 70 mil alevinos de espécies nativa, conforme o chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba (Ceraqua São Francisco), engenheiro de pesca Álvaro Albuquerque.

O peixamento contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Porto Real do Colégio, da colônia de pescadores, lancheiros e canoeiros que atuam no município.

Fonte: 7 Segundos

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Accor Hotels promoveu plantio de mudas de árvores nas nascentes do Rio São Francisco

Fonte: Revista Hotéis

Capa da Matéria
Colaboradores de várias unidades da Accor no Brasil

13/02/2012 08:15
Accor Hotels promoveu neste último sábado, dia 14 de janeiro, uma ação de plantio de árvores nas nascentes do Rio São Francisco, na cidade mineira de Vargem Bonita. Esta ação faz parte do projeto Plant For the Planet desenvolvido pelas Nações Unidas em que a Accor é uma das signatárias e o objetivo é plantar três milhões de árvores até o final deste ano. A Accor desenvolve este projeto em sete países em que está presente: Austrália, Brasil, Estados Unidos, Indonésia, Romênia, Senegal e Tailândia.

No Brasil o projeto está entrando em seu quarto ano de atividades e 22 colaboradores de vários hotéis que tiveram os melhores desempenhos na conscientização dos hóspedes para a reutilização das toalhas participaram deste plantio nas nascentes do Rio São Francisco. Esta foi a região no Brasil escolhida pela Accor para desenvolver este projeto que é coordenado pela ONG Nordesta Reflorestamento e Educação. Até o momento já houve o plantio de cerca de 200 mil mudas de espécies nativas, entre elas estão: jatobá, vinhático, aroeira, ipê, cedro, jacarandá, entre outras. “No total são 85 variedades de espécies nativas. O trabalho que é realizado na estação das chuvas, que vai de dezembro a fevereiro, começa seis meses antes para prepararmos as mudas e explicarmos aos proprietários das terras o que é o projeto e que ele só trará benefícios. No início deste projeto havia uma grande desconfiança de alguns fazendeiros, mas hoje a realidade é outra e só estamos conseguindo atender 30% da demanda de mudas, pois os resultados já começaram a aparecer, assim como a sensibilização na preservação do meio ambientes”, revela Neusa Falco Galvão, Presidente da Nordesta.

Segunda ela, mesmo após o plantio, as mudas são monitoradas durante três anos para ter certeza de que no futuro se transformem em árvores. Para que posteriormente o ciclo da natureza se encarregue de aumentar o número de árvores, para cada três mil espécies plantadas num local, a Nordesta distribui uma colméia de abelhas nativas, como jatai, mandasaia, irai e uruçu para que elas possam fazer a polinização.

De acordo com Felipe Boni, Gerente comunicação corporativa e marketing da Accor Hotels, para cada cinco toalhas reutilizadas nos hotéis uma árvore é plantada. Todas as unidades hoteleiras da Accor no Brasil aderiram ao projeto que além de gerar a redução do custo operacional, gera conscientização, mas tudo isto não seria possível se não houvesse um grande engajamento dos colaboradores dos hotéis principalmente das camareiras. “Através do projeto Consciência Limpa Accor incentivamos as camareiras a participarem ativamente. A cada três meses são premiados os três primeiros colocados com vale compras no valor de R$ 100,00 no site de compras para o supervisor e todos os camareiros. Desde que o projeto começou em 2009 já investimos mais de R$ 1 milhão”, assegurou Boni.

Pantanal de Pacatuba e Pirambu são os ´achados´ do litoral norte de Sergipe

Pantanal de Pacatuba, Sergipe
Fotos: PacatubaSergipe.com
Pantanal de Pacatuba, Sergipe
Fotos: PacatubaSergipe.com
Pirambu, Sergipe
Foto: Agnaldo Cordelista

Pacatuba, a 116 km da capital Aracaju, é o principal exemplo. Ainda sem infraestrutura para o turismo, é desfrutada apenas pelos nativos da região e moradores próximos. A região fica perto da foz do Rio São Francisco e esconde a diversidade de fauna e flora.

Para chegar ao mar é necessária a maré baixa e há apenas um caminho. A praia é ideal para os surfistas. É formada por coqueiros, areia clara e fofa e é praticamente deserta. Como a sinalização é precária, é preciso pedir informação aos moradores e a melhor referência para chegar ao mar é o Pontal dos Mangues.

Diferente do que se possa imaginar, o melhor da região não é a praia, mas sim o que há em volta dela. Pacatuba tem um trecho cercado de mata atlântica que esconde dunas, lagoas costeiras, pântanos e manguezais, apelidados de Pantanal Sergipano ou Pantanal de Pacatuba.

Assim como no Pantanal mato-grossense, o local é uma planície inundada e há uma grande biodiversidade. São mais de 100 espécies catalogadas, com muitos peixes, mamíferos, aves e plantas ornamentais. Segundo especialistas, o pantanal nordestino foi formado há mais de 12 mil anos. A região tem cerca de 40 km de extensão e pode ser admirada no percurso que liga Pacatuba à outra praia do litoral norte, Pirambu.

É possível chegar ao local pela BR-101 pela estrada para Jabaratuba, mas para contemplar as belezas da região é preciso ir ou voltar para Pirambu pela estrada de terra. O local mais bonito é o Mirante do Robalo, onde é possível visualizar o conjunto de belezas que estão na região.

Ainda perto do caminho entre as duas praias, há a Lagoa Redonda: área cercada por dunas e um lindo riacho. De cima das montanhas de areia é possível avistar a praia de Pirambu. Na lagoa há um camping e muitas pessoas costumam acampar e desbravar os riachos próximos à região, como a cachoeira do Roncador.
 Pirambu está a 75 km de Aracaju e já possui infraestrutura para os turistas, com pousadas, restaurantes e quiosques á beira-mar. Quem gosta de frutos do mar não deve deixar de degustar os camarões e caranguejos da região. Os pratos custam em média R$ 35 para duas pessoas.

Assim como Pacatuba, o local é formado por uma colônia de pescadores - pirambu é o nome de um peixe típico da região. A praia também é adequada à prática de surf já que possui boas ondas. Assim como em todo o Estado de Sergipe, muitos coqueiros compõem o cenário.

Pirambu abriga a primeira base do Projeto Tamar instalada no Brasil, em 1982, e sedia a Coordenação Regional do Projeto Tamar-ICMBio de Sergipe e Alagoas. São 53 km de praias monitoradas que protegem quase 2400 desovas e 106 mil filhotes a cada temporada. 80% das tartarugas são da espécie oliva, a menor entre as marinhas que ocorrem no Brasil, com comprimento curvilíneo de casco entre 70 e 74 centímetros.

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