sábado, 20 de março de 2021

DE VOLTA AO MEU VELHO CHICO

Meu Velho Chico - 12 anos depois


Primeiro acampamento - 31 de maio de 2009 - Vargem Bonita - descida da Serra da Canastra

Já se vão 12 anos e três meses que parti para essa aventura extrema de percorrer o rio São Francisco a remo, em canoa canadense, sem apoio terrestre, desde a nascente, aos pés da cachoeira da Casca Danta, na Serra da Canastra, até a foz, em Piaçabuçu, Alagoas... uma façanha da qual me orgulho, não somente pela extensão do rio (cerca de 3.000 km), nem pelas dificuldades enfrentadas e superadas, mas também pelo acolhimento recebido das comunidades quilombolas, indígenas e de ribeirinhos, como também das cidades e vilarejos que visitei, e nelas deixei minha mensagem de esperança e de confiança para nosso POVO tão sofrido... 

Infelizmente, não foi assim... os anos que se seguiram trouxeram muito sofrimento e dor aos brasileiros, culminando com essa pandemia que nos apartou dos familiares, amigos e aventureiros, sofrendo a perda de amigos e parentes, de indígenas, quilombolas e ribeirinhos, que sucumbiram à enfermidade, que ainda assola o país devido à negligência daqueles a quem confiamos o poder de governar em nome de todos os brasileiros...hoje, às vésperas de novas eleições, conclamo a todas as pessoas de bem, indistintamente da cor de sua pele, de suas raças, ideologias e crenças, que se unam em torno do bem comum e da salvação dessa Nação Brasileira, tão encantadora quanto o Velho Chico que visitei...

Nesse reencontro de minhas raízes aventureiras, e já avançado na idade a ponto de poder me proteger pela vacinação que já alcançou a minha idade, quero resgatar esses vínculos despedaçados pelo tempo, entre os amantes do Velho Chico e de suas população ribeirinha. Para isso, começo por afirmar que, mesmo não tendo conseguido chegar àqueles que me acolheram para lhes entregar um exemplar de minhas memórias, ainda guardo cada nome daqueles que me deram guarida, alimentação, carinho e dedicação para que eu pudesse compreender a saga desse povo encantado, saber de seus desejos, suas lutas e sua história, ainda que fosse apenas como recortes da plenitude se suas vidas...

Meu propósito era refazer a viagem, desta vez por terra, passando pelas mesmas cidades, povoados, comunidades e aldeias, para reencontrar essa gente maravilhosa e deixar, em cada lugar, um livro dedicado a eles e elas, com minha mensagem de gratidão... porém, foram sete anos de lutas para conseguir publicar o livro de memórias, com apoio de muitos de vocês que hoje me leem... e o tempo é cruel conosco, deixando marcas indeléveis de nossas tristezas, frustrações e sofrimentos, chagas que nunca se curam, mas fazem parte de nossa história de vida e de luta...

Hoje tenho 71 anos... muito daquela energia que tive para percorrer 3.000 quilômetros, grande parte deles remando sozinho, acampando nas margens do Velho Chico, enfrentando ameaças e sendo solidário a toda essa gente encantada que me recebeu como se fosso um dos seus... porém, não desisti dos meus sonhos, e essa é a razão de voltar a esse blog para compartilhar dessa fagulha de esperança de poder terminar o meu trabalho... para cada um de vocês, é apenas um relato de alguém que não conhecem senão pelas minhas narrativas... para outros, um reencontro, mas para mim será o refluir da vida em minhas veias, pois ainda guardo a minha canoa, Ulysses, na casa de um grande amigo, na esperança de poder colocá-la de volta nas águas do Velho Chico, ainda que seja apenas para curtas remadas e breves reencontros... muitos dos que encontrei já se foram, como o pescador Roberto Rocha, de Lagoa da Prata, Minas Gerais, ou a educadora e escritora Joana Comandaroba, de Barra, Bahia...

Porém, o importante é voltar a sonhar... por mais curto que seja esse sonho, não será uma ilusão, mas a grande verdade que aprendi entre vocês, nas franjas do rio, contada por quem deu sua vida a povoar esses lugares mágicos, um caleidoscópio de cenários que ainda povoam minhas memórias... por isso, peço-lhes que compartilhem essa postagem entre os seus entes amados, entre as novas gerações que continuam a habitar as margens do nosso amado Velho Chico...

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

"Meu Sonho Tem Futuro"


A água é o bem essencial para a vida! Sem água não sobrevivemos! O semiárido nordestino, com 63 milhões de hectares e uma população de 20 milhões de habitantes, depende do rio São Francisco para sobreviver. Embora as chuvas estejam chegando, as barragens do Velho Chico estão cada vez mais secas! Sobradinho, na Bahia, o segundo maior lago artificial do mundo em volume de água, está com apenas 5% (cinco por cento) de sua capacidade, mesmo depois das últimas chuvas! Se nada for feito pela revitalização do rio, toda essa população viverá na miséria!

Vejam o gráfico abaixo com a evolução do volume útil dos reservatórios do São Francisco (clique no gráfico para ampliar):



Se você se sensibilizou com essas informações, clique aqui: https://www.facebook.com/ChicoVelho2016/posts/1919836258335538:0 e curta a minha campanha! Assim continuarei a lutar por essa população ribeirinha! Se já curtiu, então compartilhe! Este não é um pedido pessoal: é para esse povo que estou lutando!
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Meus amigos, como vocês sabem sou um sonhador, e vocês já fizeram um dos maiores sonhos da minha vida se tornar realidade, e agora podem me ajudar a entregar o livro "MEU VELHO CHICO - um rio pede ajuda" para todas as comunidades ribeirinhas do rio São Francisco e assim conseguir terminar meu documentário como ambientalista. Se você também acredita no meu Sonho, me ajude a salvar o nosso Rio São Francisco, clique aqui: https://www.facebook.com/ChicoVelho2016/posts/1919836258335538:0 e curta a postagem para concorrermos ao prêmio de R$35.000,00 e ganharmos a Campanha #SeuSonhoTemFuturo

sábado, 29 de outubro de 2016

CHEGAMOS!


Meus caros amigos, nós conseguimos! Atingimos nossa meta e asseguramos a publicação do nosso livro "Meu Velho Chico - um rio pede ajuda"! Agora poderei cumprir minha promessa de entregar a cada comunidade ribeirinha um exemplar autografado da história que vivi por 99 dias no rio São Francisco!

Quero agradecer a todos vocês que acreditaram em meu sonho e remaram comigo durante esses 70 dias, mobilizando seus melhores amigos e construindo essa grande corrente de solidariedade que financiou o livro!

De agora em diante vocês fazem parte de meu projeto e terão seus nomes gravados indelevelmente nas páginas de minha própria história! Muito obrigado! Jamais me esquecerei disso!


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Ele sobreviveu para contar essa história!


"Existem pessoas que nasceram para medir o imensurável. 

João Carlos é uma delas, cujo espírito livre, em algum momento da vida, aflorou e tomou conta da sua vida para todo o sempre, mudando, sobretudo, sua visão, que agora enxerga uma janela tão vasta que dela pode-se ver o mundo.

Nas conversas, durante as escaladas em que juntos repartimos a corda, João Carlos me falara do seu projeto de remar solitário pelo São Francisco e depois escrever o livro. Foi com grande satisfação que soube de sua partida e acompanhei a expedição de um homem que não só buscava a aventura, mas perseguia, acima de tudo, em sua jornada, entender a alma do rio, que a ele se mostrou.

E, nas páginas do livro, João Carlos nos presenteia com suas descobertas, impressões, sentimentos, alegrias e tristezas sobre os dias em que passou nas águas do mítico São Francisco."

Eliseu Frechou
Guia de Montanha

Não deixe esta história morrer.
Você pode fazer parte dessa história juntando-se ao grupo de patrocinadores voluntários.



Assegure o seu exemplar autografado e eternize seu nome nas páginas do "Meu Velho Chico - um rio pede ajuda"! Este livro não será vendido em livrarias. Apenas aqueles que colaborarem com sua publicação, além das comunidades ribeirinhas do rio São Francisco irão receber este livro!

Entre no site da campanha para publicação do "Meu Velho Chico" e ajude a fazer este livro virar realidade: https://www.kickante.com.br/campanhas...

domingo, 2 de outubro de 2016

Entrevista com a Fátima Bernardes em 2013


Agradeço todas as manifestações em favor do nosso projeto. Elas são muito importantes para nossa motivação em prosseguir na luta pela preservação do meio ambiente e do Velho Chico!

Porém, há uma necessidade premente de recursos para a editoração e i
mpressão de meus textos. Sem isso, minhas histórias se perderiam com minhas lembranças... Por isso, conto também com suas contribuições para a publicação de meu livro. 


Você que ama a Natureza, que acredita que os recursos naturais são a maior riqueza nacional, que sabe a importância dos rios e florestas para a sobrevivência da humanidade, que deseja um modelo de desenvolvimento econômico, social e ambiental que seja sustentável e mais inteligente do que apenas exaurir a terra e devastar o meio ambiente, ajude-me a publicar meu livro sobre a Expedição Velho Chico, uma viagem de 2.700 km desde a nascente, na Serra da Canastra, sul de Minas Gerais, até a foz, na divisa entre Alagoas e Sergipe. Todo esse percurso foi feito em canoa canadense, a remo e solitário, sem auxílio de qualquer natureza! Colabore com minha campanha:

http://www.kickante.com.br/campanhas/producao-do-livro-meu-velho-chico

SETE ANOS DECORRIDOS DA EXPEDIÇÃO!


Meus caros amigos,

No dia 7 de dezembro completam-se 7 anos desde que eu terminei a minha expedição pelo rio São Francisco.

É difícil explicar as dificuldades que envolvem uma viagem dessa natureza, que começam com o planejamento.

Foram cinco meses de preparação. Em primeiro lugar, conhecer a dimensão do problema: percorrer 2.700 km a remo, sem nenhuma companhia e sem apoio terrestre. Depois, encontrar um construtor de canoas que atenda às necessidades e tenha flexibilidade para adaptar a embarcação para as características do rio em que vamos navegar. E a capacitação para conduzir essa canoa.

Seguem outras dificuldades: a lista exaustiva de tudo que será indispensável para a aventura; a obtenção dos recursos financeiros; o estudo detalhado do percurso, com todas as possíveis dificuldades a serem superadas; a análise das melhores condições meteorológicas e períodos do ano para a navegação; o tipo, a variedade e as quantidades de alimentos a serem levados... e assim por diante.

A realidade foi muito diferente dos planos! Faltaram patrocinadores, faltou dinheiro, muitas das dificuldades não foram previstas. Mas, em compensação, o povo que eu encontrei no rio foi extremamente acolhedor e generoso! Em todos os lugares fui recebido com atenção e respeito que eu nunca imaginei existir nesse Brasil caboclo! E isto compensou todas as adversidades!

Agora, passados esses sete anos, ainda não consegui viabilizar o meu projeto, pois faltaram recursos e patrocínios para a publicação de meu livro. De que adianta terminar uma expedição dessa natureza e magnitude se eu não posso divulgar a história dessa façanha, se eu não posso compartilhar meus conhecimentos a respeito do rio São Francisco?

Por isso, mais uma vez recorro a vocês, amigos que já me conheciam e aqueles que encontrei nessa imensa rede de relacionamento, parentes meus e colegas e ex-colegas de trabalho, para que me concedam a oportunidade de finalizar o meu projeto.

Eu sei que o momento em que vivemos é muito difícil para todos nós, mas a Cultura, o Conhecimento não podem parar de evoluir. Em novembro de 2015, há quase um ano, passei pela pior experiência de minha vida: um infarto agudo do miocárdio quase me levou a vida. Felizmente, e graças à generosidade de alguns, e competência de especialistas, eu sobrevivi. Perdi mais de 50% da capacidade cardíaca para bombear sangue para o meu corpo, mas estou vivo!

Esse fato mudou minha percepção do sentido da vida. E, por essa razão, decidi retomar o projeto de publicar o livro sobre a Expedição Velho Chico. Juntei forças e vontade, procurei alternativas e decidi fazer esta campanha! Pensei: muitos conhecem minha luta incansável pela preservação do meio ambiente, pela proteção dos povos indígenas e pela ética e dignidade do ser humano. Eu acredito na solidariedade de meus amigos! E espero, sinceramente, que vocês não vão deixar de me apoiar nesse que talvez seja o último trabalho que realizarei em minha vida...

Não deixem morrer esse trabalho intenso e honesto. Façam sua contribuição! Por apenas cem reais vocês estarão assegurando a publicação do livro e o recebimento de um exemplar autografado!

Acessem:
http://www.kickante.com.br/campanhas/producao-do-livro-meu-velho-chico

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

CONTINUEM A REMAR!



Amanhã chegaremos à metade do prazo para atingirmos a nossa meta e viabilizarmos a publicação desse livro "Meu Velho Chico", que será, certamente, mais do que a realização de um sonho, mas principalmente a conclusão de um projeto de vida que começou em janeiro de 2009, no planejamento de minha expedição pelo rio São Francisco, e culminou com minha chegada a Piaçabuçu, em Alagoas, foz do rio São Francisco, no dia 7 de dezembro do mesmo ano.

Desde então venho tentando obter o patrocínio de uma grande empresa ou a aceitação de uma grande editora para publicá-lo. Foram várias tentativas frustradas. O livro não se enquadra em uma categoria que traga dinheiro para editoras ou notoriedade para uma grande empresa. Na verdade, meu livro é de Aventuras, pelo enorme esforço físico de passar 99 dias remando por 2.700 km, mas não apenas isso! É de Preservacionismo, por denunciar crimes ambientais, mas também não se restringe a isso. É um libelo em defesa das populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas, mas não foi escrito por um sociólogo, antropólogo ou correlatos. Para as editoras, eu deveria reescrever o livro, restringindo-o a uma dessas modalidades. Mas não posso mutilar minha experiência ou modificar meu estilo literário por uma convenção ultrapassada.

Por essa razão, decidi partir para a mais atual, justa, verdadeira e democrática forma de financiamento: #CROWDFUNDING! Essa é a categoria de captação de recursos através de nossos amigos, familiares e pessoas de nosso relacionamento nas redes sociais. Tenho quase cinco mil amigos no Facebook, dos quais cerca de 100 familiares e MAIS DE 450 seguidores e amigos especiais, todos muito queridos! Ocorre que a campanha tem duração limitada a 60 dias e já consumimos 30 dias desse prazo fatal que, se não for suficiente para atingir a meta, causará o cancelamento do projeto e a devolução de parte do dinheiro arrecadado a seus doadores. 

Já arrecadamos cerca de dez mil reais de 86 doadores e ainda faltam pouco mais de nove mil reais para completarmos a meta! Não é impossível, mas preciso urgentemente da ajuda de todos vocês. Agradeço, sinceramente, a todos que já deram sua contribuição, seja fazendo sua doação para a campanha, seja repercutindo nossas mensagens em suas próprias redes de relacionamento! Dirijo-me, agora, àqueles que leram minhas mensagens, curtiram e compartilharam meus textos, mas, por alguma razão, ainda não deram sua contribuição. É claro que ninguém tem a obrigação de colaborar, mas qualquer quantia será muito bem recebida e contribuirá para a consecução desse objetivo.

Elaborei várias opções de doação com recompensas em livros autografados e menções de agradecimento nas páginas que serão destinadas a Patrocinadores. Acessem o site abaixo e vejam uma descrição detalhada do projeto, a relação de todos os colaboradores, um blog com referências à expedição e as alternativas de colaboração. Certamente, vocês encontrarão uma opção que caiba em seu orçamento. Antecipadamente, agradeço a todos que me levarem a concluir meu projeto de vida!

http://www.kickante.com.br/campanhas/producao-do-livro-meu-velho-chico
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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Produção do livro "Meu Velho Chico"




Crowdfunding é uma iniciativa fantástica, democrática e justa de se viabilizar um projeto sem ter que depender de um governo ou de grandes empresas. Quem financia o projeto são nossos amigos e familiares, que conhecem o nosso trabalho e o compromisso que temos com as causas que defendemos.

Como vocês sabem, minhas causas são o AMBIENTALISMO e os POVOS INDÍGENAS! E nada mais coerente e compatível com essas causas do que a EXPEDIÇÃO que realizei em 2009 pelo rio SÃO FRANCISCO!

Meu livro relata justamente os problemas que esse fantástico rio enfrenta diante da devastação cada vez mais intensa, provocada pela exploração descontrolada de nossos recursos naturais, seja pelo desmatamento de suas margens, pelas hidrelétricas mal planejadas, e agora pela transposição de suas águas, irresponsavelmente construída numa das piores crises hídricas que o Velho Chico está sofrendo. Mas o livro fala também de um povo encantador, hospitaleiro e simples, que me acolheu em suas casas, generosamente, sem sequer me conhecer! Jamais me esquecerei dessa gente humilde e pura!

E é a essa generosidade que eu agora recorro, a vocês que me acompanham aqui, em minhas manifestações, sinceras e emocionadas, para viabilizar o meu projeto! A cada doação acima de 100 reais, sendo publicado o livro, enviarei um exemplar autografado como retribuição. Para que isso seja possível, ao efetuar a doação, não se esqueçam de preencher todos os dados de identificação, principalmente seu nome, telefone e endereço completo.

Hoje é o segundo dia de campanha. Eu e Armando Gonçalves Junior fomos os únicos canoeiros a percorrer toda extensão do rio São Francisco, da nascente até a foz, um percurso de 2.700 quilômetros. Mas não é apenas o aspecto de aventura que nos motivou, embora tenha sido a maior aventura de minha vida. Foi a grandiosidade do rio, a diversidade cultural dos povos ribeirinhos, a gravidade dos conflitos fundiários e a tristeza de ver esse gigante agonizando diante da falta de ações governamentais efetivas para sua revitalização!

Hoje, o que me motiva a perseverar na publicação do meu livro é saber que precisamos mobilizar a opinião pública, conscientizando a todos sobre a necessidade inadiável de preservação da natureza. No livro, eu relato minha visão desse rio mágico e inesquecível e sua população generosa e carente de atenção do Estado brasileiro... A novela "Velho Chico" mostra essa realidade de forma romanceada, mas eu estive lá! Vivi cem dias remando em suas águas! Convivi com os ribeirinhos! Dormi em suas casas e me alimentei de sua comida e de suas histórias! Senti na pele e na carne os seus problemas!

É disso que falo em meu livro! É para tornar público o meu relato que peço a ajuda de vocês! Colaborem com meu projeto doando qualquer quantia, pois tenho certeza que é para uma causa nobre. Não quero ganhar dinheiro com a publicação do livro, mas apenas levar adiante a palavra de um povo sofrido e oprimido por grandes latifundiários e pelas obras irresponsáveis de tantos governos corruptos que se aproveitam da miséria dessa gente para se enriquecer desonestamente!

É meu compromisso doar cada centavo que eventualmente ganhar com o livro para as populações ribeirinhas! Ao término dessa jornada levarei pessoalmente três exemplares para cada comunidade que me acolheu! Entregarei a cada um minha mensagem de esperança, que terá sido construída com a ajuda de todos vocês! Serei grato a todos que colaborarem com essa missão!


Para fazer sua doação, clique aqui: 
Expedição "Meu Velho Chico" - campanha para publicação do livro
  

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Já estão secos ou intermitentes 70% dos córregos e ribeirões que alimentam o Velho Chico

Represa de Sobradinho, na Bahia, atinge pior nível da história, revelando proporção da crise que obriga Três Marias a manter altas vazões e se alastra até a nascente. 70% dos pequenos afluentes sumiram

Agricultor caminha pelo leito do Verde Grande, um dos principais afluentes da Bacia: até poços profundos, que costumavam resistir, já evaporaram (foto: Credito Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)

A situação alarmante da represa de Sobradinho, na Bahia, que atingiu na segunda-feira 4,96% de seu volume útil, o menor índice da história desde a inauguração, em 1979, chama a atenção para o quadro crítico da Bacia do Rio São Francisco. Em Minas Gerais, estado que fornece cerca de 72% dos recursos hídricos do Velho Chico, o drama da falta de água se espalha da nascente até a divisa com o território baiano. Importantes tributários tiveram drástica redução de volume e estima-se que, dos afluentes de menor porte, a maior parte esteja completamente seca ou intermitente, espalhando paisagens desoladoras por todo o estado. Ainda há o temor de que o reservatório de Três Marias, o maior em terras mineiras, atinja nível crítico, diante da grande diferença entre o volume que entra e o que vem saindo do lago.

A represa recebe hoje 60 metros cúbicos de água por segundo (m3/s), enquanto libera 500m3/s. A vazão é uma determinação da Agência Nacional de Águas (ANA) e, segundo a Cemig, operadora da Usina Hidrelétrica de Três Marias, tem como objetivo não prejudicar Sobradinho. Em reunião ontem, em Brasília, a ANA decidiu que esse volume, que se mantém desde 29 de setembro, vai continuar pelo menos até o fim do mês que vem. Atualmente, a represa está com 15% de seu volume total. Nova queda drástica do nível, como ocorreu no ano passado, pode comprometer ainda mais o processo de recarga nos próximos anos.



A secretária da Câmara Consultiva do Alto São Francisco e presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Entorno da Represa de Três Marias, Silvia Freedman, sustenta que cerca de 70% dos riachos, ribeirões e córregos que brotam em Minas e deságuam no Rio São Francisco e nos maiores afluentes estão completamente secos ou apresentam grande intermitência. Como 72% da bacia é formada no estado, o secamento dos tributários se reflete diretamente em todo o rio, com repercussões como a observada em Sobradinho. Ontem, a ANA também definiu que a vazão mínima da represa baiana, hoje em 900m3/s, será prorrogada até o fim de novembro. Nova avaliação ocorrerá no mês que vem, mas já foi emitido alerta para a possibilidade de redução no volume liberado pelos reservatórios.

“Com o secamento das nascentes, os tributários do São Francisco não estão sendo alimentados e o rio, consequentemente, deixa de cumprir a função de fornecer água para as comunidades. A afluência chegou a níveis muitos baixos. Nunca se viu na história uma situação dessa gravidade”, alerta Silvia, lembrando que até grandes afluentes do Velho Chico em Minas ficaram ou ainda estão completamente secos, como os rios Jequitaí, Pacuí e Verde Grande, todos no Norte do Minas. O Rio Abaeté (Centro-Oeste), outro importante afluente, também tem vazão bastante reduzida.

AGRAVANTES

O secretário-executivo do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, Maciel Oliveira, demonstra preocupação com os processos erosivos e com o desmatamento, comuns em território mineiro, principalmente pelo fato de Minas ser o estado considerado a caixa d’água do Velho Chico. “Se além deste período seco ainda tivermos um rio desprotegido, com certeza vamos ter problemas maiores. Sem a proteção dos locais de nascentes, por exemplo, não teremos como manter as áreas de produção da água”, afirma.
Fonte: Site Estado de Minas ( postado em 28/10/2015 06:00  )

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Comissão aprova projeto para fortalecer revitalização do rio São Francisco

Prioridade para recuperação do Velho Chico

Criado em 2004, o Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco tem sido insuficiente para reverter a degradação ambiental do "Velho Chico".

Diante dessa constatação, a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) aprovou nesta quarta-feira (1º) um projeto de lei que estabelece normas gerais sobre a gestão dos recursos hídricos, sobre a recuperação das áreas protegidas e sobre a sustentabilidade do programa de revitalização.

Apresentado pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 86/2015 trata de princípios, objetivos e prioridades no processo de recuperação do rio. O estabelecimento de metas de volume útil para os reservatórios de água da bacia do rio, a construção de cisternas para captação da água da chuva e a fiscalização de crimes ambientais ao longo da extensão do rio estão entre os temas do projeto.

Lídice também quer a integração entre os órgãos ambientais que cuidam do rio e a destinação de recursos específicos para projetos de recuperação. Na visão da senadora, a criação de uma lei que estabeleça normas gerais para a revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco pode “contribuir significativamente para aperfeiçoar a coordenação das iniciativas de revitalização, nos níveis federal, estadual e municipal, e, com isso, lograr melhores resultados”.

— Resolvemos propor que as normas que hoje compõem o programa de revitalização se transformem em lei porque elas não saem do papel há muitos anos. Com um roteiro claro, podemos impor ao governo a sua execução — disse a senadora.

O projeto recebeu o apoio do relator, senador Humberto Costa (PT-PE), que é líder de seu partido no Senado. Ele afirma que as ações de revitalização do rio São Francisco têm apresentado resultado aquém do esperado e que os recursos empregados apresentam níveis de execução orçamentária abaixo dos inicialmente previstos.

De acordo com dados do sistema Siga Brasil, dos R$ 286,2 milhões autorizados para o programa de saneamento básico de responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no exercício de 2014, somente R$ 75 milhões foram executados.

— Segundo o Ministério da Integração, o programa passou a limitar a revitalização aos locais onde há obras de transposição do rio São Francisco, havendo necessidade de execução de obras de preservação de nascentes, replantio da mata ciliar, obras de saneamento básico em cidades ribeirinhas e ações para contenção de erosões em toda a extensão do rio — observou o senador.

Outros senadores também concordaram que regulamentar a revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco em lei específica pode ajudar a garantir a oferta e a qualidade da água do "Velho Chico". Garibaldi Alves (PMDB-RN), Elmano Férrer (PTB-PI) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) elogiaram a iniciativa de Lídice da Mata:

— Nós precisamos cuidar melhor dos nossos rios, proteger as nossas nascentes, reflorestar nas nossas matas ciliares para que a gente possa afastar as possibilidades de vivenciarmos no futuro a crise que estamos enfrentando hoje no São Francisco — disse Bezerra.

O projeto, que foi pautado na CDR pelo presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), segue para análise da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), onde passará por votação final.

Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Testes de bombeamento no Projeto de Integração do Rio São Francisco



O governo federal iniciou os testes de bombeamento no eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco no momento em que o empreendimento está com 66,1% de suas obras concluídas. Para explicar melhor como foram feitos os testes, o Blog do Planalto conversou com o secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Iranir Ramos.

“O teste consistiu em acionar os vários equipamentos, integrá-los eletronicamente, deixá-los todos conectados à nossa sala de controle integrada e, a partir dessa sala, nós demos partida ao motor do primeiro conjunto de bombeamento, que bombeou 4 metros cúbicos de água por segundo. Após subir a altura de 62 metros, equivalente a um prédio de 20 andares, a água começou a adentrar no canal, e esse canal conduz a água até o primeiro reservatório, passando por um aqueduto que está por cima de uma rodovia, e depois segue por mais 10 quilômetros de canal até chegar ao primeiro reservatório”, explica Iranir.

Ramos afirmou que o sucesso dos testes no eixo Leste garante o otimismo para os próximos desafios. “A partir do sucesso desse primeiro bombeamento, nós temos a certeza de que os próximos desafios vão ser cumpridos conforme a nossa perspectiva de tempo, de prazo e de custo. O teste foi bem sucedido, superou as expectativas. Tivemos o bombeamento na quantidade e na pressão necessária”, comemora.

O empreendimento garantirá a segurança hídrica de 12 milhões de pessoas do semiárido nordestino. Ao todo, o Projeto conta com seis estações de bombeamento no eixo Leste e três estações no eixo Norte, responsáveis por elevar a água do rio para canais posicionados em terrenos mais altos. O projeto tem 100% das etapas contratadas e previsão de conclusão das obras para o fim de 2015.

terça-feira, 10 de março de 2015

Codevasf investe R$ 1,47 bilhão para revitalizar bacias hidrográficas

São Francisco

Obras de esgotamento sanitário e controle de processos erosivos estão entre as principais intervenções promovidas
Recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no âmbito do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas
Obras de esgotamento sanitário, controle de processos erosivos e gestão de resíduos sólidos estão entre as principais intervenções realizadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O atual balanço de realizações da Codevasf nessas áreas – empreendidas em regiões das bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Parnaíba – indica investimentos de mais de R$ 1,47 bilhão, desde 2011, em obras concluídas e em execução.
Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no âmbito do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério da Integração Nacional e outros 14 ministérios, sendo a Codevasf uma das executoras das ações.
Na avaliação da secretária-executiva da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, Kênia Marcelino, os investimentos são essenciais para o desenvolvimento sustentável das regiões em que a empresa atua.
“As ações que promovem a revitalização das bacias hidrográficas são necessárias e imprescindíveis para a garantia da qualidade das águas, principalmente neste momento em que a crise hídrica é pauta constante das discussões nacionais e mundiais. Somente com a implementação dessas ações de revitalização e preservação das bacias hidrográficas dos rios será possível as regiões se desenvolverem sustentavelmente e a população ter oportunidade de acesso a água”, afirma.
Além das intervenções realizadas e em andamento, a Codevasf ainda tem realizado uma série de ações preparatórias para a futura execução de outras obras de esgotamento, controle de processos erosivos e gestão de resíduos sólidos.
Sistemas de esgotamento sanitário
Com a implantação, ampliação e melhoria de sistemas de esgotamento sanitário, a Codevasf investiu R$ 598,9 milhões em obras que atualmente encontram-se concluídas nos estados de Alagoas, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí e Sergipe. Ao todo, 77 municípios foram beneficiados. Os maiores investimentos ocorreram na Bahia (R$ 235,9 milhões), em Minas Gerais (R$ 193,7 milhões) e no Piauí (R$ 59 milhões).
Os sistemas de esgotamento sanitário são compostos por estruturas como redes coletoras, ligações prediais e estações elevatórias e de tratamento. Entre os benefícios advindos dos sistemas destaca-se a minimização de focos de doença e poluição do subsolo e corpos hídricos.
Grande parte dos municípios beneficiados com os sistemas encontram-se na calha do rio São Francisco, como Abaré, Barra, Carinhanha, Glória, Ibotirama, Itaguaçu da Bahia, Muquém de São Francisco, Paratinga e Serra do Ramalho, na Bahia; e Arcos, Doresópolis, Ibiaí, Icaraí de Minas e Iguatama, em Minas Gerais.
Outros R$ 647 milhões estão sendo aplicados em obras contratadas e em processo de execução em 55 municípios dos mesmos sete estados. Os maiores investimentos são realizados em Pernambuco (R$ 182,1 milhões), Minas Gerais (R$ 173,9 milhões) e Piauí (R$ 158,4 milhões).
A população beneficiada avalia positivamente as obras que já foram concluídas. Alexandro Brito, que trabalha na cidade baiana de Glória, afirma que o sistema de esgotamento sanitário implantado pela Codevasf trouxe melhorias para a população. “De um a dez, diria que a cidade ficou dez. Hoje a gente não tem mais aquele esgoto no meio da rua. Ficou muito bom. Até as doenças diminuíram”, conta.
Gestão de resíduos sólidos
No âmbito da gestão de resíduos sólidos, a Companhia investiu – em obras atualmente concluídas situadas em Minas Gerais, Bahia e Pernambuco – mais de R$ 21 milhões. Essas obras incluem intervenções como remediação e encerramento de lixões e implantação de aterros sanitários e unidades de triagem. A remediação e o encerramento dos lixões evita o aumento da poluição, levando a população a fazer a disposição dos resíduos de forma adequada no aterro e minimizando o trabalho degradante dos catadores
As ações em Minas Gerais somaram R$ 11,9 milhões e beneficiaram Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco, Janaúba, Nova Porteirinha, Curvelo e Inimutaba. Na Bahia, foram R$ 6,3 milhões e os benefícios alcançaram Irecê e Juazeiro. Em Pernambuco, R$ 3 milhões permitiram a implantação de um aterro sanitário em Ibimirim.
Está em andamento a elaboração de projetos básico e executivo de engenharia e de estudos de licenciamento ambiental para a implantação de um sistema integrado de resíduos sólidos urbanos na bacia do rio São Francisco que vai beneficiar municípios de Alagoas, Sergipe e Pernambuco. Os investimentos da Codevasf somam cerca de R$ 1,6 milhão.
Os sistemas integrados de resíduos sólidos urbanos são compostos por estruturas como aterro sanitário, aterro de resíduo de construção e demolição, unidade de compostagem, unidade de triagem, estação de transbordo, central de resíduos e ponto de entrega voluntária de resíduos.
Nos municípios já beneficiados com a implantação de aterros sanitários, os moradores percebem a diferença. O motorista Genivaldo Santos, morador do bairro Ipiranga II, em Juazeiro (BA), conta com era antes e depois da obra de remediação do lixão na cidade. “Antes tinha muita sujeira. O vento ajudava a espalhar o lixo de um lado pra outro. Hoje está tudo mudado. Não tem mais aquela imundice. Mudou bastante”, explica
Controle de processos erosivos
Para realizar o controle de processos erosivos foram investidos cerca de R$ 69 milhões pela Codevasf. Outros R$ 133 milhões estão sendo aplicados em obras contratadas e em andamento em Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Piauí, Maranhão e Ceará.
Entre os trabalhos realizados pela Companhia estão a criação de sistemas de monitoramento de águas e controle de cheias e de queimadas, a implantação de viveiros, além do apoio à operação de Centros de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas – onde são realizadas, dentre outras ações, pesquisas para recuperação de ambientes degradados e alterados da bacia hidrográfica do rio São Francisco – e de Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura – estes têm entre suas atribuições repovoar as bacias hidrográficas em que a Codevasf atua com peixes de espécies nativas.
A recuperação ambiental e o controle de processos erosivos dispõem de diferentes métodos: revegetação; cercamento e proteção de nascentes, matas ciliares e topos de morro; construção de “barraginhas” e terraços, readequação de estradas vicinais e estabilização de margens, entre outras. Uma das principais finalidades dessas ações é captar e acumular águas pluviais, aumentando assim sua infiltração no solo e promovendo o abastecimento dos lençóis freáticos – as ações também ajudam a reduzir o escoamento superficial de água, o que evita o arraste de sedimentos, o empobrecimento do solo e o assoreamento dos cursos d’água.
Entre as importantes ações de controle de processos erosivos empreendidas pela Codevasf está a de recuperação de margens do rio São Francisco na região da Ilha da Tapera, próximo ao município de Barra (BA). O trabalho foi realizado em parceria com o Exército Brasileiro e resultou em investimentos de mais de R$ 18 milhões.

Pesquisadores analisam salinidade do rio São Francisco

Pesquisadores realizaram o levantamento próximo a foz


Em uma das viagens para pesquisa (fotos Laboratório Georioemar)
A influência da cunha salina no estuário do rio São Francisco e suas consequências estão sendo estudadas por pesquisadores do Laboratório Georioemar da Universidade Federal de Sergipe e do Projeto Águas do São Francisco/ Sergipetec. Um grupo composto por oceanógrafos, biólogos técnicos agrícolas e estudantes de engenharia ambiental e engenharia agronômica estiveram na região da foz do São Francisco, em Brejo Grande (SE), para fazer um levantamento da vazão e para detectar a intrusão da cunha salina no rio.

Os pesquisadores realizaram o levantamento no trecho do rio próximo à foz,  na região costeira norte de Sergipe, para medir a velocidade da água utilizando as ondas sonoras, através do efeito Doppler, com o uso de um medidor tipo ADCP. “O objetivo do levantamento é analisar a atual vazão do rio São Francisco, bem como a influência da

Oceanógrafo Jonas Ricardo explica pesquisa
cunha salina no estuário, principalmente nos picos de maré enchente”, explica o oceanógrafo Jonas Ricardo, da equipe técnica do Laboratório Georioemar/ UFS.

Ele lembra que o estudo feito na região estuarina do rio São Francisco poderá indicar a influência que o rio sofre com o avanço da cunha salina nas suas águas, hoje afetando diretamente às populações ribeirinhas. “Com a diminuição da vazão, regulada pelas represas hidrelétricas, a cunha salina tende a adentrar mais o rio, tornando a água salobra e promovendo mudanças na sua qualidade para consumo, deixando de ser um recurso que possa ser utilizado diretamente, tanto pelas pessoas como pelos animais e plantas”, afirma.

Para ele, a intrusão salina constitui uma ameaça potencial ao suprimento de água, tanto

Foz do rio São Francisco (Foto: Google Earth)
para abastecimento humano, quanto para uso industrial e animal. Por conta disso, há uma necessidade de se compreender os impactos atuais gerados pela regulação das vazões do rio, e compreender melhor a atuação de fatores relacionados a proximidade da linha costeira, a sazonalidade climática e as diminuições das vazões pelas usinas hidrelétricas.

Ele explica que o avanço da cunha salina ocorre quando a cunha de água salgada do mar avança ou se mistura com as águas doces do rio. “Com a grande vazão que o rio tinha antigamente, a força não permitia a entrada de água salgada. Os pescadores relatam que antigamente não acontecia o fenômeno da água salobra invadindo o rio. Hoje, isso ocorre com frequência principalmente com as marés de maior amplitude”, ressalta Jonas Ricardo, da equipe Georioemar-UFS.

A bióloga Neuma Rúbia, do Projeto Águas do São Francisco, doutoranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFS), participou do levantamento na desembocadura do rio. Para ela, os ribeirinhos já sentem a água salobra e, caso a água do rio sofra uma maior influência da cunha salina, a comunidade poderá ficar sem água para consumo. “O carro chefe da minha pesquisa é a analise da à cunha salina na foz do São Francisco, mas também analisaremos a água potável para consumo porque queremos dar uma reposta à comunidade”, diz. Esses dados farão parte da tese de doutorado por título Hidrodinâmica Ambiental na Foz do São Francisco desenvolvida atualmente pela pesquisadora.

O Laboratório Georioemar da Universidade Federal de Sergipe é coordenado pelo professor-geólogo Luiz Carlos Fontes e possui uma equipe multidisciplinar composta por geólogos, oceanógrafos, sedimentólogos, entre vários outros pesquisadores. O Projeto Águas do São Francisco é coordenado pelo professor Antenor de Oliveira Netto, grupo Acqua.

Fonte:Ascom Laboratório Georioemar
http://www.infonet.com.br/educacao/ler.asp?id=170077

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A Crise Energética e a Seca mais Cruel dos Últimos 100 anos

Local de captação de água para as turbinas de Três Marias: imagem da desolação!

Temos falado insistentemente sobre a questão da água, inserida no descaso pela gestão do Meio Ambiente, e as Mudanças Climáticas. A situação atual é dramática, e revela a gravidade da crise que afeta nossos recursos hídricos. O rio São Francisco, com suas oito hidrelétricas, reflete o desinteresse das autoridades responsáveis pelas políticas públicas no que concerne à preservação da Natureza, principalmente nos biomas Cerrado e Amazônia.

A situação se agrava ainda mais se considerarmos que nossa matriz energética sempre privilegiou a construção de grandes hidrelétricas. Hoje, a produção de eletricidade depende quase que exclusivamente das usinas hidrelétricas, termelétricas (movidas a óleo diesel) e da biomassa da cana de açúcar. A energia eólica e solar ainda é insignificante nesse contexto atual. Uma crise no abastecimento de água à população evidencia também a escassez de água nos reservatórios das hidrelétricas. Se essa estiagem perdurar por mais alguns meses, certamente, em meados do próximo ano, as grandes metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, estarão desprovidas de água e eletricidade.

Se essa estiagem está relacionada como o fenômeno sazonal do "El Niño", como afirmam as autoridades, isso não significa que a decisão por essa matriz energética esteja correta, e a culpa seja apenas de São Pedro, que não é petista. A cidade de São Paulo, há muitos anos vem buscando água para seus reservatórios em lugares cada vez mais distantes, onerando outras regiões do interior paulista, como vem ocorrendo em várias cidades da região.

Os reservatórios da Cantareira estão seriamente comprometidos, assim como aqueles do Alto Tietê, e também do Paraíba do Sul, que abastece o município do Rio de Janeiro e a Baixada Fluminense. Como se não bastasse, a água entregue nas residências está com coloração ocre, sedimentação do barro do leito dos reservatórios, e potencialmente contaminada por resíduos depositados no leito desses reservatórios cada vez mais secos.

A população dos grandes centros, vivendo essa situação dramática, apela para a abertura de poços artesianos, quando moram em casas térreas, comprometendo ainda mais o lençol freático e os aquíferos subterrâneos. A longo prazo, também essas águas profundas estarão comprometidas. Não querendo ser arauto de catástrofes, mas, ao mesmo tempo, constatando que a realidade é bem mais crítica do que as previsões mais pessimistas, devemos nos perguntar o que faremos quando nossas imensas reservas de água potável se extinguirem. Como afirmei diversas vezes nos últimos anos, somos (ou éramos) um país privilegiado pela Natureza, tendo, dentro de nossas fronteiras, cerca de 12% de toda água potável do mundo! Mas isso está se deteriorando...

O rio São Francisco é a imagem mais trágica da morte de nossos rios. A destruição das nascentes, a canalização dos ribeirões dentro das grandes cidades, a contaminação dos afluentes do Velho Chico pelos esgotos lançados em suas águas, o desmatamento das margens dos rios, o despejo de milhões de toneladas de agrotóxicos, escorridos pelas plantações de milho, soja, cana de açúcar, outras mega-lavouras e das pastagens para o gado, o descaso com resíduos industriais, despejados em lagoas de contenção às margens dos rios, a morte das lagoas de reprodução, que já não são mais alimentadas pelas cheias, tudo isso leva o Velho Chico à lenta agonia e à morte trágica, afetando uma população de mais de vinte milhões de brasileiros.

Os latifúndios não se interessam pelo Meio Ambiente, mas precisam das águas para irrigar suas terras. Porém, contraditoriamente, são eles, os fazendeiros, que estão matando os rios! E quando essa água se acabar? Certamente, as lavouras e os pastos também se acabarão! Hoje, o agronegócio garante parcela expressiva do PIB nacional, graças a essa política predatória e à expansão ininterrupta das fronteiras agrícolas para dentro do Cerrado e da Amazônia.

Nossas matas, florestas, águas subterrâneas, tudo está ameaçado por essa política cretina de terra arrasada: produção acelerada, incentivada pelos países que, ou já acabaram com suas florestas, ou não querem destruir o que restou, e importam carne, soja, milho, algodão, açúcar, álcool e tudo que o Brasil produz, caminhando célere para a exaustão de nosso riquíssimo território. A longo prazo (longo?) o que será legado aos nossos descendentes é uma imensa savana seca, e imensas áreas desertificadas pela devastação do agronegócio.

A Crise Energética e a Seca mais Cruel dos Últimos 100 anos não ocorre por acaso, nem por um capricho das chuvas que não chegam. Esses fenômenos acontecem pela irresponsabilidade de um governo que não tem capacidade de gerir nossos recursos naturais. Minas Gerais, vista de cima, já parece um imenso terreno devastado pelo garimpo das mineradoras, que sangram a terra para extrair os minérios para exportação. Cerca de 20% da Amazônia já desapareceu e se transformou em áreas urbanas, estradas e travessões de assentamentos do INCRA, ou em fazendas de soja e de gado. Metade do Cerrado já virou campos de soja, algodão e gado. O que ainda falta destruir?

Se este ainda não é o derradeiro período de seca, se as águas voltarem a encher os reservatórios, a mover as turbinas das hidrelétricas, a serem sugadas para aspergir sobre as "plantations" contemporâneas, é, pelo menos, um último aviso, uma mensagem explícita de que alguma coisa muito grave está a acontecer. Se as autoridades incompetentes não escutam essa mensagem, padeceremos a seca e a fome, a decadência de um país que, no ato do Descobrimento, foi declarado o maná do mundo, lugar onde "em se plantando, tudo dá", como dizia Pero Vaz de Caminha em sua carta ao Rei de Portugal.

Não desejo a desgraça, pois amo minhas filhas e meus netos, e quero deixar a eles um legado de riquezas e belezas naturais. Infelizmente, não depende de mim, apenas. Deixo, frequentemente, insistentemente, as minhas palavras de alerta, esperando que alguém as ouça e, ao menos, reflita sobre a possibilidade de tudo isso vir a ser um tremendo pesadelo. Espero estar errado...

domingo, 5 de outubro de 2014

NOTA DO MTC BRASIL EM DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO

Rio São Francisco, próximo a São Romão, MG (foto: João Carlos Figueiredo www.expedicaovelhochico.com - 1979)

O Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo- MTC, vem a público dar um grito em defesa do Rio São Francisco e do seu povo. A situação de penúria, baixa vazão, assoreamento e poluição ganha contornos simbólicos dramáticos com a seca de sua nascente histórica, constatada no dia 23 de setembro passado. O agronegócio já consome 83 %da água disponível no Brasil e a Bacia do Rio São Francisco é a mais castigada por este flagelo.

Um exemplo é seu afluente Verde Grande já há muito secado por irrigação descontrolada. Empresas, como a SADA, em Jaíba-MG, continuam a irrigar vastas plantações de cana, sugando água e devolvendo agrotóxicos. Enquanto isso uma população de mais de 40 mil habitantes corre o risco de ficar sem água para consumo humano e para produção de alimentos no mesmo Perímetro Público de Irrigação do Jaíba, em que pequenos agricultores vivem situação dramática, testemunhada por nós do MTC.

Assim, não é mais possível esconder que a grave crise hídrica que vivemos, muito antes da falta de chuvas, que só a revela e agrava,tem seus maiores culpados nas empresas do agronegócio e no Estado brasileiro que as financia, licencia e não fiscaliza, não limita nem controla. Empobrece a dieta do brasileiro, diminui a área plantada com alimentos, tudo para exportar commodities agrícolas e financeiras. Como se comêssemos lucros das bolsas de valores.

A Coordenação Nacional do MTC Brasil composta por representantes de 10 estados, reunida em Olinda-Pernambuco, no Alto da Sé, após pés do túmulo de Dom Helder Câmara, exemplar guardião da vida, vem clamar às autoridades brasileiras e aos organismos internacionais competentes para que escutem o gemido do moribundo Rio São Francisco, nosso Velho Chico, “rio da integração nacional”, e tomem as devidas providências para salvar a vida que ainda pulsa em sua Bacia Hidrográfica.

Somando forças com a Articulação Popular São Francisco Vivo, que congrega centenas de entidades sociais e organizações populares em toda a Bacia, exigimos a Moratória para o Rio São Francisco: “suspensão de novos licenciamentos e outorgas de água para grandes e médios projetos e revisão dos já concedidos na Bacia do Rio São Francisco. Propomos que, além de retomar e ampliar o relegado Programa de Revitalização, realizem em caráter de urgência uma avaliação hidro-ambiental integrada de toda a Bacia, por pesquisadores das Universidades Públicas e técnicos do Estado, e a partir destes dados e informações se definam novos e mais restritivos parâmetros de uso das águas, matas, solos e subsolos da Bacia:1º) em caráter de emergência, para as águas acumuladas nas barragens, para amenizar a situação atual;2º) em caráter permanente, para garantir condição de vida para o Rio e o Povo do Rio e evitar a sua extinção”.

Oportunamente, ao final da campanha eleitoral em curso, chamamos a atenção dos eleitores e eleitoras e exigimos dos eleitos, sejam quais forem, o compromisso com esta Moratória e programas de revitalização da Bacia São Francisco mais profundos, integrados e efetivos que os atuais.
Clamamos para todas as pessoas de boa vontade à luta em defesa da vida, que depende dos rios, em especial do Rio São Francisco, o maior rio inteiramente brasileiro, do qual dependem milhões de brasileiros, maioria pobres, e uma infinidade de espécies.

Olinda, 25 de setembro de 2014.

A Coordenação Nacional do MTC Brasil

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O VELHO CHICO ESTÁ MORRENDO!

O grande defensor do Velho Chico e das populações ribeirinhas, Dom Frei Luiz Cappio, já fez duas greves de fome contra as obras da Transposição. Ele sempre afirmou que o Velho Chico está morrendo! Agora, os fatos comprovam que ele estava com a razão! Agora, com a reeleição de #DILMA praticamente assegurada, o que poderemos esperar? Apenas o agravamento das agressões ao Meio Ambiente, perpetradas pelo Agronegócio, pelos Ruralistas, pelos Latifundiários da Soja e do Gado! E o povo nem mesmo percebeu que foi enganado durante os 12 anos do #PT no governo! Recebeu as migalhas dos programas assistencialistas do Bolsa Família, enquanto os latifundiários recebiam créditos bilionários e a juros subsidiados para continuar a expandir as fronteiras agrícolas do Brasil... em breve, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Amazônia serão apenas lembranças nas memórias dos idosos... até que eles também desapareçam...

Berçários das nascentes do Cerrado serão tombados

Bacia hidrográfica: corresponde à área drenada por um rio principal, seus afluentes e subafluentes, que formam, dessa maneira, uma rede hidrográfica. É usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas.

Oito das doze bacias hidrográficas do País são irrigadas pelo bioma Cerrado: as nascentes dos rios Tocantins, São Francisco e Araguaia, fortemente associadas ao agronegócio e à geração de energia, serão tombadas pelo governo como patrimônio nacional, restringindo usos que representam ameaças à sua conservação e à continuidade de tradições populares.

Nascentes serão tombadas pelo Iphan

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O conceito de nascente não se restringe a um olho d’água, mas a todo o perímetro que engloba a principal bacia de drenagem formadora do rio. A partir de imagens de satélite, mapas e dados de campo colhidos por técnicos da Agência Nacional de Águas [ANA], o processo de tombamento será finalizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a quem caberá a análise prévia de intervenções urbanas e empreendimentos econômicos na área.
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As quatro principais bacias hidrográficas do Brasil são: a bacia Amazônica, do Tocantins, bacia Platina (Paraná, Paraguai e Uruguai) e a bacia do rio São Francisco. Juntas, elas cobrem cerca de 80% do território brasileiro, porém de forma bastante irregular.

Cerrado, o berço das águas

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Por trás da aparência ressecada dos meses de inverno, quando a umidade do ar cai a níveis alarmantes em algumas regiões, o Cerrado esconde uma identidade secreta: o bioma é um gigantesco coletor e distribuidor nacional de água, crucial para o abastecimento das regiões Centro-Sul, Nordeste, do Pantanal e até partes da Amazônia. Um serviço ecológico gratuito que corre o risco de ser racionado por causa do desmatamento.

Das 12 bacias hidrográficas do País, 8 estão inseridas no Cerrado. A localização central do bioma, combinada com sua elevação topográfica e alta concentração de nascentes, faz com que ele funcione como uma caixa d’água. Cerca de 94% da água que corre na Bacia do Rio São Francisco em direção ao Nordeste brota no Cerrado – apesar de apenas 47% da bacia estar dentro do bioma, segundo cálculos da Embrapa. Reportagem de Herton Escobar, enviado especial, no O Estado de S.Paulo.

No caso do sistema Araguaia-Tocantins, que corre para o Norte e vai desaguar no Pará, 71% da água da bacia nasce no Cerrado. A proporção é a mesma para o conjunto das Bacias do Paraguai e do Paraná, que drenam grandes áreas do Centro-Sul. “O rio é só o encanamento superficial pelo qual a água corre”, diz o pesquisador Felipe Ribeiro, da Embrapa. “Mas onde a água nasce é no Cerrado. As besteiras que a gente fizer aqui em cima vão repercutir rio abaixo.”
E as besteiras já estão em curso. Estudos realizados pelo pesquisador Marcos Costa, da Universidade Federal de Viçosa, mostram que o desmatamento nas cabeceiras do sistema Araguaia-Tocantins aumentou a descarga dos rios em 25%, apesar de não ter havido mudanças nos índices pluviométricos da bacia. Ou seja: a quantidade de água nos rios aumentou, apesar de a chuva ter continuado igual.

Mais água, nesse caso, é má notícia. O problema é que o solo coberto por pastagens e lavouras absorve menos água do que o solo com vegetação nativa. Consequentemente, mais água escorre para os rios e é levada para fora do Cerrado, diminuindo a quantidade de umidade que fica disponível para os ecossistemas locais e a própria agricultura – além de aumentar o risco de enchentes para as comunidades que vivem rio abaixo.

Segundo Costa, se o desmatamento continuar, é provável que os níveis de precipitação no bioma também sejam afetados. “Acho que estamos próximos do limite em termos climáticos.”

O problema mais sério que vamos ter daqui dez anos é com a irrigação”, diz o pesquisador Hilton Silveira Pinto, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp.


A sobrevivência do Pantanal depende diretamente da conservação do Cerrado



O Pantanal também está de olho no problema. Praticamente todos os rios que deságuam no bioma nascem no Cerrado. “A sobrevivência do Pantanal depende diretamente da conservação do Cerrado”, diz o ecólogo Leandro Baumgarten, da ONG The Nature Conservancy.
EcoDebate, 29/09/2009

"Quando se observa um mapa da rede hidrográfica do Brasil, percebe-se que no interior da região Centro-Oeste correm cursos fluviais para todas as direções. Por isso, o chamado Planalto Central é o mais importante dispersor de águas da rede hidrográfica brasileira. Quatro grandes bacias hidrográficas drenam áreas do Centro-Oeste de forma mais ou menos equivalente.

A primeira é a Bacia Amazônica que drena a parte centro-norte de Mato Grosso onde correm vários afluentes da margem direita do rio Amazonas, como os rios Xingu, Juruena e Teles Pires, entre outros. A porção leste de Mato Grosso, o centro-norte e o oeste de Goiás são atravessados pelos rios da Bacia do Tocantins-Araguaia. Já, o centro-sul de Goiás e o centro-leste e o sul de Mato Grosso do Sul são cortados pelos rios da Bacia do Paraná. Por fim, toda a parte sul de Mato Grosso e a porção noroeste de Mato Grosso do Sul são atravessados por rios da Bacia do Paraguai."
Geografia - Nelson Bacic Olic
Publicado em Caliandra do Cerrado

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