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quarta-feira, 27 de junho de 2012

ICMbio apresenta Plano para Conservação de Cavernas na bacia do rio São Francisco



Área contém 4.317 cavidades naturais subterrâneas, mas somente 1.542 estão localizadas em áreas protegidas 

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), apresenta nesta quarta-feira (27), a partir das 14h30, o Plano de Ação Nacional para a Conservação do Patrimônio Espeleológico nas Áreas Cársticas da Bacia do Rio São Francisco (PAN Cavernas do São Francisco).

Esta reunião, que acontecerá em Brasília, será uma série de quatro encontros de apresentação do plano ao tomadores de decisão locais. As próximas reuniões irão ocorrer em Belo Horizonte, no dia 14 de agosto; em Salvador, no dia 16 de agosto; e em Aracaju, no dia 30 de agosto.


O plano tem por objetivo garantir a conservação das cavernas brasileiras e a promoção do conhecimento, uso sustentável e redução dos impactos das ações humanas, com prioridade às áreas da bacia do rio São Francisco, nos próximos cinco anos. A proposta vai seguir as diretrizes do Programa Nacional de Conservação do Patrimônio Espeleológico, instituído em 2009 pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Na área do PAN Cavernas do São Francisco existem 4.317 cavidades naturais subterrâneas. Dessas, 1.542 estão localizadas dentro de 51 áreas protegidas, sendo 429 em 28 áreas de proteção integral, 1.111 em 22 áreas de uso sustentável e 2 em uma terra indígena.

Dentre as 312 unidades de conservação federais, dez foram especialmente criadas para proteger as cavernas brasileiras: os parques nacionais Furna Feia (RN), de Ubajara (CE), da Serra da Bodoquena (MS), da Serra do Cipó e Cavernas do Peruaçu (MG); e as áreas de proteção ambiental da Chapada do Araripe (CE), das Nascentes do Rio Vermelho (GO), Cavernas do Peruaçu, Carste Lagoa Santa e Morro da Pedreira (MG).

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pesca predatória mata tartarugas na APA de Piaçabuçu

Pesca predatória mata tartarugas na APA de Piaçabuçu
Tartarugas marinhas, uma espécie constantemente em risco de extinção, estão aparecendo mortas, às dezenas, em uma Área de Proteção Ambiental (APA) no litoral de Alagoas. A constatação foi feita e registrada em imagens por uma professora universitária de Maceió, que foi visitar o local no último fim de semana.

As imagens foram feitas na manhã desta segunda-feira (23), na APA de Piaçabuçu, no extremo litoral sul de Alagoas. A professora Alessandra Marques Luz, que viositava a região com o marido, relatou que no domingo, em passeio do Pontal do Peba (em Feliz Deserto) até a foz do rio São francisco, em Piaçabuçu, viu duas tartarugas marinhas sangrando e já mortas.

“Ao cruzarmos com um monitor uniformizado do projeto Tamar, que tirava fotos dessas duas tartarugas, perguntamos o que houve, e sua resposta foi que as tartarugas morreram de velhice”, conta Alessandra. “Achamos estranho e hoje [segunda-feira] decidimos voltar lá”.

A professora relata que, antes de voltarem ao local em que havia duas tartarugas mortas, ela e o marido peguntaram o que estava havendo a um morador ligado ao turismo na região.

“Ele disse que há dias em que chegam a aparecer dezoito tartarugas marinhas mortas”, conta Alessandra. “Disse também que o Ibama, o ICMbio [Instituto Chico Mendes] e o Tamar [projeto federal de preservação de tartarugas marinhas] sabem disso há anos”.

A conclusão da professora é em tom de protesto: “Mesmo sendo Piaçabuçu uma área de preservação federal, como indica a placa na entrada da região, essas mortes são situação corriqueira”. Segundo ela, o morador que deu essa informação preferiu não se identificar.

Na volta, um cemitério de tartarugas

No retorno ao local, nesta segunda-feira de manhã, Alessandra conta que se assustou.

“Ao voltarmos lá, nos deparamos com a situação que as fotos comprovam: mais de uma dúzia de tartarugas mortas. Ao longo de mais ou menos 10 km de praia, um cemitério de criaturas em extinção se descortina. Um lugar que deveria ser uma explosão de vida, pois elas desovam e se alimentam por lá, é um cemitério”.

“Na volta, filmei uma conversa com um pescador que informou a medida da rede de pesca: 25mm, razão do encalhe e morte das tartarugas marinhas, segundo o Tamar em conversa comigo pelo Twitter, e também uma conversa com esse mesmo monitor do Tamar que no domingo havia dito que os animais morreram de causa natural. Nesse vídeo, o monitor do Tamar diz: “é comum” e “não posso revelar o número”.

Alessandra lembra uma informação adicional. “Na página do Tamar, na internet, eles dizem que das cinco espécies de tartarugas marinhas existentes no Brasil, três delas frequentam a APA de Piaçabuçu para se alimentar. Eles também dizem que a pesca com rede é a ppossível causa dessas mortes”.

E Alessandra conclui com uma pergunta: “Sendo assim, o que faz a pesca predatória (de arrasto) ser permitida em uma APA?”.

Fonte: Boainformação

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