sábado, 31 de janeiro de 2009

Oração de São Francisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.


Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Oração do Velho Chico



Senhor, fazei-me instrumento de vossa generosidade!

Onde houver Seca, que eu espalhe as Águas da Fertilidade!
Onde houver Miséria, que eu distribua a Fartura das Colheitas!
Onde houver Sertão, que eu me torne o Mar da Vida!
Onde houver Trevas, que eu conceda a Energia e a Luz!
Onde houver Isolamento, que eu mostre os Caminhos da Integração!
Onde houver Fome, que eu abasteça de Água as Plantações!
Onde houver Discórdia, que eu seja o Reencontro e a Harmonia!

Que meus braços se estendam e se multipliquem
pela expansão de meus domínios,
levando ao Sertão e ao Agreste
a transpiração de minhas águas férteis, para que...

...Onde houver Desespero, que eu seja a Esperança!




Esse texto fará parte do livro "Meu Velho Chico", a ser publicado ao final da expedição.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A tarefa mais árdua da jornada...

Quando relatamos nossos feitos, nossas aventuras aos amigos, muitos acreditam que somos loucos e ricos! Loucos por buscar a emoção extrema do perigo inconsequente; ricos por nos darmos ao luxo de viajar para lugares em que a maioria dos seres humanos jamais cogitaria estar!

Mas não há loucura em nossas aventuras; apenas planejamento, técnicas e hablidades desenvolvidas, um bom preparo físico e uma determinação e vontade à prova de tudo.

A maioria de nós também não nasceu em "berço de ouro"; apenas optou por prioridades diferentes, deixando de lado o luxo dos hotéis de cinco estrelas pelos acampamentos selvagens de bilhões de estrelas, no meio do mato, abrindo mão de outras vaidades para poder se equipar para a aventura.

São poucos os aventureiros que conseguem patrocínio para suas atividades extremas. Geralmente aqueles que já provaram seu pioneirismo e competência nas conquistas de picos acima dos 8.000 metros, ou velejaram solitários pelos mares distantes, ou se arriscaram escalando paredes que parecem não ter fim...

Nós, reles mortais aventureiros, não tivemos acesso às grandes marcas; compramos nossos equipos em "feirinhas da pechincha" ou economizamos durante anos para comprar um GPS, mochilas, barracas e sacos de dormir
confortáveis, cordas, mosquetões, etc.

A tarefa mais árdua de nossas jornadas é, justamente, obter os recursos necessários para viabilizá-las, seja tirando as últimas moedas do "cofrinho", seja pedindo um empréstimo a se pagar até o fim da vida... mas perseveramos mesmo assim, pois não é apenas a aventura em si que nos impulsiona para a frente: são os nossos ideais!

Queremos fazer a diferença, não doando nossas vidas aos empresários insaciáveis de seus lucros, mas lutando por causas perdidas, como a preservação da Natureza, para que nossos filhos possam também se aventurar, ou pelo menos assistir, na National Geographic, como seria nosso planeta sem a perversidade humana, repleto de vida selvagem, de lugares mágicos, de cavernas adornadas com seus espeleotemas, de cachoeiras cristalinas, de praias paradisíacas e de paisagens submersas intocadas...

Queremos acreditar que o Ser Humano ainda tem jeito, que o mundo não se acabará em chamas ou congelado, que o aquecimento global será controlado, que nossas espécies animais, as mais belas e raras, ainda estarão caminhando pelo Kalahari quando nós já não estivermos mais aqui.

Se a adrenalina já penetrou em nossas veias, estimulou nossos corações a bater tão forte que mal se contêm dentro do nossos peitos, se nossas vistas se embaciaram de lágrimas ao contemplar um pôr-do-sol nas montanhas silenciosas, então não tem mais jeito: não mais pertencemos à "civilização comportada e apática"!

Somos diferentes! Não melhores, mas diferentes... apenas não nos contentamos com o pouco que o mundo civilizado pode nos proporcionar... precisamos estar naqueles lugares onde os sonhos se confundem com nossas próprias visões de Shangrilá...

Esse texto fará parte do livro "Meu Velho Chico", a ser publicado ao final da expedição.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Bacia do São Francisco

Extensão do Rio São Francisco: 2.863 Km

Vazão média de longo período na foz: 2.850 m3/s

Afluentes: 99 rios perenes e 69 intermitentes

Área da bacia: 634.000 km2

Número de municípios: 504

População: 15 milhões de habitantes

Estados da bacia: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe

Regiões fisiográficas: Alto, Médio, Sub-médio e Baixo São Francisco

Cobertura vegetal: Cerrados, Caatingas e pequenas Matas de Serra

Trechos navegáveis: 1.234 km no alto São Francisco, desde Pirapora até Petrolina e Juazeiro; 204 km no baixo São Francisco, entre a cidade de Piranhas e a foz do rio.

Principais cidades da bacia: Três Marias, Pirapora, Januária, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Petrolina, Juazeiro, Arapiraca, Penedo e Propriá

Área irrigável: cerca de 3 milhões de hectares, dos quais 10% com projetos implantados.

Expectativas e Ações em Curso

Quando damos início a um projeto importante é difícil conter as expectativas, mesmo quando o tempo parece fluir rapidamente e as ações a serem desenvolvidas e os prazos de execução parecem não se adequar ao calendário estabelecido.

Embora esteja me dedicando 8 horas por dia a este projeto, ainda tenho muitas etapas a superar, dada sua extensão e complexidade. Quem nunca desenvolveu um projeto desta magnitude não consegue imaginar a quantidade de tarefas necessárias a assegurar seu pleno sucesso...

Meus objetivos são ambiciosos, mas tenho consciência de que as ações preservacionistas precisam ser agilizadas para salvar nosso planeta. Quando as autoridades se omitem, quando os líderes mundiais fecham seus olhos à realidade evidente da degradação ambiental e das ameaças à nossa sobrevivência como espécie, e a do planeta como fonte de vida, torna-se essencial a ação dos homens que acreditam em sua missão conscientizadora.

Sei que faltam organizações não governamentais para mobilizar a consciência coletiva; sei que as mudanças climáticas têm um relógio biológico que, em dado momento, não poderá mais ser desativado e a vida estará fatalmente comprometida. Faço, portanto, a minha parte, com a esperança de que outras ações, até bem mais efetivas que a minha, sejam executadas a tempo de salvar a humanidade de seu destino trágico e irreversível.

Estar lá, no rio São Francisco, passar pelas populações ribeirinhas e compartilhar seu dramas e sofrimentos, transmitir essas informações ao mundo, ainda que de forma discreta e limitada, será, para mim, uma experiência inesquecível e transformadora!

Espero, sinceramente, contar com a compreensão e o apoio daqueles que acreditam em meus propósitos e em minha determinação.

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