segunda-feira, 9 de junho de 2014
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Problemas Ecológicos do Rio São Francisco
Porém, logo as questões ambientais passaram a ser minha maior preocupação e cuidados, pois evidências começavam a aparecer no caminho, seja pela presença de gado às margens do rio, seja pela constatação de pesca predatória, ou mesmo a certeza de que fazendas às margens do rio estavam contaminando suas águas com o excesso de agrotóxicos utilizados nas plantações. Mesmo quando essas evidências não eram tão óbvias, os próprios ribeirinhos comentavam ocorrências de crimes ambientais: plantações de cana-de-açúcar onde o vinhoto era descarregado nas águas do Velho Chico.
A pesca, antes da represa de Três Marias, é praticada por profissionais e amadores. Os primeiros são os próprios ribeirinhos e pessoas vindas das cidades para abastecer grandes comerciantes com dourados, piranhas, pintados e tantas outras espécies apreciadas pelos consumidores. O problema é a forma com que esses profissionais atuam no rio: utilizam uma prática denominada PINDA, que consiste em fincar dezenas de varas nas barrancas dos rios, deixando que os peixes se enrosquem nos anzóis. No final do dia, ou no dia seguinte, vêm buscar sua pesca.
Ocorre que a quantidade é tamanha que os próprios pescadores acabam abandonando as varas nas margens por vários dias e, quando finalmente vêm buscá-las, os peixes já estão mortos e apodrecidos, ou comidos por outros peixes. Um desperdício! A quantidade desperdiçada é impressionante e injustificável! Não saberia estimar os prejuízos, nem avaliar o impacto dessas perdas para as populações de peixes do rio, mas como são peixes de porte médio, acredito que o impacto seja relevante por atingir justamente os indivíduos em plena fase de reprodução, machos e fêmeas.
Quanto aos amadores, o impacto já é bem maior, por incrível que pareça. Existem dezenas de ranchos de pesca ao longo do rio, com toda infraestrutura necessária para receber barcos potentes e equipados com tecnologia inacessível para os pescadores profissionais. Assim, esses amadores conseguem “ver” os maiores peixes nos sonares e caçá-los com grande facilidade. Em pouco tempo, eles retiram do rio os maiores espécimes, em uma concorrência desleal com os profissionais e com os próprios peixes.
Passando a barragem de Três Marias esses problemas persistem e se agravam, com a maior concentração humana nas proximidades do rio, além de novos problemas de maior gravidade. A primeira percepção que temos é que as matas ciliares já não são tão contínuas e nem tão largas. Às vezes, é apenas uma linha estreita às margens do rio, insuficientes para abastecer de vida esse ecossistema. Porém, a barragem tem um aspecto ainda mais perverso: sua função reguladora do rio!
Antes da construção de Três Marias, o rio tinha um ciclo natural de cheias e vazantes, caracterizadas pelas épocas das chuvas e da seca em toda sua extensão. Com isso, as margens se expandiam e se retraíam sazonalmente, irrigando as margens e abastecendo as lagoas vicinais, verdadeiros berçários de peixes, aves e mamíferos. Na enchente, as fêmeas saíam pelos canais até as lagoas e lá depositavam seus ovos, que eram fecundados pelos machos reprodutores. Esses ovos davam origem aos alevinos, que cresciam nas lagoas até as próximas cheias, quando então retornavam ao rio.
Com a construção da hidrelétrica, o regime do rio se modificou, e o homem passou a controlar sua vazão conforme seus interesses, reduzindo drasticamente esse processo cíclico de reprodução e de abastecimento das lagoas. Não somente os peixes foram prejudicados, mas toda cadeia alimentar de todas as espécies que utilizavam as lagoas como berçários naturais, principalmente os pássaros e felinos. É evidente que a população de todo ecossistema sofreu dramática redução, inclusive com o desaparecimento de muitas espécies, em especial dos felinos e dos grandes peixes.
As fazendas às margens do rio também tiveram outra participação importante nesse processo de degradação ambiental. Eliminando as matas ciliares, as barrancas do rio ficaram vulneráveis ao ciclo das chuvas, sendo arrancadas em grandes blocos de terra lançados dentro do rio. Isso provocava três efeitos críticos: primeiro, o alargamento do rio pelo desabamento gradual das margens; depois, esses grandes volumes de terra reduziam a profundidade do rio, em um fenômeno conhecido como “assoreamento”; finalmente, o aumento da temperatura do rio, devido à menor profundidade das águas. Todo esse processo causava não apenas a redução da ictiofauna, mas também o aumento significativo da evaporação das águas do rio, reduzindo seu volume e sua vazão. Vale destacar que o São Francisco se encontra na região do Semiárido, onde na maior parte de sua extensão o volume de chuvas não passa de 300 mm/ano!
A barragem da represa teve, ainda, outro efeito devastador: muitas espécies de peixes têm seu ciclo de vida regulado pelas estações do ano e, no segundo semestre, começa a migração no sentido da foz para a nascente, conhecido como “piracema”. As fêmeas de cada espécie desovam sempre na mesma época do ano, percorrendo as mesmas distâncias. Porém, encontrando um obstáculo intransponível em seu caminho, não conseguem prosseguir e tentam desovar ali, aos pés da barragem. A desova prematura não permite a fecundação plena dos ovos, e a população diminui constantemente até sua extinção. Só sobrevivem aqueles que se adaptam ao novo ciclo do rio.
Do outro lado da barragem, outro fenômeno perverso acontece: o rio, que corria em sua velocidade e declividade natural, encontra a barragem e para, formando o grande lago artificial. As águas paradas favorecem um processo físico de sedimentação, tornando as águas cristalinas, e desprovidas de seus nutrientes naturais. Peixes de correnteza, que também dependem da turbidez das águas, perdem a capacidade de caçar, e desaparecem gradualmente, provocando transformações na cadeia alimentar.
As águas profundas do lago artificial da represa provocam alterações no pH e na temperatura, que também afetam a reprodução das espécies que habitam o rio. Do outro lado da represa, o grande volume de água despejado pelo vertedouro e pelas turbinas também provoca alterações substanciais no substrato e nas próprias águas do rio. Toda cadeia de vida é profundamente afetada pela construção da barragem, que separa o rio em duas partes completamente isoladas. Já não é mais um rio somente, mas dois!
O rio São Francisco possui cinco hidrelétricas e oito barragens: Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso (I, II, III e IV) e Xingó. É como se houvessem nove pedaços de rio, isolados por barragens, em um mesmo ecossistema. Para agravar ainda mais os impactos sobre a ictiofauna, nas represas foram introduzidas espécies exógenas, principalmente carpas, tilápias, tambaqui, pacu-caranha e o bagre africano. Essas espécies, por serem desconhecidas dos peixes nativos, não encontram predadores naturais e acabam por proliferar e dizimar grande parte das espécies nativas.
A irrigação desordenada é outro problema crítico do rio São Francisco. Iniciada a partir dos projetos de agricultura do semiárido, acabaram por comprometer a vazão do rio, além de se tornar um elemento condutor de agrotóxicos, utilizados amplamente nas plantações, para dentro do rio, ao escorrer pelo solo árido do sertão. Destaque especial para a transposição de suas águas para a bacia do Parnaíba, cuja vazão estimada é de 99 m³/s, embora os canais tenham capacidade nominal de 125 m³/s. O destaque desse projeto é que, em sua origem, previa a reposição desse volume de águas por um canal trazido do rio Tocantins, e que foi abandonado pelo atual projeto em desenvolvimento.
Mas os problemas do Velho Chico não se resumem apenas às suas próprias águas. A Bacia do São Francisco é composta por cerca de 150 afluentes, sendo 100 deles perenes e os demais intermitentes, conforme a época do ano. Esses tributários, por sua vez, são formados por centenas de outros afluentes menores, até os pequenos córregos que, em sua totalidade, constituem o complexo ecossistema do São Francisco, o único que se encontra inserido completamente no território nacional e que abastece praticamente toda a região do semiárido nordestino. Nele habitam cerca de 20 milhões de pessoas, inclusive a Grande Belo Horizonte, através de seu maior afluente, o Rio das Velhas.
Os problemas do rio São Francisco começaram na época do Descobrimento, quando foi encontrado por Américo Vespúcio, em 1.504. Desde então, vem sendo habitado gradualmente, primeiro por pequenos lavradores e pescadores, depois pela instalação de cidades cada vez maiores e mais problemáticas para a vida do rio. O mais grave é a poluição, que se manifesta em três processos distintos. O primeiro já mencionamos, que é o da contaminação por agrotóxicos. O segundo é decorrente do despejo de esgotos urbanos sem tratamento em todos seus afluentes. E o terceiro é a poluição industrial, pelo despejo de dejetos de fábricas, produtos químicos e metais pesados, que contaminam o rio e seus habitantes, peixes, animais que habitam suas margens, e pessoas.
Na década de 1960, quando foi construída a Hidrelétrica de Três Marias, instalou-se em sua jusante, às margens do rio, uma fábrica da Votorantim, que produz manganês e despeja em uma lagoa seus resíduos químicos, altamente tóxicos. Em 2004, um grande desastre ecológico aconteceu pelo derramamento desses produtos químicos no leito do rio, matando milhões de peixes e depositando no substrato uma grande quantidade de metais pesados que, a cada vez que as comportas são abertas, revolvem o leito e trazem novos acidentes menores. Foi o pior desastre ecológico acontecido nos rios brasileiros.
A Hidrelétrica de Sobradinho, no ano de sua construção (1970), produziu o maior lago artificial do mundo em volume de água, alagando uma extensão de 400 km e uma largura máxima de 25 km, desalojando cerca de 70.000 pessoas e deixando submersas as cidades de Pilão Arcado, Casa Nova, Remanso, Santo Sé e Sobradinho. Além do deslocamento de toda essa população, com graves impactos sociais, Sobradinho alterou todo ciclo de vida do rio, eliminando centenas de lagoas marginais que sustentavam a riquíssima vida silvestre que, em grande parte, desapareceu para sempre.
Os problemas do Velho Chico são imensos e não se esgotam nesta pequena avaliação. Estima-se que o rio perdeu cerca de 75% de seu volume original de água desde que foi descoberto. Hoje, sua vazão na foz é de 2.700 m³/s e continua diminuindo. A 50 km da foz as águas são salobras e detecta-se sal marinho até a 250 km da foz. Ainda não se conhecem os impactos da transposição, e estão planejadas mais duas grandes hidrelétricas, ambas no baixo São Francisco, além de centenas de pequenas centrais hidrelétricas em seus afluentes. As obras de revitalização são poucas e insuficientes, e o desrespeito ao Código Florestal causou impactos irreversíveis em toda extensão do rio. Por isso, dizem que o Velho Chico está morrendo, levando consigo lendas, tradições e sua beleza incomparável...
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Pesquisadores anunciam a 'extinção inexorável' do Rio São Francisco
sábado, 8 de dezembro de 2012
Três anos depois...
Há três anos eu chegava a Piaçabuçu, Alagoas, depois de 100 dias remando no rio São Francisco e um ano de planejamento, busca inútil de patrocinadores, palestras e entrevistas e muitos sonhos de realizar a expedição que marcaria, indelevelmente a minha vida. De certo modo, eu sabia que havia terminado uma fase de minha existência, e uma nova etapa, mais consciente, mais engajada, muito mais difícil se iniciava.
Já não tenho minha canoa, doada várias vezes até chegar às mãos de um deputado mineiro a quem confiei o meu tesouro: Ulysses, a heroína que me serviu de companhia por todos esses dias no rio. Ela cumpriu seu papel, assim como eu também creio ter cumprido meu destino, a despeito do descrédito, da falta de apoio político e financeiro, do desdém da imprensa que só se importa com o que lhes dá IBOPE e dinheiro.
O rio não mudou sua trajetória de descaso a que está submetido, seja pelos ribeirinhos, seja pelos políticos que continuam a extorquir dele suas entranhas em troca de promessas de revitalização. A "grande obra da transposição" segue, a "trancos e barrancos" seu destino de obra pública superfaturada, verdadeiro "elefante branco" inserido no semiárido nordestino, servindo de mote a discursos inflamados e hipócritas.
"Mas um rio não tem alma!", dirão os ignorantes... pois tem alma, sim, e sofre como sofre a Natureza ao ver-se tratada como repositório de ambições políticas e econômicas de poucos que não se importam com o destino de nossa gente, ou mesmo com o destino de seus próprios filhos.
Sinto falta do Velho Chico... não raro sento-me a pensar nos longos dias a remar em suas águas, ora cristalinas, como na Serra da Canastra, ora barrentas antes das inúmeras barragens que lhe tolhem o caminhar... também me faltam as longas noites silenciosas em suas margens, seus barrancos, suas ilhas... minha meditação em movimento, sincronizada com o mover do remo em seu vaivém quase interminável...
O que eu pensava está escrito nas páginas de meus blogs que tão poucos leram, mas que alimentaram meu intelecto e sensibilizaram minh´alma irreverente e inquieta. O que eu sentia, porém, creio não ter conseguido expressar em palavras, pois os sentimentos são profundos demais para relatar a alguém... mudavam como o vento ou como as maretas do rio...
Sei que o que passou não tem volta, mas muitas vezes, em minha solidão, pensei em retornar definitivamente para o rio, incorporando-me às suas paisagens, transformando-me num caboclo velho que a ninguém pudesse incomodar. Porém, profundas são as raízes que criamos ao longo de nossa existência, e difícil, quase impossível seria arrancá-las para sair por aí, não em busca de novas emoções, mas da paz e do isolamento...
É provável que este meu solilóquio se torne monótono, cansativo e incoerente para quem se dê ao trabalho de interpretá-lo... escrevo para mim, ciente de sua inutilidade: não são memórias nem manifestos racionais contra as desgraças do rio... são apenas pensamentos jogados ao vento por quem já não se emociona mais com a vida...
Por isso, três anos depois, percebo que envelheci demais, muito mais do que poderia o tempo produzir em um homem feliz...
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Mata Ciliar do Rio das Almas
Matéria publicada no excelente blog: CALIANDRA DO CERRADO
Mata Ciliar do Rio das Almas
O Cerrado é a área demarcada em cor mais clara |
Cerca de 94% da água que corre na Bacia do Rio São Francisco em direção ao Nordeste brota noCerrado.
Mata Ciliar
Vegetação do Rio das Almas: espécies nativas |
Nesse local o rio corre manso e a Mata Ciliar é frondosa |
O Rio das Almas é um rio brasileiro que banha o estado de Goiás
A beleza do Rio das almas vista num passeio de canoa |
.
- escoamento das águas da chuva;
- diminuição do pico dos períodos de cheia;
- estabilidade das margens e barrancos de cursos d'água;
- ciclo de nutrientes existentes na água, entre outros.
Fotos: Jane Carneiro
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Não Deixe Rastros
Texto: Antônio Calvo - Ilustrações Autorizadas por Mike Clelland de seu livro “Allen & Mikes’s Really Cool Backpacking’ Book: Traveling and Camping Skills for a Wilderness Environment”, 2001, Editora Falcon Guides
18 de janeiro de 2012 - 22:34
O AUTOR - Antônio Calvo já atuou com corridas de aventura e se formou como instrutor em Educação Experiencial ao Ar Livre da Outward Bound (OBB), no Canadá, instrutor de canoagem e guia de montanhismo, formado pela associação de Guias de Montanha Canadense. Trabalha no Brasil desde 2010, seguindo seus trabalhos na OBB e agora na de equipamentos Armazém Aventura. |
NÃO DEIXE RASTROSNas trilhas, mantenha-se no caminho pré determinado. Além de não destruir a vegetação, torna o desafio ainda maior. |
Vesti o primeiro casaco que achei nas minhas coisas, calcei a bota – sem me preocupar em amarrar o cadarço - e levantei. Apenas dois passos para o lado do acampamento foram suficientes, eu sabia que a drenagem mais próxima estava distante, pelo menos, a uns 40 metros.
Estava sozinho e feliz caminhando nesta travessia há dois dias, explorando o lugar antes da chegada dos clientes. Precisava conhecer a trilha porque alguns dias depois guiaria um grupo de ingleses por ali. Saí com uma mochila de ataque, daquelas de 60 litros, com mapa, bússola, comida, fogareiro e combustível para três dias. Deixei a barraca em casa, queria caminhar leve e rápido. O meu abrigo era um toldo que armava todas as noites para um bivaque.Aliviado, agora eu podia pensar naquela luz forte que batia em meus olhos quando acordei. O céu estava lindo! Totalmente limpo e sem nuvens. Algumas estrelas apontavam de um lado e, do outro, uma bela lua cheia iluminava o acampamento. O frio que fazia não era brincadeira. Lembrei-me das expedições no Canadá – quando trabalhei por lá – e de todas as aulas sobre hipotermia que dávamos aos alunos durante os cursos. Este não era o momento para perder mais calor, eu precisava voltar rapidamente para dentro do meu saco de dormir.
Foi ao deitar que entendi o que aconteceu. A luz da lua cheia, quase tocando o horizonte, incidia sobre os cristais de gelo do chão congelado que refletiam, num ângulo preciso, a forte luz em meu rosto. Foram poucos os minutos que pude contemplar este fenômeno.
Realizar travessias sozinho, porém, é, de longe, a primeira etapa para quem quer curtir uma vida ao ar livre de maneira confortável e divertida, sem perrengues. Por isso, nesse especial, a proposta é apresentar algumas dicas e conceitos da vida outdoor e também, a maneira como escolho e organizo meus equipamentos quando estou de saída para uma caminhada. Mas não se iluda. Não existe “receita de bolo”. Alguns equipamentos e conceitos funcionam muito bem para mim, mas podem não servir para você. Então, experimente, acerte, erre e seja crítico, muito crítico, pois só assim você será capaz de criar as estratégias mais eficientes para você.
Leave No Trace
A primeira pauta desse especial é a ética ao ar livre. O conceito de “Leave No Trace” – LNT ou “Não Deixe Rastros” – NDR foi formalmente concebido pelo Departamento de Agricultura Americano e pelo Serviço Florestal Americano no início da década de 60. Mas foi no início dos anos 90 que o Serviço Florestal e a National Outdoor Leadership School – NOLS desenvolveram, com base em pesquisas científicas, treinamentos de mínimo impacto em atividades recreativas não motorizadas. Assim, em 1993, diversas organizações se uniram para criar o “Leave No Trace for Outdoor Ethics”, organização sem fins lucrativos focada em desenvolver, ampliar e divulgar o conceito de ética em atividades ao ar livre.
No Brasil, a organização mais conhecida pautada por esses princípios é o “Pega Leve!” um programa voltado à convivência responsável com o ambiente natural, dedicado a construir a conscientização, apreciação e, acima de tudo, o respeito por nossas áreas naturais. Uma ética que orienta a conduta adequada do cidadão consciente da importância da conservação da biodiversidade no Brasil, a partir de referências de publicações norte-americanas, neozelandesas e também do Ministério do Meio Ambiente do Brasil.
O mais interessante disso tudo é que não estamos falando de “lei”. O que rege estes conceitos são as diretrizes. Hoje, com mais e mais estudos sendo publicados a cada ano, fica muito claro que o NDR muda conforme o ambiente. Fazer xixi em alto mar numa expedição de caiaque é aceitável, mas fazer xixi numa pequena drenagem nas montanhas não é. Por isso, quando levantei naquela fria madrugada, dei apenas dois passos para o lado do acampamento; eu sabia que a drenagem mais próxima estava a 40 metros de distância, uma medida aceitável para as nossas montanhas.
Confira os princípios do “Pega Leve” baseados nos princípios do “Leave no Trace”:
PLANEJAMENTO É FUNDAMENTAL
• Entre em contato prévio com a administração da área que você vai visitar para tomar conhecimento dos regulamentos e restrições existentes.
• Informe-se sobre as condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer atividade em ambientes naturais.
• Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas. Grupos menores se harmonizam melhor com a natureza e causam menos impacto.
• Evite viajar para áreas populares durante feriados e férias.
• Certifique-se de que você possui uma forma de acondicionar seu lixo em sacos plásticos para trazê-lo de volta. Aprenda a diminuir a quantidade de lixo, deixando em casa as embalagens desnecessárias.
• Escolha as atividades que você vai realizar na sua visita conforme o seu condicionamento físico e seu nível de experiência.
CUIDE DOS LOCAIS POR ONDE PASSA, DAS TRILHAS E DOS ACAMPAMENTOS
• Mantenha-se nas trilhas pré-determinadas - não use atalhos, pois estes favorecem a erosão e a destruição da vegetação.
• Mantenha-se na trilha mesmo se ela estiver molhada, lamacenta ou escorregadia. A dificuldade das trilhas faz parte do desafio de vivenciar a natureza. Se você contorna a parte danificada de uma trilha, o estrago se tornará maior no futuro.
• Acampando, evite áreas frágeis que levarão um longo tempo para se recuperar após o impacto. Acampe somente em locais pré-estabelecidos, quando existirem. Em qualquer situação, acampe a, pelo menos, 60 metros da água.
• Não cave valetas ao redor das barracas; escolha melhor o local, de modo que a água escorra naturalmente e use um plástico sob a barraca.
• Bons locais de acampamento são encontrados, não construídos. Não corte nem arranque a vegetação, nem remova pedras ao acampar.
• Remova todas as evidências de sua passagem. Ao percorrer uma trilha, ou ao sair de uma área de acampamento, certifique-se que esses locais permaneceram como se ninguém houvesse passado por ali.
TRAGA SEU LIXO DE VOLTA
• Embalagens vazias pesam pouco e ocupam um espaço mínimo em sua mochila. Se você pode levar uma embalagem cheia, pode trazê-la vazia na volta.
• Não queime nem enterre o lixo. As embalagens podem não queimar completamente e animais podem cavar até o lixo e espalhá-lo. Traga todo o seu lixo de volta.
• Utilize as instalações sanitárias que existirem. Caso não haja, cave um buraco com 15 cm de profundidade a, pelo menos, 60 metros de qualquer fonte de água, trilhas ou áreas de acampamento, em local onde não seja necessário remover a vegetação.
• Traga papel e outros produtos higiênicos de volta.
• Não use sabão nem lave utensílios e panelas em fontes de água. Lave o que for necessário a, pelo menos, 60 metros das mesmas.
DEIXE CADA COISA EM SEU LUGAR
• Não construa qualquer tipo de estrutura, como bancos, mesas, pontes etc. Não quebre ou corte galhos de árvores, mesmo que estejam mortas ou tombadas, pois podem estar servindo de abrigo para aves ou outros animais.
• Resista à tentação de levar “lembranças” para casa. Deixe pedras, artefatos, flores, conchas etc. onde você os encontrou, para que outros também possam apreciá-los.
• Tire apenas fotografias, deixe apenas suas pegadas e leve apenas suas memórias.
EVITE FAZER FOGUEIRAS
• Fogueiras enfraquecem o solo, enfeiam os locais de acampamento e representam uma grande causa de incêndios florestais.
• Para cozinhar, utilize um fogareiro próprio para acampamento. Os fogareiros modernos são leves e fáceis de usar.
• Para iluminar, utilize um lampião ou uma lanterna em vez de uma fogueira.
RESPEITE OS ANIMAIS E AS PLANTAS
• Observe os animais à distância. A proximidade pode ser interpretada como uma ameaça e provocar um ataque, mesmo por parte de pequenos animais. Além disso, animais silvestres podem transmitir doenças graves.
• Não alimente animais. Os animais podem acabar se acostumando com a comida que oferecemos e passar a invadir os acampamentos em busca de alimento, danificando barracas, mochilas e outros acessórios.
• Não retire flores e plantas silvestres. Aprecie sua beleza no local, sem agredir a natureza e dando a mesma oportunidade a outros visitantes.
SEJA CORTÊS COM OUTROS VISITANTES E COM A POPULAÇÃO LOCAL
• Ande e acampe em silêncio, preservando a tranquilidade e a sensação de harmonia que a natureza oferece. Deixe rádios e instrumentos sonoros em casa.
• Trate os moradores da área com cortesia e respeito. Mantenha as porteiras do modo que encontrou e não entre em casas e galpões sem pedir permissão. Aproveite para aprender algo sobre os hábitos e a cultura do meio rural.
• Prefira contratar os serviços locais de hospedagem, transporte e serviços. Desse modo, você estará colaborando para que os recursos financeiros permaneçam na comunidade.
VOCÊ É RESPONSÁVEL POR SUA SEGURANÇA
• O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo, podendo levar dias e causar grandes danos ao ambiente. Portanto, em primeiro lugar, não se arrisque sem necessidade.
• Calcule o tempo total que passará viajando e deixe um roteiro de viagem com alguém de confiança, com instruções para acionar o resgate, caso necessário.
• Avise a administração da área sobre sua visita e sobre sua experiência, o tamanho do grupo, os equipamentos que vocês estão levando, o roteiro e a data esperada de retorno. Estas informações facilitarão o resgate, em caso de acidente.
• Aprenda as técnicas básicas de segurança, como navegação (saiba usar um mapa e uma bússola) e primeiros socorros. Para tanto, procure os clubes excursionistas, escolas de escalada etc.
• Tenha certeza de que você dispõe do equipamento apropriado para cada situação. Grande parte dos acidentes e agressões à natureza é causada por improvisações, negligência e uso inadequado de equipamentos.
• Leve sempre os itens essenciais: lanterna, agasalho, capa de chuva, chapéu, um estojo de primeiros socorros, alimento e água, mapa e bússola, mesmo em atividades com apenas um dia ou poucas horas de duração.
• Caso você não tenha experiência, não se arrisque sozinho, entre em contato com centros excursionistas, empresas de ecoturismo ou condutores de visitantes. Pessoas inexperientes podem causar impactos sem perceber e correr riscos desnecessários.
Números alarmantes da crise atual
E da China, que pensaria ele, ao ler nos jornais (22/9), que a Prefeitura de Xinjian, no Leste do país, “está sob intensa crítica da opinião pública após enjaular dezenas de mendigos no mesmo lugar durante um festival religioso”? Ao lado da foto das jaulas nas ruas com mendigos encarcerados , a explicação de autoridades, de que assim fizeram porque os pedintes assediavam peregrinos e corriam risco de ser atropelados ou pisoteados. Mas “entraram nas jaulas voluntariamente”. Será para não correr riscos desse tipo que “quatro estrangeiros de origem ignorada” vivem há três meses no aeroporto de Cumbica, São Paulo, recusando-se a dizer sua nacionalidade e procedência ? (Folha de S. Paulo, 29/9). “Em tempos de transformação”, disse o psicanalista Leopold Nosek a Sonia Racy (ESTADO, 7/10), “quando o velho não existe mais e o novo ainda não se estruturou, criam-se os monstros”.
Para onde se caminhará ? Na Europa, diz a Organização do Trabalho, que com todo o sul do continente em crise o desemprego na faixa dos 15 aos 24 anos crescerá 22% em 2013, pouco menos no ano seguinte. Nos Estados Unidos, a taxa de desemprego entre jovens está em 17,4%, talvez caia para 13,35 até 2017 (Agência Estado, 5/9). O desemprego médio nos 17 paises da zona do euro subiu para 11,4%.
Pulemos para o lado de cá. Um em cada cinco brasileiros entre 18 e 25 anos não trabalha nem estuda (Estado, 26/9). São 5,3 milhões de jovens. Computados também os que buscam trabalho, chega-se a 7,2 milhões. As mulheres são maioria. E o déficit acontece embora o país tenha gerado 2,2 milhões de empregos formais em 2011.
As estatísticas são alarmantes. A revista New Scientist (28/7) diz que 1% da população norte-americana controla 40% da riqueza. Já existem 1226 bilionários no mundo. “Nós somos os 99 por cento”, diz o movimento de protesto Occupy. Entre suas estatísticas estão as que os relatórios do Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) vêm publicando desde a década de 90: pouco mais de 250 pessoas, com ativos superiores a um bilhão de dólares cada, têm, juntas, mais do que o produto bruto conjunto dos 40 países mais pobres, onde vivem 600 milhões de pessoas.. Já a metade mais pobre da população mundial fica com 1 por cento da renda global total.. E menos de 20% da população mundial, concentrada nos países industrializados, consome 80% dos recursos totais. 92 mil pessoas já acumulam em paraísos fiscais cerca de US$21 trilhões, afirma a Tax Justice Network (New Scientist, 28/7)
E que se fará, com a população mundial aumentando e com os recursos naturais – inclusive terra para se plantar alimentos – escasseando ? É cada vez maior o número de economistas que já mencionam com freqüência a “crise da finitude de recursos” Os preços médios de alimentos “devem dobrar até 2030, incluídos milho (mais 177%), trigo (mais 120% e arroz (107%)”, alerta a ONG Oxfam (Instituto Carbono Brasil, 6/9). 775 milhões de jovens e adultos são analfabetos e não têm como aumentar a renda (Rádio ONU, 10/9).
De volta outra vez ao nosso terreiro, vemos que “mais de 90% das cidades estão sem plano para o lixo” (ESTADO, 2/8). Na cidade de São Paulo, 90% do lixo reciclável vai para aterros sanitários (Ciclo vivo, 10/8). 5,4 bilhões de litros de esgotos não tratados são descartados diariamente. Perto de metade dos domicílios não são ligados a redes de esgotos. A perda de água nas redes de distribuição (por furos, vazamentos etc.) está por volta de 40% do total.. Mas 23% das cidades racionam água, segundo o IBGE (Estado, 20/10/11). E grande parte da água do rio São Francisco que será transposta irá para localidades com essas perdas – antes de corrigi-las. E com o líquido custando muito mais caro, já que muita energia será necessária para elevá-lo aos pontos de destino.
Enquanto isso a campanha eleitoral correu morna em praticamente todo o país, com candidatos fazendo de conta que vivemos na terra da promissão, não precisamos de planos diretores rigorosos nas cidades, não precisamos responsabilizar quem mais consome – e mais gera resíduos -, não precisamos impedir a impermeabilização do solo das cidades, nem impedir a ocupação de áreas de risco.
“A sociedade de consumo – escreveu Hobsbawn – se interessa apenas pelo que pode comprar agora e no futuro”. Mas terá de resolver o problema de um bilhão de idosos em dez anos (Fundo de População das Nações Unidas, 1/10).
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Prêmio OURO AZUL
- Empresa (pública e privada)
- Comunidade (ONG’s e Associações Comunitárias, Pessoa Física)
- Acadêmico (Estudante - Nível Superior e Especialização; Pós-Graduado – Mestres e Doutores)
- Destaque 10 anos
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Governo vai tombar nascente de rio
Fonte: Articulação Popular São Francisco Vivo
"O conceito de nascente não se restringe a um olho d'água, mas a todo o perímetro que engloba a principal bacia de drenagem formadora do rio", explica Franca. A partir de imagens de satélite, mapas e dados de campo colhidos por técnicos da ANA, o processo de tombamento será finalizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a quem caberá a análise prévia de intervenções urbanas e empreendimentos econômicos na área.
O trabalho se complementa ao licenciamento ambiental. Garimpos, exploração de areia no leito, navegação, construção de portos e marinas, pesca e captação de água são exemplos de atividades sob controle. Municípios situados na delimitação das nascentes dos rios serão compelidos a implantar ou expandir tratamento de esgoto. O lugar será reflorestado para a maior infiltração de água das chuvas no solo, reduzindo a erosão.
A proposta do tombamento de rios e bens associados à água surgiu quando foram identificados sítios históricos sob ameaça de inundações, como a que atingiu em 2001 a cidade de Goiás Velho, reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Um sistema de alerta com sirenes foi instalado na bacia do rio Vermelho, que cruza o centro urbano e agora está na lista do tombamento. O tombamento, segundo Franca, não implica desapropriação de terras, como ocorre na criação de parque nacional ou reserva biológica, por exemplo.
A iniciativa, em sua visão, tem o poder de sensibilizar produtores rurais em lugares protegidos, que teoricamente passam a receber atenção especial do poder público. Os proprietários ganham a responsabilidade de proteger recursos e poderão ser remunerados pelo serviço ambiental que prestam ao abrir mão de áreas produtivas em nome da conservação, a partir de iniciativas municipais, estaduais ou federais.
No programa Produtor de Água, a ANA investiu até o momento cerca de R$ 14 milhões na conservação de água e solo, através de plantio de matas ciliares, readequação de estradas vicinais e construção de pequenas barragens, entre outras medidas, envolvendo 400 produtores.
"A proposta é reconhecer a importância do patrimônio hídrico e dar um diferencial para as terras nas nascentes dos grandes rios, muitas vezes ligados a projetos econômicos e também a culturas milenares", completa Franca. Ele argumenta que "a fundamentação científica evita dúvidas e casuísmos sobre o patrimônio tombado e funciona como respaldo legal na disputa pelo uso da água".
Há novas metodologias para o cálculo sobre quais fontes hídricas são mais representativas na formação de determinados rios. Mas há muito que evoluir na precisão dos dados, hoje baseados em mapas com escala de 1 para 1 milhão, de menor resolução. No rio São Francisco, a nascente "histórica" está localizada na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas (MG). No entanto, estudos mais precisos determinaram que a fonte principal está em outro lugar, em Medeiros (MG), que agora reivindica o prestígio de abrigar a nascente do Velho Chico, nutrida pelo principal contribuinte da bacia, o rio Samburá.
No norte de Goiás, uma placa na rodovia que bordeja o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, entre os municípios de Alto Paraíso e Colinas do Sul, avisa: "Você está na bacia do rio Tocantins". É uma pista para quem procura a nascente deste manancial de 2,4 mil km que cruza três Estados até desaguar no rio Amazonas.
A estrada é rota de fontes de águas termais, balneários e inúmeras cachoeiras, como a que se localiza na propriedade de Osvaldo e Vanda Poeck. Eles decidiram abandonar a pecuária e proteger o local, criando a Reserva Particular do Patrimônio Nacional Cachoeiras da Pedra Bonita. "Somos vistos como empecilho ao desenvolvimento", diz Vanda, preocupada com o projeto de pequena central hidrelétrica que coloca em risco a queda d'água e o turismo que mantém economicamente a sua conservação, no rio Tocantinzinho.
Na confluência dele com o rio Maranhão, área hoje ocupada pela represa da Hidrelétrica Serra da Mesa, localiza-se oficialmente a nascente do Tocantins. "Beber água do rio nem pensar", afirma Antero Petronilio, reclamando da poluição lançada pelas cidades próximas e do cheiro do metano que exala no lago da usina, devido à vegetação submersa. A captação para as torneiras na casa da família é feita em fontes minerais dentro da mata vizinha, nas terras de seu irmão - um garimpeiro que derruba barrancos de riachos à caça de diamantes e aluga o cerrado de sua propriedade para exploração de carvão.
"Chove menos e, com o desmatamento, muitos grotões secaram", acrescenta o morador, posseiro que chegou há 51 anos no município de Niquelândia (GO), tradicional área de mineração de níquel e quartzo, situada perto da nascente do Tocantins, onde hoje já não há onça e veados como antes. "Em compensação, a hidrelétrica trouxe estradas e energia", reflete Petronilio.
Depoimento de Manoel Bibiano, prefeito de Iguatama, MG
Charge na "Gazzeta do São Francisco"
Depoimento de Roberto Rocha, Lagoa da Prata, MG
Localidades Ribeirinhas
Vargem Bonita / MG | Ibotirama / BA |
Hidrelétrica de Três Marias / MG | Morpará / BA |
Pirapora / MG | Barra / BA |
Ibiaí / MG | Xique-Xique / BA |
Cachoeira do Manteiga / MG | Remanso / BA |
Ponto Chique / MG | Santo Sé / BA |
São Romão / MG | Sobradinho / BA |
São Francisco / MG | Juazeiro / BA |
Pedras de Maria da Cruz / MG | Petrolina / PE |
Januária / MG | Cabrobó / PE |
Itacarambi / MG | Hidrelétrica de Itaparica - PE / BA |
Matias Cardoso / MG | Hidrelétrica de Paulo Afonso / BA |
Manga / MG | Canindé de São Francisco / SE |
Malhada / BA | Hidrelétrica de Xingó - AL / SE |
Carinhanha / BA | Propriá / SE |
Bom Jesus da Lapa / BA | Penedo / AL |
Paratinga / BA | Piaçabuçu / AL |
Depoimento de Dom Frei Luiz Cappio, Bispo de Barra, BA
Principais Afluentes
Rio Abaeté | Rio Pandeira |
Rio Borrachudo | Rio Pará |
Rio Carinhanha | Rio Paracatu |
Rio Corrente | Rio Paramirim |
Rio das Velhas | Rio Paraopeba |
Rio Grande | Rio Pardo |
Rio Indaiá | Rio São Pedro |
Rio Jacaré | Rio Urucuia |
Rio Pajeú | Rio Verde Grande |
Entrevista à TV Sergipe, Aracaju
Postagens mais populares
-
Andrea Zellhuber e Ruben Siqueira Fala-se muito, hoje, da necessidade de revitalizar, preservar e conservar Bacias hidrográficas. Revitaliz...
-
A religiosidade está presente em toda extensão do rio São Francisco, seja em grandes cidades, seja em pequenas comunidades quilombolas e ind...
-
A Arte está presente em toda a extensão do rio São Francisco, seja pelos trabalhos em argila, pedra, tecido e madeira, seja nas esculturas, ...
-
Uma viagem em busca do passado. Navegamos onde havia uma estrada. O destino era Petrolândia, uma das cidades inundadas na formação do Lago...
-
Durante 99 dias percorri a remo os 2.800 km do rio São Francisco em canoa canadense, acampando em suas margens, ou compartilhando a hospit...
-
João Carlos Figueiredo defendeu ações integradas para preservar o Rio São Francisco Veja Galeria de Fotos Ambientalista d...
-
Represa de Sobradinho, na Bahia, atinge pior nível da história, revelando proporção da crise que obriga Três Marias a manter altas vazões e...
-
A perda da vazão natural afeta populações ribeirinhas e a reprodução de várias espécies de peixes “O rio São Francisco é, hoje, um can...
-
Meu rio de São Francisco D.Frei Luiz Cappio e Roberto Malvezzi Meu rio de São Francisco, nesta grande turvação, vim te dar um gole d'águ...
-
Embora muitas igrejas tenham sido demolidas ou se encontrem em ruínas e despojadas de seus tesouros artísticos, ainda restam exemplos da art...