quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Cronograma Ajustado da Expedição


Considerando a retomada da viagem no dia 20 de setembro próximo e partindo de Três Marias, este passa a ser o cronograma estimado da expedição. As distâncias entre as localidades são estimativas baseadas em medições no Google Earth e podem sofrer distorções e aproximações. As datas apresentadas entre parêntesis correspondem à chegada prevista nas localidades e incluem o tempo de permanência na localidade precedente.

Três Marias / MG (90 km20/09/2009)
Pirapora / MG (130 km – 23/09/2009)
Ibiaí / MG (65 km – 25/09/2009)
Ponto Chique / MG (35 km – 26/09/2009)
São Romão / MG (40 km – 27/09/2009)
São Francisco / MG (65 km – 29/09/2009)
Pedras de Maria da Cruz / MG (30/09/2009)
Januária / MG (80 km – 03/10/2009)
Itacarambi / MG (60 km – 05/10/2009)
Matias Cardoso / MG (36 km – 09/10/2009)
Manga / MG (12 km – 10/10/2009)
Malhada / BA (10/10/2009)
Carinhanha / BA (54 km – 12/10/2009)
Serra do Ramalho / BA (90 km – 15/10/2009)
Bom Jesus da Lapa / BA (42 km – 16/10/2009)
Paratinga / BA (80 km – 20/10/2009)
Ibotirama / BA (67 km – 22/10/2009)
Morpará / BA (83 km – 25/10/2009)
Barra / BA (60 km – 27/10/2009)
Xique-Xique / BA (65 km – 30/10/2009)
Remanso / BA (165 km – 05/11/2009)
Sento Sé / BA (06/11/2009)
Sobradinho / BA (156 km – 11/11/2009)
Juazeiro / BA (40 km – 13/11/2009)
Curaçá / BA (103 km – 18/11/2009)
Santa Maria da Boa Vista / PE (40 km – 19/11/2009)
Orocó / PE (35 km – 20/11/2009)
Cabrobó / PE (30 km – 21/11/2009)
Belém de São Francisco / PE (40 km – 23/11/2009)
Paulo Afonso / BA (180 km – 29/11/2009)
Canindé de São Francisco / SE (60 km – 02/12/2009)
Piranhas / AL (03/12/2009)
Pão de Açúcar / AL (40 km – 04/12/2009)
Gararu / SE (40 km – 05/12/2009)
Traipú / AL (15 km – 06/12/2009)
Porto Real do Colégio / AL (52 km – 08/12/2009)
Propriá / SE (09/12/2009)
Penedo / AL (35 km – 10/12/2009)
Ilha das Flores / SE (20 km – 12/12/2009)
Piaçabuçu / AL (20 km – 14/12/2009)
Pirambu / SE (60 km – 18/12/2009)
Aracaju / SE (30 km – 20/12/2009)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Desenvolvimento Sustentável: paradoxo possível?


O debate entre “desenvolvimentistas” e “ambientalistas” evidencia as enormes contradições dessas palavras. Existe o “Desenvolvimento Sustentável” ou seria apenas uma quimera, um jogo de marketing que oculta intenções não manifestadas de desviar a atenção dos incautos sobre a devastação incontrolada de nossos recursos naturais?
A primeira contradição a ser resolvida é: “os ambientalistas são contrários ao desenvolvimento social, econômico, científico e tecnológico da humanidade?” Certamente que não! No entanto, a evolução não pode se dar mediante a destruição do meio ambiente! Aliás, isso não é necessário! As áreas ditas “produtivas” hoje existentes são grandes o bastante para abastecer toda a população do mundo, inclusive em crescimento moderado por muitos anos. Além disso, a evolução tecnológica e o aumento da produtividade assegurariam o ajuste das áreas produtivas ao aumento do consumo, desde que este se dê em níveis toleráveis.
E esta é a segunda questão!
O consumismo da sociedade contemporânea não tem precedentes na História da Humanidade! Nunca se consumiu tanto! NUNCA SE PRODUZIU TANTO LIXO! Hoje é comum, em uma sociedade “desenvolvida”, uma família ter um veículo, um celular, um computador para cada pessoa, dois ou mais televisores e uma imensa lata de lixo! Uma residência de classe média nessas sociedades costuma ter dois ou mais banheiros, com chuveiros de alta potência de consumo de energia. Cada habitante dos grandes centros urbanos produz mais lixo do que consegue consumir de alimentos! Cada veículo transporta apenas um passageiro (o motorista), em percursos de 20 a 50 km por dia, consumindo energia renovável ou não!
A humanidade continua crescendo a taxas superiores a 2,5% ao ano, sendo que esses indicadores são maiores para as sociedades mais pobres e carentes. Ou seja, o mundo não conseguirá vencer a batalha da pobreza, mantidos esses níveis de crescimento. Pior do que isso: a produção não será suficiente, os empregos não serão suficientes, a água potável se tornará escassa até mesmo nos grandes centros desenvolvidos do mundo contemporâneo, daqui a poucos, muito poucos anos!
A população do mundo precisa parar de crescer!
Diante desse quadro alarmante, o que seria um “Desenvolvimento Sustentável”?
Em primeiro lugar, nenhuma ação será suficientemente eficaz sem distribuição das riquezas e eliminação dos bolsões de pobreza. A miséria é a célula cancerosa que se espalhará por todo o organismo social, matando-o. É imprescindível eliminar a pobreza! O problema é: qual o ser humano RICO que estaria disposto a abrir mão de parte de sua riqueza para mitigar a fome de seu semelhante em troca de nada, simplesmente por compaixão e caridade? Nenhum, certamente!
E se for para salvar sua própria vida?
Sim, salvar a vida, pois a miséria se espalhará pelo mundo na medida em que os espaços cultiváveis forem ocupados, deixando atrás de si terras devastadas. Hoje, o mundo se caracteriza pelo retorno das “plantations”, as enormes áreas de monocultura de soja, de cana de açúcar, de trigo, de eucalipto, de pinus... as imensas pastagens... e as áreas de cerrado se queimando, para se transformar em novas “plantations”, as florestas sendo queimadas, para se transformar em pastagens... um dia todas desaparecerão!
Mas a humanidade continuará a crescer, a consumir desesperadamente, e a produzir lixo, muito lixo! E as fontes de energia não renováveis se extinguirão; e as novas fontes de energias renováveis consumirão terras que produziam alimentos; e as fontes de água potável se tornarão insuficientes para matar a sede de prováveis 10 bilhões de habitantes; e um exército de sedentos e famintos percorrerá a Terra em busca de saciar suas necessidades, matando e roubando, se for preciso, transformando nosso planeta em um local desprezível, pior até do que as mais trágicas ficções do cinema que costumamos assistir entusiasticamente, até com certo "prazer" mórbido, como se não nos dissesse respeito...
E não mais existirão “ambientalistas”, que desaparecerão junto com a Natureza, consumidos pela ambição desmesurada dos seres humanos, que conquistaram o poder e determinaram a prevalência de seus “valores desenvolvimentistas” e imediatistas, em detrimento da preservação da própria espécie! Mas então não existe saída?
Claro que existe! E ela é óbvia, como todas as grandes verdades!
O primeiro passo é ter consciência dessas possibilidades catastróficas e não compactuar com elas. É apoiar causas ambientalistas, sem paixão, mas com responsabilidade! Hoje, a maioria das pessoas acredita que "o ambientalista é uma espécie de herói, a quem é dado o poder de salvar a humanidade, sem que cada um precise fazer a sua parte!" Isso é impossível, injusto e irracional! Para que haja uma saída são necessários os esforços e o comprometimento dos políticos, dos empresários, dos educadores e do povo!
O que deve ser preservado? Essa é a primeira grande questão! As reservas ecológicas existentes, supondo que sejam preservadas, seriam suficientes para assegurar a preservação das espécies e garantir o futuro da Humanidade? Olhando para a Amazônia, foco de todas as ações atuais, o que ainda pode ser salvo? O Pará está condenado pelas madeireiras, mineradoras, pecuaristas e agro-indústrias, assim como grande parte do Mato Grosso. O Amazonas ainda pode ser salvo, assim como Roraima e outros estados. Mas é preciso um estudo detalhado daquele ecossistema para entender o que NÃO PODE SER DESTRUÍDO sob pena de causar um efeito de sucessivas degradações até a extinção final do meio ambiente.
A Natureza é um organismo extremamente frágil e sensível; às vezes, basta eliminar uma fonte de água para acabar com todo o ecossistema; veja, por exemplo, o Cerrado. Sua rica e exótica vegetação depende das águas subterrâneas que, por sua vez, dependem do tipo de solo e dos canais nele esculpidos para se locomoverem. Basta cortar um desses caminhos, e o que vem depois será devastado! Portanto, os sistemas hídricos da Terra precisam ser profundamente estudados, compreendidos e considerados nos planos de ocupação humana.
Curiosa é a ação governamental na bacia do São Francisco! Sabendo do estado lastimável em que se encontra o rio devido às intervenções humanas, principalmente na região das nascentes, resolve investir 4,5 bilhões para tirar mais água e distribuir para outras bacias do Nordeste! Não satisfeito, e em resposta às pressões ambientalistas, cria um plano "emergencial" de "revitalização", cujos primeiros investimentos foram para saneamento de esgotos nas localidades da Bahia, próximas às obras de transposição!
Oras, se não se cuidar do rio onde ele é gerado, de que adianta cuidar dos esgotos? As cabeceiras dos rios estão sendo destruídas pelas águas das chuvas devido à queda dos barrancos, uma vez que as matas ciliares foram arrancadas pelos agricultores! É lá que precisa haver investimento! É a terra arrancada dos barrancos e arrastada pela correnteza que causa o assoreamento! É o alargamento do rio que aumenta a evaporação e reduz o volume de águas do rio! É a morte das matas que causa o desaparecimento das espécies da rica fauna da região!
Não é meu propósito escrever um tratado sobre o assunto, mas alertar para o momento crucial que estamos vivendo: nunca a sociedade teve tamanho poder destrutivo, e nunca a população chegou aos níveis críticos em que se encontra. Nunca as fontes de água doce foram tão ameaçadas, seja pelo degelo dos glaciares, seja pela contaminação dos aquíferos e das águas de superfície, seja pelo uso dessas águas para consumo industrial, seja pelo consumo doméstico sem nenhum controle, seja pelo uso indiscriminado de agrotóxicos pela lavoura!
Enfim, existe o chamado “Desenvolvimento Sustentável”? Ele é possível? Sim e não; depende do que pretendemos significar com essa expressão. Se nosso propósito é apenas de marketing, para vender “créditos de carbono”, o desenvolvimento sustentável é uma grande mentira que nos conduzirá mais rapidamente para o fim! No entanto, se houver sinceridade de propósitos, se houver determinação da comunidade internacional até para impor aos governos dos países uma atitude responsável perante os tesouros da Natureza e de sua preservação, então será possível alcançarmos juntos o desenvolvimento sustentável, desde que associado a uma política socializante e humanitária!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Monocultivo da cana devasta Cerrado no Alto São Francisco

Maria Luisa Mendonça

O cerrado é conhecido como "pai das águas", pois abastece as principais bacias hidrográficas do País. Aqui estão as nascentes do rio São Francisco e seus afluentes, como o Samburá, o Santo Antônio e o rio do Peixe, além do Rio Grande, que deságua no rio Paraná. A fauna e a flora são riquíssimas e guardam muitas espécies ameaçadas de extinção. Na Serra da Canastra foram identificadas mais de 300 espécies de aves e 7.000 espécies de plantas.

No município de Lagoa da Prata já existia uma usina de açúcar desde a década de 70, de propriedade de Antonio Luciano, "coronel" e latifundiário, conhecido como um dos maiores grileiros de Minas Gerais. Mais recentemente, a empresa francesa Louis Dreyfus adquiriu esta usina e expandiu o monocultivo de cana para a produção de etanol. Nos últimos dois anos, outras empresas participam do processo de expansão da monocultura da cana na região.

Os efeitos são devastadores. Na fazenda de Antonio Luciano chegaram até a desviar o curso do rio São Francisco para facilitar o escoamento da produção, sem licença ambiental ou estudos técnicos. Tanto no período inicial de implantação da cana, como nesta fase recente, a monocultura substitui áreas de lavouras e criação de gado, além de destruir as reservas florestais e a mata ciliar. Na implantação dos plantios, as empresas fazem queimadas clandestinas das matas nativas à noite, derrubam e enterram as árvores, para fugir da fiscalização.

"Hoje é comum encontrarmos animais mortos nas estradas, fugindo da devastação das matas. Já encontramos lobos, raposas, tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, lontra, quati, tatu, serpentes, garças, corujas, lagartos, além de peixes mortos no rio, como surubins, que chegam a pesar 40 quilos. Plantam cana até na beira dos rios e das lagoas", afirma Francisco Colares, professor de zoologia na Faculdade de Biologia e Meio Ambiente de Iguatama.

Segundo Colares, a usina de Lagoa da Prata utiliza a água do São Francisco em todo o processo de produção - para irrigação durante o cultivo, para lavar a cana depois da colheita e para resfriar as caldeiras no processamento. Em um dos pontos de captação, o bombeamento é de 500 litros por segundo - quantidade de água suficiente para abastecer todo o município.

O processo de expansão é intenso. A Empresa Total está construindo uma usina em Bambuí e está prevista a implantação de mais três usinas na região - duas em Arcos e uma em Iguatama, além da expansão da produção em Lagoa da Prata. O cultivo de cana chega até a Zona de Amortecimento do Parque Nacional da Serra da Canastra, considerada pelo Atlas da Biodiversidade em Minas Gerais como sendo de importância biológica extrema.

O parque fica entre as nascentes do rio São Francisco e a bacia do Rio Grande. A preservação da Zona de Amortecimento, ou área circundante ao parque, é essencial para garantir sua conservação. A produção de cana no local causa grande impacto, por seu potencial invasor, pelo intenso uso de agrotóxicos, entre outros. A Usina Itaiquara se instalou no município de Delfinópolis e plantou cana em áreas de preservação permanente, próximas ao grande reservatório de águas de Furnas.

"A cana chega até a margem do reservatório; plantam cana praticamente dentro d'água. Desmataram a área e praticaram queimadas, o que representa um grande risco para toda a região. O Ministério Público moveu uma ação contra a empresa e esperamos que a área seja recuperada em breve e que os responsáveis sejam punidos pelo dano ambiental. È necessário que os órgãos competentes fiscalizem essa atividade, pois a monocultura traz sérios problemas ambientais. O Brasil deveria priorizar uma agricultura diversificada", afirma Joaquim Maia Neto, Chefe da unidade do IBAMA responsável pelo Parque Nacional da Serra da Canastra.

O Secretário de Agricultura e Meio Ambiente do município de Luz, Dario Paulineli, descreve outros impactos na região. "A cana se expandiu rapidamente nos últimos anos. A empresa Louis Dreyfus fez muitos contratos de arrendamento com agricultores locais e o impacto ambiental foi enorme. A usina aplica o veneno de avião e atinge os agricultores vizinhos e a população das cidades. Desmatam madeira de lei, árvores protegidas por lei como o pequizeiro e a gameleira, plantam cana perto das nascentes dos rios, não respeitam os estudos de impacto ambiental. Muitos animais estão morrendo com a devastação das matas".

Para o agricultor Gaudino Correia, não vale a pena arrendar a terra. "Os contratos são de 12 anos e depois disso a cana já acabou com tudo. A usina usa máquinas pesadas para preparar a terra e causa erosão do solo. Depois queimam a cana e a cinza se espalha por toda a região. Eu não quis arrendar minha terra e estou cercado de cana. Aqui não tem mais terra para lavoura e por isso subiu tanto o preço dos alimentos. Meus vizinhos deixaram de produzir milho, feijão, café, leite e arrendaram a terra para a empresa Total. Eu ainda planto milho, feijão, e produzo leite, mas para o produtor o preço não aumentou, só para o atravessador e para a população. Ainda consigo produzir leite porque faço a ração. Se fosse comprar, não sobrava nenhuma renda. O preço da ração aumentou 50% e fica difícil criar animais".

O agricultor Sebastião Ribeiro tem a mesma posição. "A usina insistiu, mas eu não quis arrendar minha terra. Meus vizinhos arrendaram e depois ficaram com depressão, porque é o mesmo que perder a terra. O que vai acontecer se os agricultores deixarem de plantar alimentos?" Ribeiro explica também que a usina faz irrigação da cana com pivô central, usando água do São Francisco.

Especialistas alertam que não há fiscalização eficiente sobre os impactos sociais e ambientais. "O Estado deveria priorizar a preservação das nascentes dos rios. É como desgastar as veias que levam o sangue para o coração. Essa expansão tem sido muito rápida e a idéia é dobrar a produção de cana na região. A agricultura familiar vai sumir e podem faltar alimentos", afirma Lessandro da Costa, diretor da Associação Ambientalista do Alto São Francisco.

Apesar da propaganda das empresas, que dizem gerar emprego e desenvolvimento, organizações locais denunciam que as usinas não respeitam leis ambientais e trabalhistas. "Usam venenos violentos que afetam a saúde dos trabalhadores e da população. Onde antes se produzia milho, feijão, café, leite e outros alimentos, agora é só cana. Não há crédito para os pequenos produtores, mas o Banco do Brasil tem dinheiro de sobra para incentivar as grandes usinas, que destroem o cerrado e a Amazônia. Essa política vai deixar uma herança de destruição", afirma Carlos Santana, assessor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bambuí.

Ele explica que "Aqui tem serviço, mas só braçal. Os trabalhadores chegam de todas as partes do país para cortar cana e o aluguel na região aumentou muito. Outra conseqüência foi o congestionamento do sistema de saúde pública. Os cortadores de cana recebem por produção e isso causa a exploração. Muitos ficam doentes e não conseguem mais trabalhar".

O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagoa da Prata, Nelson Rufino, denuncia que, "A usina Louis Dreyfus causa grande destruição do meio-ambiente. O trator da empresa arranca as árvores e depois enterra para esconder o crime ambiental. Somente metade dos canais onde depositam o vinhoto é feita de cimento. Nos outros canais o vinhoto vai direto para o subsolo e para os rios. Nós chamamos o vinhoto de "água que fede".

Rufino descreve ainda os impactos sociais nos municípios da região. "As cidades estão totalmente cercadas porque a cana chega até as áreas urbanas. A empresa joga veneno de avião e o índice de câncer na população é enorme. Só na minha família temos cinco casos de câncer e isso é comum na cidade. Há mais de 140 trabalhadores afastados por problemas de saúde como tendinite, problemas de coluna, asma e outras doenças pulmonares. Temos registros de cinco casos de mortes por acidentes de trabalho. Dois trabalhadores caíram nas caldeiras, um morreu durante a queima da cana e outros dois morreram em acidentes com o trator".

Grande parte dos cortadores de cana é migrante e está vulnerável à exploração e ao preconceito. O local onde vivem em Lagoa da Prata é chamado de "Carandirú". Rufino afirma que "Para os trabalhadores a situação piorou porque perdemos renda. Ano passado fizemos uma greve de 45 dias e conseguimos um aumento de $2,50 para $2,80 por tonelada de cana cortada. Mas a empresa quer buscar uma forma de nos incriminar e está processando o sindicato".

Outra forma de manipular os trabalhadores é estimulando a competição. Para isso, a empresa os divide em grupos, de acordo com a quantidade de cana cortada. Quem não cumprir a meta não será contratado na próxima safra. Aqueles que atingem a maior meta vão para a turma dos "touros", que cortam de 17 a 25 toneladas de cana por dia. Muitos trabalhadores desse grupo foram afastados por problemas de saúde e agora são chamados de "bezerros doentes".

Mesmo em áreas onde já havia atividade agrícola, o monocultivo da cana gera um grau muito maior de devastação porque substitui agricultura diversificada por cultivos homogêneos e contínuos, o que leva à destruição total das reservas florestais. A demanda das empresas por grande quantidade de terras de boa qualidade, com acesso à água e à infra-estrutura, gera devastação dos recursos naturais e da agricultura local. Portanto, não é verdade que a indústria da cana se expande para áreas degradadas e terras marginais, como afirma o governo.

Moacir Gomes, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bambuí, conclui que, "O presidente Lula não conhece a realidade. Como pode dizer que a cana não substituiu áreas de produção de alimentos? As usinas estão trazendo miséria e vai faltar comida na mesa da população".

- Maria Luisa Mendonça é jornalista e coordenadora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. Brasil de Fato, 2 de julho de 2008 - fonte: Agencia Latinoamericana de Información

domingo, 23 de agosto de 2009

Protocolo do São Francisco

Estou incluindo um abaixo-assinado eletrônico que substituirá o Protocolo do São Francisco, originalmente concebido. Essa decisão favorece maior participação pública e dá visibilidade imediata às propostas apresentadas neste documento.
O endereço eletrônico da petição onde deverá ser feita sua adesão é:
http://www.ipetitions.com/petition/velhochico
Aguardo sugestões e comentários: ajudem-me a melhorá-lo! Colabore na divulgação desse documento, enviando-o a seus amigos e pedindo a participação de todos!

Veja abaixo o texto do abaixo-assinado:
O aquecimento global, os desmatamentos, a ocupação agrícola descontrolada, a exploração intensiva do solo e o uso de defensivos agricolas cada vez mais potentes, a construção de barragens de grandes proporções, provocam desequilíbrios ambientais irreversíveis e, principalmente, a redução assustadora das reservas de água potável em todo o mundo, sinalizando um futuro assustador para a humanidade.

O Brasil é um país privilegiado pelos seus recursos naturais, principalmente hídricos, os maiores do mundo. No entanto, todos esses fatores mencionados vêm causando degradação acelerada de nossas reservas naturais, aproximando-nos, perigosamente, dos limites suportáveis e reversíveis de exploração.

Por outro lado, os conflitos internacionais pela posse desses recursos sinalizam riscos cada vez maiores à nossa soberania e sobrevivência, na medida em que não somos capazes de administrá-los e protegê-los.

A bacia do São Francisco é um complexo hídrico e ecológico singular, uma vez que totalmente inserida em nossas fronteiras, com grande extensão navegável, quase uma centena de afluentes permanentes, e enorme extensão de terras banhadas por suas águas, e delas dependentes para seu cultivo e sobrevivência.

Nesse contexto, conclamamos governadores, prefeitos e vereadores das regiões abrangidas pela bacia do São Francisco a assegurarem, em seus planos de metas e de compromissos com a população, o planejamento e a execução de ações de preservação ambiental e de recuperação das águas do rio São Francisco, seus afluentes e de seu entorno, prioritariamente a obras de transposição ou de irrigação, compreendendo:

· Tratamento de esgotos domésticos, industriais e agrícolas, antes de serem lançados aos rios;

· Recuperação da mata ciliar, principalmente nas cabeceiras dos rios e em suas confluências; vale lembrar que a extensão das matas ciliares deve ser, por lei, igual ou maior que a largura dos rios em cada uma de suas margens (e, no mínimo, de 30 metros);

· Incentivos fiscais a empresas não poluentes (indústrias, agricultura, pecuária) ou aquelas que se comprometam com prazos razoáveis em não mais poluir;

· Disciplinas escolares abordando a preservação do meio ambiente, recuperação da memória histórica, ênfase nos aspectos mais relevantes da importância do rio São Francisco, com o objetivo de se criar uma consciência ambiental sólida e consistente nas futuras gerações;

· Estabelecimento de metas de curto, médio e longo prazo para compatibilizar as atividades das empresas privadas e do setor público dos governos federal, estaduais e municipais com os objetivos propostos neste documento;

· Criação de um prêmio anual de incentivo a ações preservacionistas relevantes, com apoio de governos estaduais, municipais e federal e patrocinado por uma grande empresa de expressão nacional;

· Desenvolvimento de campanhas de conscientização e criação do dia anual de preservação do rio São Francisco.

Na passagem pelas cidades ribeirinhas, pretendemos apresentar este protocolo aos prefeitos e vereadores, buscando obter apoio político, formalizado através de assinatura eletrônica neste documento.

Em cada localidade em que passarmos será oferecida palestra de conscientização aos moradores, através da qual serão expostos os princípios do Protocolo do São Francisco e potenciais impactos à vida na bacia do São Francisco.

Ao final da expedição providenciaremos o envio do documento eletrônico aos governos federal, dos estados da bacia do São Francisco, associações de municípios, Ministérios do Meio Ambiente, das Minas e Energia, da Integração e Desenvolvimento Regional, do Turismo, dos Transportes e da Defesa, CHESF, CEMIG e CODEVASF, solicitando apoio a iniciativa e conclamando à continuidade das ações preservacionistas.

Entendemos que ações como esta poderão provocar, em curto prazo, a mudança da mentalidade de políticos, de autoridades e da própria população do país quanto ao uso e preservação de nossos recursos naturais.

O endereço eletrônico da petição onde você registrará seu apoio é:

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Uma Riqueza Incalculável!



Enquanto a quase totalidade dos países desenvolvidos já esgotou suas reservas naturais, o Brasil ainda detém parcela expressiva de seus recursos hídricos, minerais, florestais, sua fauna, cavernas e cerrados, podendo, inclusive, reverter o quadro de desmatamento, incêndios e desolação causado pelos avanços da agro-indústria, da pecuária, das madeireiras e das mineradoras.

Na Amazônia, grande parte dos territórios do Pará e do Mato Grosso já está irremediavelmente perdida pela exploração descontrolada. No entanto, cerca de quatro milhões de quilômetros quadrados de florestas ainda subsistem dentro de nossas fronteiras; isso representa metade de nossa extensão territorial como Nação.
Da Mata Atlântica, menos de 7% restaram preservados; no entanto, trata-se de uma das mais complexas biodiversidades do planeta, e localiza-se dentro dos territórios mais desenvolvidos de nosso país. Mesmo sendo uma área protegida, a Mata Atlântica sofre intensas pressões desenvolvimentistas pela sua ocupação e destruição, principalmente pela indústria extrativista.
O Cerrado tem sido devastado intensamente nos últimos 50 anos; hoje é o bioma mais ameaçado do Brasil, apesar de suas riquezas e complexidade. As plantações de soja, a criação de gado, a exploração da madeira e a produção de carvão ameaçam destruir esse frágil ecossistema, onde as águas dependem de fontes extremamente vulneráveis, como as matas de galeria, que protegem o lençol freático que as sustenta, em um "comensalismo" fantástico.
De nossas bacias hidrográficas, a Amazônica é a maior do mundo e ainda se encontra satisfatoriamente preservada. Muitos dos seus afluetes estão entre os maiores rios do mundo, seja em extensão ou em volume de águas. No entanto, as novas hidrelétricas em construção ameaçam esse território e podem acelerar a ocupação da Amazônia e sua devastação.
O rio São Francisco foi a primeira grande bacia hidrográfica descoberta no Brasil, em 1501, ainda antes do início do processo de colonização portuguesa. Por isso, ao longo desses 500 anos vem sendo ocupado e degradado continuamente, restando pouco de suas matas ciliares; a maioria de seus afluentes, e ele próprio, estão contaminados pelo esgoto doméstico e industrial, e pelos produtos químicos usados nas lavouras e pastagens; o rio se esgota lentamente.
Apesar de todos esses ataques às nossas riquezas naturais, ainda é tempo de autoridades, pesquisadores, educadores, empresários e população em geral darem-se conta da imensa riqueza que esse patrimônio natural representa hoje e poderá representar no futuro, quando as demandas por alimentos, por fármacos, por água exercerem pressões insustentáveis no mundo, devido ao crescimento populacional e ao esgotamento de outras fontes de energia.
Principalmente as águas! Sabemos que o volume de água doce no mundo é insuficiente para atender a uma superpopulação em crescimento. Quem detiver as maiores reservas de água terá um tesouro de valor inestimável em suas mãos, maior até do que representou o petróleo desde o início do século passado. Por isso precisamos criar políticas públicas que assegurem a perpetuação dessas riquezas e sua exploração controlada e sustentável...
A proteção desses recursos naturais passa, necessariamente, pela revisão dos critérios de proteção ambiental, pela definição de reservas ecológicas que protejam todos os mananciais importantes, pela imposição de penas rigorosas àqueles que poluam fontes de águas e destruam suas matas ciliares, pela definição e execução de programas educacionais voltados para a conscientização ambiental das futuras gerações que herdarão o nosso país!

Mais um aviso de que a água pode faltar

[EcoDebate] A Semana Mundial da Água teve início no domingo em Estocolmo, na Suécia, e segue até o próximo sábado com especialistas do mundo todo discutindo este líquido cada vez mais precioso.

Mas já na semana passada o tom de preocupação que domina o encontro era antecipado por Colin Chartres, presidente do Instituto Internacional de Gerenciamento de Água, ou IWMI, sigla do nome em inglês. A organização tem sede no Sri Lanka e levou para os debates da Semana da Água na capital sueca um relatório impactante sobre a necessidade de revitalização da irrigação na Ásia.

Em alerta feito numa entrevista à agência Reuters distribuída no mundo todo, o presidente do IWMI dizia que só com a conservação da água e o aumento da produtividade no campo é que será possível alimentar a população adicional de 2,3 bilhões de pessoas, a previsão de aumento populacional do planeta até 2050 — hoje estamos em 6,8 bilhões.

A Ásia é um continente que causa grande apreensão, com seus 1,5 bilhões a mais de população previstos também para 2050. Para o encontro em Estocolmo o IWMI preparou junto com a Organização de Alimentos e Agricultura, da ONU, um relatório com estudos sobre a imensa demanda de alimentos que será criada com o aumento populacional.

A questão vital é onde arrumar água para tanta gente. “Se você olhar as tendências atuais”, diz Chartres, “verá que precisaremos de muito mais água, e nós não temos”. Sem racionalizar o consumo e investir na preservação, teremos tempos bem ruins pela frente.

A agricultura é o setor que mais usa água. Em muitos países este consumo é de 70%, noutros pode chegar a 90%. Para agravar o problema, a agricultura também é altamente poluidora. No Brasil, é a segunda maior fonte de poluição, perdendo apenas para o esgoto doméstico.

Segundo Chartres, até 2030 a demanda na Índia vai exceder o fornecimento de água em torno de 20% a 40%. No momento a demanda naquele país é um pouco menor do que o suprimento.

Os problemas hídricos da Índia deviam ser tomados como um exemplo mundial, como uma precaução em relação ao que pode acontecer em outros países, caso não seja corrigido o uso descuidado da água. Outro estudo publicado também na semana passada pela revista científica Nature mostra que a escassez de água que hoje aflige os indianos tende a piorar. Conforme a publicação, as reservas do norte daquele país estão se esgotando.

O trabalho foi desenvolvido com a tecnologia do Centro de Vôo Espacial Goddard, da Nasa, e do Centro Aeroespacial da Alemanha, usando um sistema de satélites lançado em 2002 que tem a capacidade de indicar mudanças nos estoques de água do subsolo a partir de variações na gravidade terrestre.

Com este suporte, os cientistas chegaram ao indicativo de que as reservas de água no subsolo que vai da capital, Nova Délhi, até os cinturões agrícolas caiu a uma taxa de 4 milímetros de 2002 a 2008. A perda implícita é mais que o dobro do maior reservatório do país. E pior, esta queda ocorreu em anos em que não houve falta de chuvas.

Por conta disso, a questão da água entrou na agenda política indiana. E de forma meramente demagógica. Torna-se comum os políticos prometerem eletricidade gratuita para agricultores extraírem água do subsolo.

O ponto dramático da questão é que a escassez vem em grande parte exatamente dessa prática. A chamada Revolução Verde indiana aumentou de forma extraordinária a produção agrícola fazendo uso da água subterrânea para irrigação, recurso contrário à preservação.

As soluções de longo prazo encontradas com o estudo do IWMI também apontam longe dos gastos com projetos caros de infraestrutura. Hoje na índia, por exemplo, os políticos estão pensando em grandes programas de transferência de água dos rios, a exemplo do que vimos no Brasil, com a obsessão pela transposição do rio São Francisco.

Chartres diz que há uma porção de coisas que se pode fazer antes de optar para estes esquemas caríssimos. A conservação dos recursos hídricos e o uso equilibrado da água em todas as atividades humanas ainda é o caminho mais indicado.

Fonte: Colaboração do Movimento Água da Nossa Gente para o EcoDebate, 21/08/2009

2020 Climate Leadership Campaign

The urgency of global warming mandates that each and every one of us become climate leaders. For the first time in our lives, indeed for the first time in history, all of us must take responsibility for our climate, whether at the individual, community, company, institution, state, or national level. We are all responsible for global warming. We must all share in the leadership required to solve it, for nothing less than the fate of human civilization is at stake. The crisis is that stark, the choice is that clear, the leadership required is that urgent.

If we rise to this challenge, if we take climate leadership, we will generate climate prosperity because it is precisely our capacity to solve our greatest crisis that affords us our greatest opportunities for growth within the context of sustainability and alignment with natural systems.

Our 2020 Climate Leadership Campaign has a number of components. All these themes are integral to our 2020 Climate Leadership Campaign and constitute what we consider to be essential aspects of leadership on the issue of climate change. The themes, detailed below, include:

1. “2050 by 2020” Call to Action
2. Planning for 2020
3. Developing on line collaboration
4. Brazil 2020 Campaign
5. Timeline for first year

1. “2050 by 2020” Call to Action

At the heart of our 2020 Climate Leadership Campaign and the purpose of the of the Brazil 2020 Campaign is resolving the contradiction between what our governments are negotiating and what our scientists are asserting about the accelerating pace of global warming. This is why climate leadership is so crucial. Our scientists are telling us that we are rapidly running out of time to take decisive action. Yet our governments are acting as if they have the next forty years to reduce carbon emissions by 80% -- promising to solve the problem by 2050. This is what the Copenhagen negotiations are all about -- taking the next forty years to do what scientists tell us we need to do in the next ten.

In the meantime, CO2 emissions continue to increase and are projected in most 2050 scenarios to continue rising until they peak at around 2030. This basically allows business as usual for another twenty years. In the meantime, we are spewing into the atmosphere 70 million tons of CO2 each and every day and in fact put into the atmosphere more CO2 in 2008 than any previous year. The more our scientists discover about global warming, the more urgent the situation becomes and the more immediate the timeframe for serious action. The current world situation with regard to climate change is worse than the worst cast scenario of the IPCC in its 2007 Report.

Even more troubling is the fact that even if the governments are successful in reducing carbon emissions by 80% by 2050, this accomplishment would be essentially irrelevant to dealing with global warming in any meaningful way. A recent study by MIT states that if all the governments completely fulfill their current promises, which essentially are pointed toward reducing carbon emissions by 80% by 2050, we will have reached over 600 ppm of CO2 by then and global temperatures will have risen at least 4 degrees Celsius.

This contradiction between what the governments are negotiating and what the science says is the most crucial fact in the climate change crisis today. According to the 2006 Stern report and numerous other models, a rise of 4 degrees Celsius would put hundreds of millions of people at risk of coastal flooding each year with sea level rises of up to 25 meters. There would be dramatic reductions in water availability and increased droughts around the world. A 4C rise would lead to the loss of 85% of the Amazon rainforest, for example. Agricultural yields would radically decline and the world would face severe food shortages. Approximately 20%-50% of all animal and plant species would face extinction.

It is for these and other reasons that when he accepted the 2007 Nobel Peace Prize on behalf of the IPCC, Dr. Rajendra Pachauri said "If there's no action before 2012, that's too late. What we do in the next two to three years will determine our future. This is the defining moment." Thousands of scientists around the world agree. Lester Brown, who will keynote our conference, states bluntly that we are facing the demise of human civilization itself if we do not take action now.

Our leadership must be based on what is scientifically urgent, not on what is politically expedient. Thus our strategic intention and call is a very simple one:

What our governments are negotiating for 2050 must be accomplished by 2020 and we must all be prepared to demonstrate the climate leadership required to accomplish this.

We must somehow build a global coalition around reducing our carbon emissions by 80%, shifting the basis of our economies from fossil fuels to renewable energy and clean technologies, and reordering our lifestyles and life choices accordingly, all by 2020.

2. Planning for 2020

At the heart of what we must achieve through our Climate Leadership Campaign is to begin the process of discerning how to implement a viable pathway to reducing our carbon emissions by 80% by 2020 and doing so using available technologies and with the intent of producing prosperity and growth. We believe we can achieve a 2020 goal in a spirit of optimism and abundance. Our central thesis around 2020 is that our climate crisis is a climate opportunity and that by solving global warming in a decisive manner we will also solve our financial and economic woes and generate social and economic growth.

We believe that we can accomplish this goal using available technologies and innovative thinking. We are not in a crisis because we have no solutions. We are in a crisis because we are not implementing solutions already here.

What can and should unite us is a common goal of reducing carbon emissions by 2020. We believe this is the key goal because it is specifically the release of CO2 into the atmosphere that is causing global temperatures to rise, the ice caps to melt, the droughts to multiply, the seas to increase, and the frequency and intensity of extreme weather events to so dramatically increase.

How each of us gets to the goal of reducing CO2 emissions will be different. Each community, city, region and nation will have different challenges and constraints and thus any 2020 scenario will by definition be decentralized and highly diversified. Climate leadership will have many pathways, many forms, and many results. This is as it should be. Within the context of the clearly defined common goal of “2050 by 2020,” we believe as much creativity, diversity, celebration and collaboration as possible should be encouraged.

In thinking about climate leadership by 2020, we suggest the following seven “wedges” be considered as starting points which, when taken together, make the pathway to 2020 possible:

1.Reducing reliance on fossil fuels
2.Implementing energy efficiencies
3.Creating clean technologies
4.Developing renewable energy
5.Cleaning up natural systems
6.Creating sustainable lifestyles
7.Establishing a culture of sustainable growth


You will note that the first five of these are what we can do and the last two are what we believe and how we live our lives. These have to do with our interiors. This is an important part of what we mean by “Climate Leadership.” Our leadership must be as personal as it must be public and affect our lifestyles as much as it affects public policy. We cannot reduce carbon emissions by 80% and develop climate prosperity by 2020 without coming to terms with the stark fact that our lifestyles and our cultural beliefs are as unsustainable as our corporate activities and our national policies. To deal decisively with global warming, we must take an integral approach which looks at our interiors as much as our exteriors, our beliefs as much as our actions. All aspects are integrally involved in both our crisis and our solution. We will thus be using an integral framework as the operating system of our 2020 scenario planning. Climate leadership must be integral leadership.

3. Long Term Online Collaboration

In addition to exploring the imperative of “2050 by 2020” and beginning work on developing 2020 Climate Leadership Campaigns, a third crucial aspect of our conference will be how we can come together on line so that we can continue to share information and collaborate beyond the conference itself. What we are launching is a ten year initiative and thus must have a way to stay together, build momentum, and spread the word.

In this endeavor, we have partnered with the Gaiasoft corporation in the UK, which has pioneered a very sophisticated software to enable real time information sharing, active collaboration and project management. We have also partnered with the Hague Center in the Netherlands which has pioneered using the Gaiasoft technology in groups and developed “meshworks” of engagement and collaboration around interests of common concern.

4. Brazil 2020

What is also unique about our over-all 2020 Climate Leadership Campaign is the role Brazil is playing. While virtually all the countries in the world either dither or vaguely commit themselves to reducing carbon emissions by 80% by 2050, the country that seems poised to develop a national mobilization around climate leadership is Brazil. Brazil’s use of ethanol for cars is the highest in the world. Brazil already produces over 50% of all its energy from renewable sources, as opposed to 12% for the EU and 10% for the U.S. Its’ largest electric utility, Central Electric of Minas Gerais (CEMIG) generates 92% of its electricity from renewable sources and was determined by the Dow Jones Sustainability Index as the best energy company in the world in 2007.

Most importantly, Globo TV, the largest media company in Brazil and the fourth largest in the world, has committed itself to dealing seriously with global warming and is developing a sustained public education campaign on climate change. This marks the first Fortune 100 company anywhere in the world that we know of to do so, certainly the first major media company. The fact that Globo is launching a national public education campaign is a dramatic demonstration of climate leadership and may catalyze a mobilization that is national in scope. Given the increasing urgency of the climate crisis, national mobilizations are essential to plan for and to catalyze.

This kind of leadership is important because Brazil is not a small obscure country with little impact. It is one of the largest countries in the world, it is richly endowed with natural resources, its demographics are very similar to that of the world population, it is at peace with all its neighbors, its banks and its economy, though effected by the downturn in the global economy, are relatively stable and strong, and it contains the Amazon.

This is not to say that Brazil is already there. The government has shown little leadership on the issue of global warming and has tolerated, if not encouraged extensive clear cutting of the Amazon. There is also systemic exploitation of the general environment. But huge portions of Brazilian society are waking up and leaders in the Brazilian political, business and civil society sectors understand the urgency, are willing to take leadership, and are mobilizing around Brazil 2020 -- a ten year plan to green the Brazilian economy. All these reasons make Brazil an ideal nation to take the kind of leadership the world needs at this critical hour.

It is in recognition of the important role Brazil can potentially play in the global effort to demonstrate climate leadership that State of the World Forum is launching its global 2020 Climate Leadership Campaign in the city of Belo Horizonte, Brazil.

5. Timeline

Because the 2020 Climate Leadership Campaign is a ten year campaign, State of the World Forum is committed to convening a series of major conferences in different world cities through 2020 as we build a global coalition around “2020 Climate Leadership Initiatives.” What follows is what we are planning for the first year:

1. Our August 4-7 State of the World Forum in Belo Horizonte will serve two purposes. It serves as the actual launch of the global 2020 Climate Leadership Campaign and representatives from all over the world are being invited to participate. It also serves as the launch of the Brazil 2020 mobilization and representatives from media, civil society, the private sector and scientific institutions from all over Brazil will be gathering for our meeting as well. Thus there will be both a global discussion as well as a specifically Brazilian component to the August event. A significant part of the conference will also be to begin development of 2020 strategies with an emphasis on the innovative technologies and lifestyle changes that can get us there successfully.

2. The State of the World Forum in Washington, D.C. February 28 – March 3, 2010 will be the second step in the global campaign. The Washington event will again have two components: a global aspect around the 2020 Climate Leadership Campaign and it will profile the national campaigns, like Brazil 2020, that are underway by that point, such as are beginning to take shape in Australia, Mexico, and the Netherlands. The over-all goal is to empower people everywhere, personally as well as collectively, to create greener and more resilient lifestyles and communities within a 2020 timeframe with the emphasis that all of us must take up climate leadership.

3. The State of the World Forum in Rio de Janeiro August 30 – September 3, 2010 will complete our first year of convenings. By then, we will have had a year to get things underway, build constituencies, and refine our message. The Brazil 2020 campaign will have developed along with other Climate Leadership Campaigns.

One synergy that is emerging is with Peter Gabriel and his World of Music and Dance (WOMAD) festival that will be in Salvador, Brazil September 4 – 7, 2010 immediately following our Rio Forum. This allows for a significant potential for blending content and music with one of the world’s most notable activist musicians. Given what is developing, this 2010 Rio Forum could equal or be larger than the Earth Summit in Rio in 1992.

Beyond 2010, we will work together to select other countries where Forums can be convened that will emphasize efforts toward sustainability and promote 2020 Climate Leadership Campaigns. All along the way, we will be building Climate Leadership Campaigns and holding our Forums wherever they will support and nurture national 2020 campaigns. The most likely candidates for the 2011 State of the World Forum are Melbourne, Australia, Mexico City, Mexico, or The Hague, Holland.

What we would stress in conclusion is that all of the above has emerged in the last four months and is thus very dynamic and subject to change as the world situation continues to unfold, the crisis of global warming escalates, and the necessity of climate leadership becomes more urgent. We believe our strategy is in alignment with both the crisis and the solution that needs to be implemented. We are way past ad hoc solutions. Given the enormity of the crisis, only national mobilizations and decisive time-sensitive climate leadership will suffice. We believe that what is evolving, as described above, satisfies both these two requirements of scale and timing, and we are would be honored to have you join our efforts. Climate Leadership is the clarion call of our time.


Fonte: WorldForum.Org

Minas Gerais altera Lei Ambiental


Estado aprova lei pioneira no pais, restringindo para 5% o uso de matéria-prima de florestas originais para empresas em sua produção anual

Na primeira semana de agosto Minas Gerais foi sede de um dos mais importantes eventos do calendário ambiental no mundo, o 2020 Climate Leadership Campaign, que estabeleceu metas para a redução, em 30 anos, do tempo para que se atinja o controle do aquecimento global. Alinhada com a proposta no evento, a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) anunciou na terça-feira (11), alterações na Lei Florestal. As mudanças visam, principalmente, o controle e redução do uso de florestas por empresas e indústrias mineiras.

As alterações preveem que até 2018 apenas 5% das florestas nativas sejam utilizadas como matéria-prima. O antigo texto afirmava que a vegetação original poderia ser utilizada em sua totalidade, desde que as empresas consumidoras replantassem duas árvores para cada uma derrubada. Sua implementação será gradual, com o percentual de utilização diminuindo em períodos de anos, até que chegue aos 5% de 2018. Entre 2009 e 2013 as indústrias poderão utilizar 15% de mata nativa em seu consumo anual total. Entre 2014 e 2017 esse percentual cairá para 10%, sendo finalmente reduzido a 5% após este segundo período.

Para incentivar a redução imediata no consumo, no entanto, o Governo mineiro promoveu, também, alterações na parte da lei que trata da reposição de árvores. As empresas que optarem por manter o consumo de matéria-prima florestal nativa até o limite de 15% terão de observar novos critérios de reposição. A utilização de 12 a 15% de consumo total proveniente de mata nativa exige a reposição do triplo do consumido, ou seja, plantar três árvores para cada utilizada. Para a faixa entre 5 e 12%, a reposição será mantida com o dobro do consumido. Para o consumo de até 5%, a reposição será simples, de um para um.

Ainda sobre a reposição de árvores, os consumidores tem novas opções para o replantio: podem optar pela participação em projetos sócio-ambientais com foco na proteção e recuperação da biodiversidade, em projetos de pesquisa científica, para recuperação de ambientes naturais junto a instituições nacionais e internacionais, ou em programas de recomposição florestal ou plantio de espécies nativas, implantação de unidades de conservação e no aperfeiçoamento técnico dos órgãos ambientais.

Outra importante modificação da lei é o sistema eletrônico de rastreamento do transporte de produtos e subprodutos florestais no Estado, permitindo um melhor controle dos pontos de carga e descarga em Minas Gerais. As empresas transportadoras que atuam no estado deverão instalar dispositivos eletrônicos em todos os caminhões e estes serão monitorados por satélite. O aparelho que será instalado nos veículos permitirá o acompanhamento da trajetória da carga identificando todos os pontos de parada desde a origem até o destino da carga.

As alterações da lei fazem parte do Projeto Estruturador Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica, que visa diminuir a incidência de devastação nas duas localidades por meio de ações sociais e governamentais voltadas ao meio ambiente. Só em 2008 mais de R$ 10 milhões foram investidos pelo Governo de Minas Gerais na recuperação de áreas ambientais devastadas. Com as adequações feitas na lei, Minas pode se tornar, em breve, um estado modelo no Brasil. Atualmente Minas Gerais é o único estado brasileiro no qual este tipo de lei ambiental está regulamentada.

Confira abaixo as oito principais alterações promovidas na lei ambiental de Minas Gerais:

1 – Fixação de cotas decrescentes (15% a 5%) até 2018 para consumo de matérias-primas originadas de floresta nativa.

2 – estabelecimento de regras mais rigorosas em relação ao não cumprimento dos cronogramas de suprimento estabelecidos, inclusive com a possibilidade de redução obrigatória da capacidade de produção para as empresas que não se enquadrarem nas novas regras estabelecidas, incluindo a paralisação de suas atividades;

3- eliminação do dispositivo que permitia às indústrias de ferro gusa consumirem até 100% da sua demanda, com carvão vegetal de florestas nativas, mediante ressarcimento em dobro da reposição florestal;

4 – implantação de um sistema eletrônico de rastreamento do transporte de produtos e subprodutos florestais no estado, permitindo o controle eficiente dos pontos de carga e descarga destes produtos, aliando-se, desta forma, o controle da produção e consumo destes insumos;

5 – estímulo de mecanismos alternativos à formação de plantações florestais, através de comercialização de créditos de carbono, tanto pelo aumento de estoques florestais, quanto pela adoção de alternativas de substituição energética.


6 – Novo sistema de cadastramento de produtores e consumidores de produtos e subprodutos florestais incluirá transportadores de madeira.

7 - Uma inovação é apresentada pela emenda nº 9, que define, pela primeira vez na legislação, a destinação dos recursos obtidos com a arrecadação de multas ambientais. A emenda estabelece que 50% dos recursos serão aplicados no programa Bolsa Verde, que consiste em pagamentos de serviços ambientais prestados por produtores rurais.

8 - A emenda nº 4 amplia de oito anos, como previsto anteriormente, para o máximo de nove anos, o prazo para que os consumidores de produto ou subproduto da flora (madeira, estéreos ou carvão) promovam o suprimento de suas demandas com florestas de produção na proporção de 95% do consumo total de matéria-prima florestal. Dessa forma, a adequação deverá ser feita até o ano agrícola 2019-2020.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O difícil retorno à jornada...

Já se passaram quase 60 dias desde que interrompi minha jornada. Na época, pareceu-me a decisão mais acertada diante das dificuldades financeiras e dos contratempos encontrados pelo caminho. Precisava parar e repensar minhas estratégias; era necessário trabalhar o material coletado e estudar a metodologia a seguir, em face de meus objetivos; fundamental era buscar patrocínios para cobrir os custos já realizados e suprir aqueles ainda por vir.

O tempo decorrido foi bom para esse exercício de reflexão sobre os fatos passados; todo material coletado foi revisto, reescrito e parcialmente publicado, e deu origem a novas análises e textos inspirados nas vivências recolhidas pelo caminho. No entanto, nenhum patrocínio foi conseguido e minha situação financeira se agravou.

Esgotadas as possibilidades de apoio, minha decisão foi: VOLTAR AO RIO! Pode parecer absurda e inconsequente essa escolha, mas eu não tinha alternativas: ou volto agora, ou desisto definitivamente da expedição e de meu projeto de vida. Nem tenho tempo para esperar, devido à próxima estação chuvosa, nem posso protelar meus projetos ambientalistas, sob o risco de não conseguir realizar novas expedições no futuro...

Agora estou revisando os planos e refazendo a bagagem: rever prazos, cidades a serem visitadas, ponto de retomada da expedição, saldo de alimentos dentro do prazo de validade, equipamentos eletrônicos, substituição do material que foi danificado ou perdido, revisão de vestuário e outros detalhes. É, praticamente, uma nova expedição, embora a maioria das tralhas sejam as mesmas.

Meu propósito é partir de Ribeirão Preto no início de setembro, de ônibus, para Belo Horizonte, e de lá para Três Marias. Levarei a canoa de balsa para Morada Nova de Minas, de onde retomarei a navegação, depois de refazer os remendos com silver tape. Farei isso para poder ter a experiência de remar no lago de Três Marias.

Chegando novamente à barragem, tentarei conseguir transporte para fazer a portagem, e seguirei viagem em direção a Pirapora. Nesse trecho terei três novas portagens: cachoeiras Grande e Criminosa, e corredeiras de Pirapora. Daí em diante vou até Sobradinho, onde provavelmente terei que conseguir carona nas balsas de transporte de soja até a eclusa. Sigo então até Petrolina, onde precisarei obter mais informações para o rest.o do percurso.

Sei que preciso fazer portagens em todas as barragens de Itaparica, mas desconheço as condições do rio nesse trecho, existência de corredeiras, redemoinhos e outros riscos para a navegação. Minha expectativa é de chegar à foz até o dia 15 de dezembro pois, além das portagens e das cidades, terei a visita ao Parque de Peruaçu e as próprias represas para conhecer e explorar.

Esse é o meu novo plano de ação. Pouco? Não, apenas o necessário para prosseguir...

Parque Nacional "Cavernas do Peruaçu" (Itacarambi/MG)

CAVERNAS, GRUTAS, LAPAS... É O PERUAÇU

Gruta do Janelão - Cavernas do Peruaçu
Imagine uma caverna cuja porta de entrada tenha mais de 80 metros de altura. Agora, siga o ruído contínuo de água que se ouve e descubra um rio subterrâneo - o rio Peruaçu, cortando os paredões da gruta ao longo de 4 quilômetros. Alterne trechos escuros e nichos mergulhados em intensa luz solar jorrando de clarabóias gigantescas. Coloque um pé-direito com mais de 100 metros de altura e a maior estalactite s do mundo - 28 metros medidos e comprovados pela Sociedade Brasileira de Espeleologia. Pronto! Essa é a Gruta do Janelão, no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu.

Mas essa não é a única atração do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu. Há as Grutas dos Desenhos, do Caboclo, do Brejinho, do Brejal, dos Cascudos, dos Troncos, do Índio, Bonita, do Carlúcio, do Rezar, entre outras.

A majestade desse santuário espeleológico e arqueológico pode ser comprovada através das imagens da reportagem do Globo Repórter de Dezembro/2002, mas sempre faltarão palavras para retratar toda a suntuosidade do lugar. Essa reportagem encontra-se disponível na página (veja o vídeo):
"
Reportagem" do Globo Repórter sobre o Peruaçu.

Localizado no Norte de Minas Gerais, num vale de 17 quilômetros, entre os municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, e entrecortado pelo Rio Peruaçu, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é considerado um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo.

Um santuário alheio à presença do homem

Atraídos pela quantidade de cavernas, sítios arqueológicos, formações rochosas em calcário e pela biodiversidade do Vale do Peruaçu, entidades e pesquisadores começaram a pressionar o poder público para que criasse uma Unidade de Conservação (UC) na região ainda nos anos 70.

Em 1989, foi oficialmente instituída a Área de Proteção Ambiental (APA) Cavernas do Peruaçu. Cinco anos mais tarde, o Governo de Minas Gerais transformou parte dessa APA no Parque Estadual Veredas do Peruaçu.

Em 1999, a pressão popular resultou na criação do Parque Nacional do Peruaçu, com 56,8 mil hectares, localizado nos municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, ao longo de 92 kilômetros do Rio Peruaçu. Objetivo: preservar o valor paisagístico, geológico, espeleológico, arqueológico e histórico da região do Vale do Rio Peruaçu, à margem esquerda do São Francisco.

Além de sua importância histórica e arqueológica, a área é das mais belas. Dentro do parque nasce o Rio Peruaçu, que percorre áreas alagadas, mergulha num cânion com paredões de mais de 100 metros de altura, de lado a lado, onde esculpiu verdadeiras obras-primas no solo calcário da Província Geológica de Bambuí.

Apesar de seu potencial ecoturístico,o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu
ainda não está aberto à visitação até que fique pronto o seu plano de manejo.

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