sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Minas Gerais altera Lei Ambiental


Estado aprova lei pioneira no pais, restringindo para 5% o uso de matéria-prima de florestas originais para empresas em sua produção anual

Na primeira semana de agosto Minas Gerais foi sede de um dos mais importantes eventos do calendário ambiental no mundo, o 2020 Climate Leadership Campaign, que estabeleceu metas para a redução, em 30 anos, do tempo para que se atinja o controle do aquecimento global. Alinhada com a proposta no evento, a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) anunciou na terça-feira (11), alterações na Lei Florestal. As mudanças visam, principalmente, o controle e redução do uso de florestas por empresas e indústrias mineiras.

As alterações preveem que até 2018 apenas 5% das florestas nativas sejam utilizadas como matéria-prima. O antigo texto afirmava que a vegetação original poderia ser utilizada em sua totalidade, desde que as empresas consumidoras replantassem duas árvores para cada uma derrubada. Sua implementação será gradual, com o percentual de utilização diminuindo em períodos de anos, até que chegue aos 5% de 2018. Entre 2009 e 2013 as indústrias poderão utilizar 15% de mata nativa em seu consumo anual total. Entre 2014 e 2017 esse percentual cairá para 10%, sendo finalmente reduzido a 5% após este segundo período.

Para incentivar a redução imediata no consumo, no entanto, o Governo mineiro promoveu, também, alterações na parte da lei que trata da reposição de árvores. As empresas que optarem por manter o consumo de matéria-prima florestal nativa até o limite de 15% terão de observar novos critérios de reposição. A utilização de 12 a 15% de consumo total proveniente de mata nativa exige a reposição do triplo do consumido, ou seja, plantar três árvores para cada utilizada. Para a faixa entre 5 e 12%, a reposição será mantida com o dobro do consumido. Para o consumo de até 5%, a reposição será simples, de um para um.

Ainda sobre a reposição de árvores, os consumidores tem novas opções para o replantio: podem optar pela participação em projetos sócio-ambientais com foco na proteção e recuperação da biodiversidade, em projetos de pesquisa científica, para recuperação de ambientes naturais junto a instituições nacionais e internacionais, ou em programas de recomposição florestal ou plantio de espécies nativas, implantação de unidades de conservação e no aperfeiçoamento técnico dos órgãos ambientais.

Outra importante modificação da lei é o sistema eletrônico de rastreamento do transporte de produtos e subprodutos florestais no Estado, permitindo um melhor controle dos pontos de carga e descarga em Minas Gerais. As empresas transportadoras que atuam no estado deverão instalar dispositivos eletrônicos em todos os caminhões e estes serão monitorados por satélite. O aparelho que será instalado nos veículos permitirá o acompanhamento da trajetória da carga identificando todos os pontos de parada desde a origem até o destino da carga.

As alterações da lei fazem parte do Projeto Estruturador Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica, que visa diminuir a incidência de devastação nas duas localidades por meio de ações sociais e governamentais voltadas ao meio ambiente. Só em 2008 mais de R$ 10 milhões foram investidos pelo Governo de Minas Gerais na recuperação de áreas ambientais devastadas. Com as adequações feitas na lei, Minas pode se tornar, em breve, um estado modelo no Brasil. Atualmente Minas Gerais é o único estado brasileiro no qual este tipo de lei ambiental está regulamentada.

Confira abaixo as oito principais alterações promovidas na lei ambiental de Minas Gerais:

1 – Fixação de cotas decrescentes (15% a 5%) até 2018 para consumo de matérias-primas originadas de floresta nativa.

2 – estabelecimento de regras mais rigorosas em relação ao não cumprimento dos cronogramas de suprimento estabelecidos, inclusive com a possibilidade de redução obrigatória da capacidade de produção para as empresas que não se enquadrarem nas novas regras estabelecidas, incluindo a paralisação de suas atividades;

3- eliminação do dispositivo que permitia às indústrias de ferro gusa consumirem até 100% da sua demanda, com carvão vegetal de florestas nativas, mediante ressarcimento em dobro da reposição florestal;

4 – implantação de um sistema eletrônico de rastreamento do transporte de produtos e subprodutos florestais no estado, permitindo o controle eficiente dos pontos de carga e descarga destes produtos, aliando-se, desta forma, o controle da produção e consumo destes insumos;

5 – estímulo de mecanismos alternativos à formação de plantações florestais, através de comercialização de créditos de carbono, tanto pelo aumento de estoques florestais, quanto pela adoção de alternativas de substituição energética.


6 – Novo sistema de cadastramento de produtores e consumidores de produtos e subprodutos florestais incluirá transportadores de madeira.

7 - Uma inovação é apresentada pela emenda nº 9, que define, pela primeira vez na legislação, a destinação dos recursos obtidos com a arrecadação de multas ambientais. A emenda estabelece que 50% dos recursos serão aplicados no programa Bolsa Verde, que consiste em pagamentos de serviços ambientais prestados por produtores rurais.

8 - A emenda nº 4 amplia de oito anos, como previsto anteriormente, para o máximo de nove anos, o prazo para que os consumidores de produto ou subproduto da flora (madeira, estéreos ou carvão) promovam o suprimento de suas demandas com florestas de produção na proporção de 95% do consumo total de matéria-prima florestal. Dessa forma, a adequação deverá ser feita até o ano agrícola 2019-2020.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O difícil retorno à jornada...

Já se passaram quase 60 dias desde que interrompi minha jornada. Na época, pareceu-me a decisão mais acertada diante das dificuldades financeiras e dos contratempos encontrados pelo caminho. Precisava parar e repensar minhas estratégias; era necessário trabalhar o material coletado e estudar a metodologia a seguir, em face de meus objetivos; fundamental era buscar patrocínios para cobrir os custos já realizados e suprir aqueles ainda por vir.

O tempo decorrido foi bom para esse exercício de reflexão sobre os fatos passados; todo material coletado foi revisto, reescrito e parcialmente publicado, e deu origem a novas análises e textos inspirados nas vivências recolhidas pelo caminho. No entanto, nenhum patrocínio foi conseguido e minha situação financeira se agravou.

Esgotadas as possibilidades de apoio, minha decisão foi: VOLTAR AO RIO! Pode parecer absurda e inconsequente essa escolha, mas eu não tinha alternativas: ou volto agora, ou desisto definitivamente da expedição e de meu projeto de vida. Nem tenho tempo para esperar, devido à próxima estação chuvosa, nem posso protelar meus projetos ambientalistas, sob o risco de não conseguir realizar novas expedições no futuro...

Agora estou revisando os planos e refazendo a bagagem: rever prazos, cidades a serem visitadas, ponto de retomada da expedição, saldo de alimentos dentro do prazo de validade, equipamentos eletrônicos, substituição do material que foi danificado ou perdido, revisão de vestuário e outros detalhes. É, praticamente, uma nova expedição, embora a maioria das tralhas sejam as mesmas.

Meu propósito é partir de Ribeirão Preto no início de setembro, de ônibus, para Belo Horizonte, e de lá para Três Marias. Levarei a canoa de balsa para Morada Nova de Minas, de onde retomarei a navegação, depois de refazer os remendos com silver tape. Farei isso para poder ter a experiência de remar no lago de Três Marias.

Chegando novamente à barragem, tentarei conseguir transporte para fazer a portagem, e seguirei viagem em direção a Pirapora. Nesse trecho terei três novas portagens: cachoeiras Grande e Criminosa, e corredeiras de Pirapora. Daí em diante vou até Sobradinho, onde provavelmente terei que conseguir carona nas balsas de transporte de soja até a eclusa. Sigo então até Petrolina, onde precisarei obter mais informações para o rest.o do percurso.

Sei que preciso fazer portagens em todas as barragens de Itaparica, mas desconheço as condições do rio nesse trecho, existência de corredeiras, redemoinhos e outros riscos para a navegação. Minha expectativa é de chegar à foz até o dia 15 de dezembro pois, além das portagens e das cidades, terei a visita ao Parque de Peruaçu e as próprias represas para conhecer e explorar.

Esse é o meu novo plano de ação. Pouco? Não, apenas o necessário para prosseguir...

Parque Nacional "Cavernas do Peruaçu" (Itacarambi/MG)

CAVERNAS, GRUTAS, LAPAS... É O PERUAÇU

Gruta do Janelão - Cavernas do Peruaçu
Imagine uma caverna cuja porta de entrada tenha mais de 80 metros de altura. Agora, siga o ruído contínuo de água que se ouve e descubra um rio subterrâneo - o rio Peruaçu, cortando os paredões da gruta ao longo de 4 quilômetros. Alterne trechos escuros e nichos mergulhados em intensa luz solar jorrando de clarabóias gigantescas. Coloque um pé-direito com mais de 100 metros de altura e a maior estalactite s do mundo - 28 metros medidos e comprovados pela Sociedade Brasileira de Espeleologia. Pronto! Essa é a Gruta do Janelão, no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu.

Mas essa não é a única atração do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu. Há as Grutas dos Desenhos, do Caboclo, do Brejinho, do Brejal, dos Cascudos, dos Troncos, do Índio, Bonita, do Carlúcio, do Rezar, entre outras.

A majestade desse santuário espeleológico e arqueológico pode ser comprovada através das imagens da reportagem do Globo Repórter de Dezembro/2002, mas sempre faltarão palavras para retratar toda a suntuosidade do lugar. Essa reportagem encontra-se disponível na página (veja o vídeo):
"
Reportagem" do Globo Repórter sobre o Peruaçu.

Localizado no Norte de Minas Gerais, num vale de 17 quilômetros, entre os municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, e entrecortado pelo Rio Peruaçu, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é considerado um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo.

Um santuário alheio à presença do homem

Atraídos pela quantidade de cavernas, sítios arqueológicos, formações rochosas em calcário e pela biodiversidade do Vale do Peruaçu, entidades e pesquisadores começaram a pressionar o poder público para que criasse uma Unidade de Conservação (UC) na região ainda nos anos 70.

Em 1989, foi oficialmente instituída a Área de Proteção Ambiental (APA) Cavernas do Peruaçu. Cinco anos mais tarde, o Governo de Minas Gerais transformou parte dessa APA no Parque Estadual Veredas do Peruaçu.

Em 1999, a pressão popular resultou na criação do Parque Nacional do Peruaçu, com 56,8 mil hectares, localizado nos municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, ao longo de 92 kilômetros do Rio Peruaçu. Objetivo: preservar o valor paisagístico, geológico, espeleológico, arqueológico e histórico da região do Vale do Rio Peruaçu, à margem esquerda do São Francisco.

Além de sua importância histórica e arqueológica, a área é das mais belas. Dentro do parque nasce o Rio Peruaçu, que percorre áreas alagadas, mergulha num cânion com paredões de mais de 100 metros de altura, de lado a lado, onde esculpiu verdadeiras obras-primas no solo calcário da Província Geológica de Bambuí.

Apesar de seu potencial ecoturístico,o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu
ainda não está aberto à visitação até que fique pronto o seu plano de manejo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Série "Cidades do São Francisco" (fonte: Wikipédia)

Januária (Minas Gerais)

Município de Januária
Brasão de Januária
Bandeira de Januária
BrasãoBandeira
Hino
Aniversário7 de outubro
Fundação30 de junho de 1833 (176 anos)
Gentílicojanuarense
Prefeito(a)Maurílio Arruda (PTC)
(20092012)
Localização
Localização de Januária
15° 29' 16" S 44° 21' 43" O
Unidade federativa Minas Gerais
MesorregiãoNorte de Minas IBGE/2008
MicrorregiãoJanuária IBGE/2008
Municípios limítrofesFormoso,Chapada Gaúcha,São Francisco,Pedras de Maria da Cruz,Itacarambi,Bonito de Minas,Cônego Marinho e Estado daBahia.
Distância até a capital603 quilômetros
Características geográficas
Área7.299,48 km²
População102,216 hab. est. IBGE/2009
Densidade9,2 hab./km²
Altitude434 metros
Climatropical
Fuso horárioUTC-3
Indicadores
IDH0,699 médio PNUD/2000
PIBR$ 212.458 mil IBGE/2005
PIB per capitaR$ 3.389,00 IBGE/2005

Januária é um município brasileiro do estado de Minas Gerais situado na região do Médio São Francisco, localizada ao lado esquerdo do Rio São Francisco. Conta com uma população de 102,216 habitantes.



História

Existem três versões acerca do surgimento do município. De acordo com a primeira versão, o nome do município é uma alusão ao fazendeiro Januário Cardoso, que morava na região e era proprietário da fazenda Itapiraçaba, localizada onde hoje se encontra o município.

Outras versões, porém, atribuem o nome a uma homenagem à princesa Januária, irmã do Imperador Dom Pedro II e, ainda, à escrava Januária que, fugindo do cativeiro, teria se instalado no Porto do Salgado (atual cidade de Januária), estabelecendo ali uma estalagem, onde os barqueiros e tropeiros do povoado se encontravam.

O município se situa às margens do rio São Francisco, que oferece excelentes praias fluviais temporárias, pesca, cachoeiras, destacando-se também grutas de formação calcária, com algumas pinturas rupestres. A presença do casario colonial na cidade pode ser observada na avenida São Francisco e ruas transversais.

Januária, antigo povoado de Brejo do Salgado, com seus três séculos de história, encanta os visitantes e a população local, não só por seus atrativos históricos e culturais, mas também por suas belíssimas e variadas riquezas naturais.

Terra de gente hospitaleira,,já teve grande importância como porto e entreposto comercial nos tempos áureos da navegação a vapor no "Velho Chico".

O município busca o seu desenvolvimento em atividades de prestação de serviços, artesanato, produção da cachaça de alta qualidade, extrativismo de frutos e essências do cerrado, e, principalmente, no incremento de atividades turísticas.


Infra-estrutura

O município de Januária possui 65 bairros divididos em sete zonas: norte, sul, oeste, leste, centro-sul, centro-oeste e centro-norte.

  • 87% das vias da cidade são pavimentadas.
  • 96% das residências são abastecidas pela rede pública de água.
  • 98% das residências são abastecidas pela rede de esgoto.
  • 65% das residências acessam a Internet Banda Larga.
  • 99,97% das casas urbanas são ligadas à rede elétrica da CEMIG.
  • 78,75% das casas rurais são ligadas à rede elétrica da CEMIG.
  • 1 telefone para cada 7,5 habitantes.
  • 2.500 unidades é a frota de veículos.


Brejo do Amparo

Igreja do Rosário

Antigo Brejo do Amparo, foi o núcleo do povoado que deu origem à cidade de Januária. Possui casario colonial e uma jóia do barroco mineiro: a Igreja da Nossa Senhora do Rosário, datada de 1688, construída em um quilombo orientado pelos jesuítas. Este templo foi um dos primeiros construídos em Minas Gerais, e tem proporções médias, sendo que no interior há um coro ao fundo e à esquerda a tribuna, cercada com guarda-corpo, em ripas trabalhadas. O piso é em campas de madeira. A nave possui dois altares, a capela-mor tem o forro pintado com motivos religiosos e altar-mor, de confecção popular; possui vários arcos com colunas torcidas, tendo ao fundo nichos para imagens.

Nos arredores localiza-se a principal zona produtora de cachaça de Januária, a comunidade denominada Sítio. Lá os visitantes tem a oportunidade de conhecer o roteiro dos alambiques e todo o processo de fabricação artesanal da cachaça.

O distrito conta com trilhas e ruas propícias para a prática do ecoturismo, e também com uma belíssima caverna,a Gruta dos Anjos.


Cachaça

Januária é considerada a capital mundial da cachaça a de melhor qualidade do mundo. O segredo está na umidade natural do solo e no clima do distrito de Brejo do Amparo.

O município detém a produção da cana-de-açúcar desde o seu surgimento. São mais de trinta engenhos nas imediações do povoado. Parte da produção da cachaça é exportada para outros estados e para todos os países europeus e asiáticos, dado o alto grau de qualidade da cachaça ali produzida.


Artesanato

O artesanato da região é passado de geração em geração como forma de sobrevivência. De origem indígena, tem características primitivas, conservando sua forma pura. A matéria-prima utilizada é extraída da natureza.

São utilizados barro, fibras vegetais, madeira, flandres ou folha de zinco, couro, algodão.

O artesanato pode ser encontrado na Casa do Artesão, Casa da Memória, Centro de Artesanato e Mercado Municipal.


Culinária

A culinária regional apresenta vários pratos saborosos, como o arroz com pequi, carne de sol, moquecas de surubim, pão de queijo, angu com quiabo, paçoca, papudo, manué, galinha ao molho pardo, feijão tropeiro com torresmo, beiju, rapadura, panelada, picado de arroz, dourado assado, vários pratos feitos com o tradicional surubim do Rio São Francisco, e ainda saborosas frutas do cerrado como umbu, pinha, tamarindo, fruta do conde, coquinho, cagaita, caju, cajuí, maxixe, cabeça-de-nego, buriti, babaçu, fava-d'anta, jenipapo, anajá, banana-caturra, utilizados na produção artesanal de sucos, licores e doces.


Folclore

É bastante expressivo o folclore de Januária, e muitas das expressões folclóricas continuam puras, preservadas de influência externa.


Educação

  • Escolas Estaduais: Bias Fortes; Maria da Abadia; Boa Vista; Caio Martins; Claudemiro Alves Ferreira; Mons. João Florisval Montalvão; Nossa Senhora de Fátima; Olegário Maciel; Pio XII; Princesa Januária; Prof. Onésimo Bastos; Profª. Zina Porto; Simão Viana da Cunha Pereira.
  • Escolas Municipais: Joana Porto; Santa Rita; Segredo; Pré. E. M. Boa Vista; Pré E.M. Joana Porto; Pré E. M. Maternal Dona Judite Jacques.
  • Escolas particulares: Prisma, Instituto Betel de Educação; Colégio Ceiva de Ensino Fundamental e Médio; Creche Servir; Escola Infantil Cantinho do Saber; Instituto Educacional Piagetiano (URIM).


Ensino superior

  • CPDL: Colégio Politécnico Dom Luciano.
  • CEIVA: Centro de Educação Integrada do Vale do São Francisco.
  • UNIMONTES: Universidade Estadual de Minas Gerais, extensão de Montes Claros.
  • IFET: Instituto Federal de Educação Tecnológica.
  • UNOPAR: Universidade do Norte do Paraná.
  • CEFETRE: Centro Federal de Educação Tecnológica e Engenharia.
  • CEFET: Centro Federal de Educação Tecnológica.
  • FUNAM: Fundação Educacional Alto Médio São Francisco.
  • UFNM: Universidade Federal do Norte de Minas.
  • FPPK: Faculdade Particular Presidente Kennedy.
  • FPSA: Faculdade Particular Santo Agostinho.

Série "Cidades do São Francisco" (fonte: Wikipédia)

São Francisco (Minas Gerais)


Município de São Francisco
Fundação5 de novembro de 1877
Gentílicosão-franciscano
Prefeito(a)José Antônio da Rocha Lima (pt)
(20092012)
Localização
Localização de São Francisco
15° 56' 56" S 44° 51' 50" O
Unidade federativa Minas Gerais
MesorregiãoOeste de Minas IBGE/2008
MicrorregiãoJanuária IBGE/2008
Municípios limítrofesUbaí, Pedras de Maria da Cruz,Pintópolis, Luislândia, Icaraí de Minas
Distância até a capital600km quilômetros
Características geográficas
Área3.299,801 km²
População54.846 hab. est. IBGE/2008
Densidade16,8 hab./km²
Altitude695 metros
ClimaTropical
Fuso horárioUTC-3
Indicadores
IDH0,689 médio PNUD/2000
PIBR$ 159.827 mil IBGE/2006
PIB per capitaR$ 2.879,00 IBGE/2006

São Francisco é um município brasileiro situado às margens do rio São Francisco, em Minas Gerais.



História

Fundada entre 1700 e 1702 por Domingos do Prado e Oliveira nasce a Fazenda Pedras de Cima, entre a beleza do rio, das pedras e dos angicos. Batizada por vários nomes como: Pedras de Cima, Pedras dos Angicos, São José das Pedras dos Angicos, São Francisco das Pedras e numa homenagem ao rio foi sacramentado o nome definitivo: São Francisco.

E cada um desses nomes tem a sua história; Pedras de Cima para distinguir do nome dado a Maria da Cruz que era Pedra de Baixo. Com o desaparecimento do proprietário Domingos do Prado e Oliveira, depois da conjuração do São Francisco, a Fazenda Pedras de Cima, tranformada em povoado de Pedras do Angicos. Emancipando da paróquia de Contendas conservou o mesmo nome, depois foi acrescido o nome de São José das Pedras dos Angicos.

Por duas vezes, sendo a última em 1850, foi incorporada ao município de Montes Claros das Formigas. Em 06/11/1866 ocorreu a emancipação eclesiástica da Paróquia de Contendas. Nesta data a Lei Provincial nº 1.356 criava o distrito de Paz com a Paróquia de São José das Contendas. Em 30/03/1871, pela Lei nº 1755, confirmada pela Lei nº 1.996 de 04/11/1873, ocorre a mudança da sede municipal da comarca do Rio São Francisco para o povoado de Pedras dos Angicos. Nesse mesmo ano desencadeia-se uma luta pela emancipação das Pedras havendo um confronto entre os partidos políticos da época: Liberais e Conservadores na Assembléia Provincial pelo mesmo motivo. A causa desse confronto era que o distrito progredia a olhos vistos, superando a sede (São Romão). A mudança da sede municipal concretizou-se em 1874, transferindo-se, também os arquivos, o que provocou a fuga do presidente da Câmara para as Pedras. No dia 12 de Junho do mesmo ano a transferência foi efetivada. Assim ficou instalado o poder executivo nas Pedras dos Angicos, em 12 de Junho de 1876, com os seguinte membros:

- Presidente - Francisco de Paula Souza Bretas - Vereadores - Justino Nunes de Macedo; Melquíades José Gomes; João Quirino da Cunha; João Antônio Magalhães; Joaquim Gomes de Abreu

O primeiro Juiz de direito foi o Dr. Francisco Manoel Paraíso Cavalcante. Em 1876, realizou-se o 1º pleito municipal da nova unidade administrativa, ficando assim construída a mesa diretora da Câmara, para o quatriênio a começar de 1877. - Presidente - Francisco de Paula Souza Bretas - Vice-presidente - João Rodrigues Néri Gangana - Vereadores - Melquíades José Gomes, Emídio Gonçalves Pereira, Valentim Ernesto da Mota e Jacinto José Gomes.

No decorrer de 1877, em outubro, por proposta do Deputado Eufrosino eleva a vila à categoria de Cidade com a denominação de Cidade Evangelina. Na mesma sessão o Deputado Taioba Júnior, apresenta a emenda de nº 7, propondo a mudança de Cidade Evangelina para São Francisco das Pedras. Em 25 de Outubro o projeto foi aprovado com a simplificação de Cidade de São Francisco. Em 1877, no dia 5 de novembro, pela Lei nº 2.416, recebeu o nome de São Francisco, deixava, assim a categoria de vila e era a mais nova e bela cidade ribeirinha.

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