A Arte está presente em toda a extensão do rio São Francisco, seja pelos trabalhos em argila, pedra, tecido e madeira, seja nas esculturas, pinturas e monumentos naturais produzidos pelas intempéries. Nesta coleção procurei retratar algumas dessas belezas peculiares do Velho Chico.
sábado, 21 de agosto de 2010
Arte Popular e Arte Natural no Velho Chico
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Igrejas do Velho Chico
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Quem se importa com o destino desse rio?
Se a bola da vez é a Saúde porque a Globo assim "interpretou" a maior preocupação dos brasileiros, com a nítida intenção de conceder o mote a José Serra, que se considera "o melhor Ministro da Saúde da História desse país" (já ouviram algo semelhante? "Nunca na História desse País..."), quem se importará com o destino de nossos rios? Quem se importará com o São Francisco, com seus mais de 150 afluentes, com seus 15 milhões de habitantes? Onde estão os Planos de Revitalização e uso sustentável de nosso Velho Chico?
Se nós que temos todo interesse em sua preservação nada fazemos, quem fará? Quem cobrará dos presidenciáveis, dos deputados, senadores, governadores as políticas públicas direcionadas ao Meio Ambiente na imensa Bacia do São Francisco e no Semiárido? Onde estão as ONG´s neste momento crucial da vida da Nação brasileira, que não reivindicam nada para a continuidade de nossos recursos naturais renováveis? Sim, eu disse RENOVÁVEIS, mas até quando? Se tudo continuar como está, nada se renovará no futuro!
QUEM SE IMPORTA COM O DESTINO DESSE RIO?
Já se passou um ano desde que percorri o São Francisco da nascente à foz, ouvindo e retratando as dramáticas realidades desse rio; no entanto, nada mudou. Nem mudará, pois a preocupação dos brasileiros é com seu quinhão nos resultados das eleições. Há quem vote em Dilma porque provavelmente ela prosseguirá em sua política protecionista e paternalista com relação a servidores públicos, a sindicatos e a movimentos sociais. Mas não é assim que se escolhe o mandatário maior dessa nação gigantesca! E as políticas públicas?
As eleições chegarão e não importa quem vença, pois nenhuma proposta verdadeiramente revolucionária se apresenta aos eleitores. Da mesma forma, a sociedade organizada em sindicatos, associações, movimentos sociais pede muito pouco: eles apenas querem verbas! Mas dinheiro sem planos consistentes não representa uma solução. Exemplo disso é a Saúde e a Educação que recebem juntas quase a metade do orçamento da União e não evoluem como deveriam. E isso só ocorre porque as desigualdades sociais nesse país de latifundiários e milionários (que só representam 2% da população) não têm sido tratadas de forma consistente por ninguém que ocupou o Palácio do Planalto ao longo de nossa História.
Assim, o Velho Chico continuará a definhar, a perder suas matas e seus animais, a ser imundecido pela poluição de esgotos domésticos, a ser envenenado por agrotóxicos e resíduos industriais, a ser sugado para outras terras por obras majestosas e de pouco significado para a população ribeirinha, a ser assoreado pelas terras arrancadas dos barrancos... o Velho Chico continuará esquecido, "na fila do SUS", como diz Frei Luiz Cappio.
Enquanto isso, muitos milhares sonham com um cargo público de deputado, senador, governador ou presidente, sem mesmo saber o que fará quando empossado, a não ser continuar com as mesmas práticas de corrupção e mau uso do dinheiro público. Passaremos mais quatro anos sem perspectivas renovadoras porque NÓS não renovamos nossos políticos!
terça-feira, 10 de agosto de 2010
HOMENAGEM A MARILENE
segunda-feira, 19 de julho de 2010
LANÇAMENTO DE MEU LIVRO "VIRTUAL"
domingo, 18 de julho de 2010
As mentiras de Aldo Rebelo e da Bancada Ruralista
A afirmação de que a maioria dos agricultores brasileiros vive na ilegalidade por cometer crimes ambientais é verdadeira. No entanto, ela contém duas mentiras: a primeira é que o Código Florestal precisaria ser modificado para tirar esses lavradores da ilegalidade. O que se precisa é exigir o respeito às leis desse país. De que adianta ter uma legislação ambiental se ninguém a cumpre? Hoje, áreas de preservação permanente como mangues, topos e encostas de morros, margens de rios, veredas, entre outras são devastadas sem que nada aconteça aos proprietários dessas terras. Até mesmo áreas de afloramento do lençol freático são contaminadas por agricultores e indústrias poluentes impunemente.
O Código Florestal, bem como toda a legislação ambiental complementar precisam ser respeitados. Estudos de Impacto Ambiental precisam ser feitos antes de se agredir o meio ambiente com obras irregulares, ocupações de APPs e uso indiscriminado de agrotóxicos.
A segunda mentira é que essa modificação proposta para o Código Florestal não visa colocar na legalidade os pequenos produtores rurais, que muitas vezes nem sabem que estão na ilegalidade, mas sim isentar de punição os grandes latifundiários desse país, que muitas vezes tomaram posse de terras de forma irregular, invadiram áreas de preservação permanente, derrubaram ou incendiaram a mata nativa que deveria ser preservada, criaram gado e plantaram soja até a terra se tornar improdutiva e depois a abandonaram impunemente.
Esses magnatas descarados não assumem sua responsabilidade pela preservação do meio ambiente e ainda têm a cara de pau de dizer que a responsabilidade pela recuperação das terras devastadas por eles é tão e exclusivamente do governo federal. Como é possível?
E o senhor Aldo Rebelo, que traiu seus companheiros comunistas, tornou-se arauto dessa tropa de choque do Congresso Nacional e aderiu aos argumentos da famigerada bancada ruralista, defendendo a destruição de nossas matas, florestas, montanhas e rios em uma única "reforma", que nada mais é do que uma aberração jurídica e uma ofensa à nossa inteligência!
Debate sobre novo Código Florestal ocorre sob tensão
Série "Encontros 'Estadão' & Cultura" reuniu o deputado ruralista Aldo Rebelo e membros das ONGs Greenpeace e Amigos da Terra
17 de julho de 2010 | 0h 00
(Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo)Sob manifestações calorosas tanto de ambientalistas quanto de pessoas ligadas ao agronegócio, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) voltou a defender ontem, em São Paulo, seu relatório que propõe mudanças no Código Florestal. O texto, aprovado na semana passada por comissão especial da Câmara dos Deputados, livra 90% dos proprietários de terra no País da exigência de recuperar a vegetação nativa em seus imóveis e reduz a área de preservação nas margens de rios, entre outros pontos.
Rebelo participou do terceiro debate da série "Encontros Estadão & Cultura" ao lado de Sérgio Leitão, representante da ONG Greenpeace, e de Roberto Smeraldi, da Amigos da Terra. As outras discussões foram sobre Comportamento Verde - A Etiqueta do Século 21 e Lixo - Nova Legislação e Coleta Seletiva.
Antes mesmo do início das discussões, o clima era tenso. "A sociedade não foi ouvida sobre as mudanças", gritaram manifestantes quando Rebelo subiu ao palco. O evento foi interrompido várias vezes por pessoas que chegaram a dar um "cartão vermelho" a Rebelo e abrir cartazes com dizeres contra as alterações no código. Houve também manifestações de apoio à reforma.
"A lei florestal é de 1965 e colocou na ilegalidade 90% dos produtores de arroz no Sul do País e também os produtores de banana do Vale do Ribeira, em São Paulo. O que propomos é uma legislação que coloque o pequeno produtor na lei", disse Aldo.
O representante do Greenpeace, Sérgio Leitão, contestou Rebelo. "Os verdadeiros interessados na reforma são as multinacionais do agronegócio. O pequeno produtor não aprova as mudanças. Nem as universidades, que sequer foram ouvidas", disse.
Para Smeraldi, diretor da Amigos da Terra, o ideal é que o debate seja feito após o período eleitoral. "O primeiro semestre de 2011 será o momento oportuno para retomarmos essa discussão, que precisa ser feita com toda a sociedade", disse.
Repercussão. Em artigo publicado na seção de cartas da revista Science, seis pesquisadores ligados a universidades brasileiras e americanas criticaram a proposta. "Se o novo código for aprovado, as emissões de dióxido de carbono do Brasil aumentarão substancialmente, contrariando o compromisso assumido em Copenhague", diz o texto, assinado por pesquisadores como Jean Paul Metzger, Thomas Lewinsohn e Carlos Joly.
Nostalgia
Talvez eu nunca mais possa voltar ao meu velho chico, nem superar a saudade que me bate forte no peito, cala minh'alma, silencia meus pensamentos... mas ele permanece sempre dentro de mim, com sua presença mágica e encantadora, trazendo-me à lembrança sua gente simples, as cores de seu por-do-sol incomparável, os mistérios que se ocultavam em cada curva, esperando-me por desvendá-los, aguardando o instante também mágico desse nosso encontro casual e fantástico. O velho chico está dentro de mim.
Às vezes, em meus sonhos, surgem essas imagens e eu os confundo com a realidade que não mais existe, ao menos para mim. E também assim, eu me sinto só. Mas é uma solidão suave, desejada, experimentada, que me envolve e alimenta minha inspiração, pois sei que lá existem as lendas dos homens e dos animais; sim, pois elas também se confundem, entrelaçadas nas circunstâncias que as geraram, acasos fortuitos, coincidências, diriam os céticos.
Não são coincidências. Quem poderá contestá-las diante da verossimilhança do caboclo que a imaginou, não a inventou, mas supôs sua existência diante de algum fato ou ilusão inexplicável... muitas são as coisas inexplicáveis, nos limites da compreensão humana. Os homens preferem, muitas vezes, atribuí-las ao medo, à ignorância, à fantasia da criança que sempre vive em nós. Mas os mistérios, aqueles de Shakespeare e de todos nós, muito além do que "supõe a nossa vã filosofia", permanecerão para sempre no coração do cético e do mais fervoroso devoto de uma religião qualquer; pois, no fundo, não há sabedoria que espante a crença e a fé, sentimentos ancestrais que nos entorpecem a compreensão e a inteligência.
E volto ao meu rio, agora apenas um rio de lembranças, testemunhos de um passado recente que teima em não me abandonar, porque eu não quero, não posso, e não sei o que faria se isso acontecesse. Esse rio mudou a minha vida de tal sorte que já não me reconheço ao espelho, já não me compreendo nas palavras que escrevo, já não me identifico com a realidade que me circunda e oprime. Talvez por isso eu também não me faça compreender...
Por isso, minhas palavras são para mim mesmo, monólogos silenciosos na intenção oculta de me preservar, de conservar a sanidade que se afugenta de mim. O mundo me parece errado; as pessoas, fúteis; as amizades supérfluas; os sentimentos, tênues e efêmeros. Não sou mais "eu" e, contudo, sinto-me sólido e consistente em meus argumentos e palavras.
Se sigo outros caminhos é porque assim compreendo a vida, instável, suspensa no ar, transitória em sua eternidade incompreensível e sublime. Se me compreendem, não importa, pois deixarei meus traços nesse imenso universo humano, até que tudo se acabe e um novo ciclo de vida recomece em qualquer outra parte da imensidão do cosmos.
sábado, 17 de julho de 2010
Lula não Leu!
João Carlos Figueiredo Leiam meu livro pela internet, enquanto não sai a versão impressa!
Depoimento de Manoel Bibiano, prefeito de Iguatama, MG
Charge na "Gazzeta do São Francisco"
Depoimento de Roberto Rocha, Lagoa da Prata, MG
Localidades Ribeirinhas
Vargem Bonita / MG | Ibotirama / BA |
Hidrelétrica de Três Marias / MG | Morpará / BA |
Pirapora / MG | Barra / BA |
Ibiaí / MG | Xique-Xique / BA |
Cachoeira do Manteiga / MG | Remanso / BA |
Ponto Chique / MG | Santo Sé / BA |
São Romão / MG | Sobradinho / BA |
São Francisco / MG | Juazeiro / BA |
Pedras de Maria da Cruz / MG | Petrolina / PE |
Januária / MG | Cabrobó / PE |
Itacarambi / MG | Hidrelétrica de Itaparica - PE / BA |
Matias Cardoso / MG | Hidrelétrica de Paulo Afonso / BA |
Manga / MG | Canindé de São Francisco / SE |
Malhada / BA | Hidrelétrica de Xingó - AL / SE |
Carinhanha / BA | Propriá / SE |
Bom Jesus da Lapa / BA | Penedo / AL |
Paratinga / BA | Piaçabuçu / AL |
Depoimento de Dom Frei Luiz Cappio, Bispo de Barra, BA
Principais Afluentes
Rio Abaeté | Rio Pandeira |
Rio Borrachudo | Rio Pará |
Rio Carinhanha | Rio Paracatu |
Rio Corrente | Rio Paramirim |
Rio das Velhas | Rio Paraopeba |
Rio Grande | Rio Pardo |
Rio Indaiá | Rio São Pedro |
Rio Jacaré | Rio Urucuia |
Rio Pajeú | Rio Verde Grande |
Entrevista à TV Sergipe, Aracaju
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