Paratinga é um município brasileiro do estado da Bahia.
Era a maior cidade de sua micro região; suas terras se estendiam por onde hoje é Bom Jesus da Lapa, Ibotirama, Macaúbas, dentre outras 17 cidades do oeste baiano que já fizeram parte de sua composição. Cidade de história e cultura muito rica, até hoje preservam-se casas com características barrocas. Sua população em 2004 era de 29.474 habitantes, estimada hoje em 30.230. A caatinga é a vegetação predominante. Paratinga tem pontos turísticos lindíssimos, como por exemplo, as Águas Termais do Paulista e do Brejo da Moças, com piscinas naturais de água termo-mineral, além da Gruta da Lapinha, com desenhos rupestres ainda conservados, com potencial turístico a ser explorado. Possui a maior ilha fluvial do Rio São Francisco, denominada de Ilha de Paratinga. O município é banhado pelo Velho Chico e em toda sua extensão possui belas praias e recantos ribeirinhos com um grande potencial para a prática da pesca esportiva, o que tem atraido muitos visitantes até de outros Estados da Federação.
História
Em 1.746, uma fazenda de gado denominada Santo Antônio do Urubu de Cima foi promovida à categoria de Vila. Em 2 de maio de 1835 foi criada a Comarca do Urubu com objetivo de levar o poder do governo imperial à região. Em 25 de junho de 1897 é elevada à categoria de cidade, com o nome de Cidade do Urubu. Em 29 de maio de 1943 o nome do município é alterado para Rio Branco. Em 31 de dezembro de 1943 o nome da cidade sofre nova alteração passando a se chamar Paratinga, rio branco na língua tupi-guarani.
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Histórias à parte, cheguei a Paratinga no dia 26 de outubro, uma segunda-feira, e já me surpreendi com o grande banco de areias que assoreia a entrada da cidade. Esse problema é uma constante em todo o médio São Francisco, mas sempre nos incomoda, pela gravidade da situação.
Paratinga tem uma bela igreja, ornamentada por santos barrocos e um adro de madeira com pintura do final do século XIX. A igreja está bem conservada e preserva púlpitos de madeira trabalhados em ouro, altares ornamentados com imagens religiosas de elevado valor artístico e portas de madeira maciça originais. Vale a pena conhecer!
A hospitalidade desse povo bahiano é uma constante em todas as cidades que visitamos. Comida caseira, sempre com o tradicional arroz, feijão, abóbora e farinha de mandioca, e uma pimentinha que os bahianos nos alertam: `cuidado com ela`!
Já passei dos 1350 km percorridos e sigo adiante em direção ao submédio... minha experiência pelo meu Velho Chico é cada dia mais excitante, seja pela atenção que recebo das pessoas, seja pela beleza das paisagens.
Mas o que me impressiona realmente é a cultura do povo ribeirinho! É preciso conservar esses aspectos tradicionais do povo brasileiro, que as novelas apagaram, ou transformaram em folclore, mas que permanecem vivos nas pessoas simples do interior. É uma viagem pelo tempo, reminiscências de minha infância no interior paulista, na cidade de Dracena, quando essas mesmas paisagens ainda faziam parte de meu cotidiano.
Os grandes centros urbanos apagaram definitivamente essas memórias, mas aqui elas permanecem vivas e fecundas, como a verdadeira alma brasileira!