quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Microprojetos Rio São Francisco


O programa Microprojetos Rio São Francisco será lançado nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, às 19h, no salão nobre do Palácio da Aclamação, em Salvador. A ação é voltada a jovens de 17 a 29 anos de 504 municípios que compõem a Bacia do Rio São Francisco, nos estados da Bahia, Alagoas, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe e no Distrito Federal. Para cada um dos 1.050 projetos selecionados, será repassado o valor de R$ 15 mil. Só na Bahia são 115 os municípios que poderão ser contemplados.
O lançamento nacional do edital ocorreu em novembro do ano passado e as inscrições serão prorrogadas até março deste ano. Podem concorrer pessoas físicas e jurídicas (sem fins lucrativos) que desenvolvam projetos de artes visuais, circo, dança, teatro, música, literatura, audiovisual, artes e expressões populares e moda. As inscrições podem ser feitas no site da Funarte .
O programa tem como objetivo fomentar e incentivar artistas, produtores, grupos, projetos e expressões artísticas e culturais. Estarão presentes na solenidade o presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Antonio Grassi, o secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim, prefeitos, autoridades da região e representantes da classe artística.
Revitalização
A iniciativa da Funarte/MinC é uma das ações resultantes da Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, Codefasf e Ministério da Integração Nacional. O projeto é a continuidade do programa Mais Cultura, que também já abriu editais de estímulo às artes nas regiões do Semiárido e da Amazônia Legal.
Para orientar artistas e gestores culturais, estão previstas oficinas de qualificação, ministradas em municípios-pólo, em todos os estados que fazem parte da Bacia do Rio São Francisco.
As oficinas de capacitação dos produtores culturais estão sendo ministradas pela superintendente regional da Funarte Minas Gerais, Mirian Lott. Já foram realizadas nos municípios de Maceió e Arapiraca, no estado de Alagoas, e as próximas serão no norte de Minas Gerais, nas cidades de Buritizeiro (31/01), Pirapora (01/02), São Francisco (02/02), Januária (03/02) e Manga (04/02). Em Três Marias, a oficina aconteceu nesta segunda-feira, 30. A população dessas localidades está sendo convocada pelas secretarias municipais de cultura, que estão trabalhando em parceria com a Funarte/MinC.
Microprojetos
Esta é a quarta região brasileira a ser beneficiada com os editais microprojetos. Antes da bacia do Rio São Francisco, os municípios que compõem a Amazônia legal, o Semiárido Nordestino e as comunidades que se enquadram como Territórios da Paz já haviam sido alvos de ações de apoio e financiamento de propostas culturais. Ao todo, já foram selecionados e apoiados mais de quatro mil projetos.
Desenvolvido pelo Ministério da Cultura, o Programa Mais Cultura busca ampliar o acesso aos bens e serviços culturais, promovendo a autoestima, o sentimento de pertencimento, a cidadania, o protagonismo social e a diversidade cultural.
A ação de Microprojetos Mais Cultura, como parte do eixo Cultura e Economia, visa aumentar o dinamismo econômico de comunidades e municípios por meio de concessão de apoio financeiro a pequenos projetos de artistas, grupos independentes e produtores culturais.
Fonte: Ascom/MinC

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Os Ciclos da Vida

Percebemos nossa existência pelas passagens da Terra em sua rota infinita na elipse ao redor do Sol. É estranho dizer, mas sempre foi assim, desde a remota antiguidade. Todas as civilizações que por aqui passaram e tiveram seu apogeu e sua glória, marcaram sua presença pelos Ciclos da Vida. Para nós, seres humanos, reles mortais, não é diferente, e a cada novo ciclo que se inicia, renovamos nossos compromissos com ideais, sonhos, desejos...

Hoje completo 62 anos de existência... e faço uma breve retrospectiva do que fiz ou deixei de fazer... não há como nos arrepender do passado, nem mesmo lamentar; fizemos o que foi possível, o que nos pareceu justo e correto, a melhor opção diante de cada instante de nossas vidas, de acordo com nossa sempre limitada consciência. E fizemos bem, se não nos desviamos de nossos principios!

Tive uma infância privilegiada, em uma pequenina cidade do interior. Brinquei como todas crianças brincavam; fiz amizades que ficaram no passado... e cresci; tive uma adolescência atribulada, como foi a vida naquele momento difícil de nossa história; mas o sofrimento de ter a liberdade cerceada me permitiu ver o mundo com os olhos políticos que todos temos; tive o privilégio de conhecer pessoas brilhantes e batalhadoras, que não limitavam sua ação pelo medo da tortura.

Tive muitas oportunidades de estudar; fiz engenharia, letras, administração, história e logística; mas não terminei nenhuma faculdade; poderia dizer que o destino não quis, mas não foi assim: abandonei cada curso por decisão própria, algumas por desencanto, outras por necessidades do momento, mas sempre fui eu quem decidiu, e não me arrependo.

Segui minha carreira ao escolher, em uma encruzilhada, um dos caminhos que se mostravam à minha frente; trabalhei muito, durante anos, e me aposentei em 2007; pratiquei inúmeras atividades na Natureza e aprendi a amá-la acima de tudo, até mesmo dos homens, que lhe faltam sempre ao respeito; hoje sou um ambientalista, um ativista em defesa do Meio Ambiente.

Também optei por defender as minorias e me tornei indigenista; trabalhei na Amazônia e percebi que a realidade não é tão simples quanto nos parece, e que as lideranças desses povos humildes não são assim tão humildes, e defendem interesses próprios em detrimento de seu próprio povo, algo assim como nossos políticos, corruptos e desonestos...

Mas assim é a vida... meu pai me dizia que trilhar o caminho do bem não é fácil, pois não há reconhecimento; e mesmo quando optamos por preservar nossos princípios, somos desprezados pela sociedade, que prefere fechar seus próprios olhos e admitir que não tem remédio! Mas temos um compromisso com nossos descendentes, e esse compromisso é inadiável, inarredável, e deverá ser defendido intransigentemente, a despeito de nossos próprios interesses pessoais. Só assim consigo perceber minha missão aqui na Terra.

Hoje se incia um novo ciclo para mim, e novos desafios se apresentam. Começarei uma nova faculdade, de Fotografia, e estou me planejando para um projeto audacioso, ao menos para mim: escalar o pico do Aconcágua até 2015, pela Face Sul, a mais fácil e menos perigosa; mas para mim será um extremo desafio e um motivo a mais para perseverar em meu caminho. Sei que contarei com o apoio de minha família e de meus amigos...

Um grande abraço a todos que se lembraram de mim nesse dia!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cidade submersa que deu lugar à hidrelétrica será aberta para visitação

Uma viagem em busca do passado. Navegamos onde havia uma estrada. O destino era Petrolândia, uma das cidades inundadas na formação do Lago de Itaparica, a 470 quilômetros do Recife. A igreja, onde entramos de barco, é o marco que restou. 

A antiga Petrolândia era assim: havia duas igrejas. Uma delas ficava no ponto central da cidade. “Tenho muita saudade, muita lembrança. Quando a gente é jovem, marca muito”, lembra a aposentada Isabel Ferraz. 

A igreja matriz da velha Petrolândia não resistiu ao tempo. Suas paredes ruíram e estão completamente destroçadas, no fundo do Lago de Itaparica. Mas a Igreja do Sagrado Coração de Jesus está resistindo há 23 anos. A profundidade é de 13 metros. O Fantástico entra na igreja mergulhando. 

“Na frente vamos ter uma grande escadaria, que leva para o interior da igreja. Dentro da igreja tem grandes janelas que iluminam o salão da igreja”, conta o engenheiro de pesca Bruno Gonçalves. 

A visibilidade é de, aproximadamente, oito metros. A escadaria que dá acesso à igreja está coberta por uma camada de lama. O templo está vazio. Todos os bancos foram retirados antes da enchente. 

Na parede, está o nicho onde ficava a imagem do Coração de Jesus. Os janelões, que eram decorados por vitrais, estão abertos. 

Chegamos ao local do altar-mor, que fica bem à frente. Nele, está a cruz de pedras, incrustada na parede central, com a pequena plataforma, que era base de apoio da imagem de Jesus Cristo. É o que resta do recinto sagrado. Tem até um cari, peixinho da família dos bagres, grudado na cruz. 

Quem vê as imagens do templo submerso não tem ideia do drama da população da velha Petrolândia. Quando a água começou a invadir a cidade e as áreas rurais, alguns moradores se recusavam a deixar suas casas. 

A dona de um restaurante, Jacira Neguinha, foi uma das últimas moradoras a sair. “Da minha parte, eu achava melhor a cidade antiga. Era pequenininha e tudo, mas era gostosa de ver. A gente andava para todo lugar”, conta. Jacira também elogia a nova cidade. “Aqui é bom também. Aumentou muito. A cidade ficou bem maior. Dá umas quatro vezes ou mais da de lá”, compara. 

Com a construção da barragem e a criação do lago, as cachoeiras do Rio São Francisco desapareceram. Em um trecho, o rio deixou de existir. Algumas espécies de peixes também foram extintas. 

“Lá nós contávamos cardumes de 50 a 100 surubins, de 20, 30, 40 e até 50 quilos”, lembra o pescador Boca Mole. Hoje, o lago abriga uma criação de tilápias. Ao todo, 60 tanques produzem 20 toneladas de peixes por mês. 

Bombeiros estão mapeando as ruínas da cidade submersa. Eles querem criar aqui um novo ponto de mergulho para turistas que gostam de aventura. 
Muitos destroços embaixo, com paredes caídas, casas destruídas e um amontoado de escombros. Mas conseguimos chegar à Charqueada, uma antiga fábrica de doces e o maior prédio da antiga cidade. Uma escada leva ao primeiro andar. Em uma sala, há um intruso: o tucunaré, peixe tradicional da Região Amazônica, que foi introduzido no Lago de Itaparica. 

Embaixo dos tijolos, há um bagre mandi. O próximo passo do mapeamento é localizar a velha estação ferroviária: um tesouro do inicio do século passado. Além das ruínas, 22 anos depois da construção da barragem, só restou saudades. 

“A gente lembra aquelas músicas, aqueles lugares aonde a gente se encontrava”, conta dona Isabel Ferraz. 

“Eu tenho saudade da cachoeira, onde eu nasci”, lembra o pescador Boca Mole. 

Para matar a saudade, uma opção é curtir a beleza do pôr do sol diante do Lago de Itaparica. Pelo menos, um espetáculo da natureza que não pode ser alterado pelo homem.


Fonte: Fantástico - Rede Globo

Desmatamento impede navegação no Velho Chico, maior hidrovia do país

O rio São Francisco ou “Velho Chico” como é carinhosamente chamado pelos habitantes das regiões que ele atravessa, como Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, seja pelo seu curso natural ou através de seus afluentes, é tão importante que já foi tema de filme (Espelho D´água, Uma viagem no rio São Francisco) e inspirou letras de músicas como “O Ciúme”, sucesso na voz de Caetano Veloso.


Globo Ecologia: rio São Francisco (Foto: Reprodução de TV)
Rio São Francisco (Foto: Reprodução de TV)
Um dos maiores cursos d’água do Brasil e da América do Sul, ele possui 2.830 km de extensão. Durante muito tempo, acreditou-se que a sua nascente era na Serra da Canastra. Mas há pouco tempo estudos definiram como a real nascente geográfico do Velho Chico no município de Medeiros, também em Minas Gerais. De lá ele segue para o Norte, atravessando o estado da Bahia, depois vira para nordeste no município de Sobradinho, fazendo a divisa com Pernambuco. Virando para Leste, em Cabrobó, constitui a divisa natural entre Sergipe e Alagoas, desaguando no Oceano Atlântico.
Globo Ecologia: Rio São Francisco (Foto: Divulgação)
Professor Zuza (Foto: Divulgação)
Essa extensão permite uma vasta navegação, que no passado deu ao Velho Chico o título de “rio da integração nacional”. Mas isso não acontece mais. Em Pirapora, município mineiro, o cais virou um cemitério de embarcações. Os barcos, a vapor, como Saldanha Marinho, monumento na praça de Juazeiro, também estão parados na Bahia. À época, eram tão grandes as embarcações, que a ponte que liga Juazeiro a Petrolina precisava ser suspensa. O desmatamento nas áreas de nascente no rio ocasionou o seu assoreamento. A areia é carregada pelo próprio rio devido à falta de vegetação nas margens do Velho Chico. Sem mata ciliar, a terra é arrastada com facilidade. Assim, a vegetação cresceu por cima das águas, impedindo a navegação de grandes embarcações. Atualmente só restam as pequenas canoas que servem para transportar os moradores de uma margem à outra do rio.
Globo Ecologia: Rio São Francisco (Foto: Divulgação)
Estátua do negrinho do Rio, às margens do 
Rio São Francisco (Foto: Divulgação)
Segundo José Camelo Vieira Filho, o professor Zuza, pós-doutor em Políticas Públicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que se deteve durante quatro anos a estudar as questões econômicas, políticas e sociais que envolvem o Velho Chico e o vale que o cerca, conta que a navegação era a principal via de comunicação pelo interior das regiões:
“Ela permitiu a ocupação das fazendas de gado e o controle de território tanto para leste, quanto para oeste. Isso ocorreu na época do período colonial e em parte da República. O rio representa um canal natural sempre importante para a estratégia de ocupação”, explica.
Para Zuza, os grandes latifúndios e os pequenos minifúndios foram responsáveis pelo atraso econômico e social do Vale do São Francisco. A economia, até a primeira metade do século 20, era baseada na pecuária extensiva e na agricultura de subsistência. Depois, a água se tornou a mais importante matéria-prima da região, servindo para abastecer a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) criada em 1945. Atualmente, em Juazeiro e Petrolina, por exemplo, existe a produção de frutas, como a uva, utilizada na fabricação de espumantes.
Os problemas econômicos, políticos e sociais decorrentes da diminuição das águas, em virtude do assoreamento serão muitos, segundo o professor. Ele, que fez uma simulação para daqui a 25 anos, afirma que atualmente o São Francisco produz 10% da energia hidráulica do Brasil e que, no futuro, a falta desta energia poderá provocar um estrago irreparável.

CUIDADO COM AS MENTIRAS ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !


Não confundam Transposição com REVITALIZAÇÃO! A transposição caminha no sentido inverso da REVITALIZAÇÃO; enquanto a transposição "rouba" águas do Rio São Francisco para enviá-la a outras bacias hidrográficas do Nordeste, a REVITALIZAÇÃO deveria recuperar o volume do rio através de ações de reflorestamento de matas ciliares, desassoreamento de seu leito, canalização e tratamento de esgotos antes de serem jogados nos rios, conscientização ambiental nas escolas para que os futuros adultos saibam respeitar a Natureza, controle e erradicação da pesca predatória, redução drástica do uso de agrotóxicos em lavouras e pastos que ficam à beira dos rios, repeixamento de afluentes e lagoas de reprodução e obras de contenção de barrancos através do plantio de espécies nativas e outras ações pensadas para a proteção dos mananciais. A transposição é uma obra perversa, tanto para o  VELHO CHICO, como para as populações que vivem de suas águas, como também para as populações que vivem em áreas próximas dos seus canais: ao contrário do que diz a propaganda enganosa do governo, essas águas não servirão às populações que dependem de carros-pipa para sobrevivência de sua família; elas são destinadas a indústrias, grandes latifúndios e grandes açudes; apenas 2% de suas águas serão destinadas ao consumo doméstico! Leiam com atenção e espírito crítico a "reportagem" abaixo. 
Os grifos em vermelho no texto abaixo são meus e objetivam alertá-los para essas mentiras mal intencionadas.
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Mauriti-CE: Paralisação das obras de "revitalização" do Rio São Francisco preocupa trabalhadores

As obras do “Projeto de Integração do Rio São Francisco em Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional”, no trecho localizado na cidade de Mauriti paralisaram. O eixo norte deveria captar a água de Cabrobó (PE), "beneficiando milhões de cearenses".
Cerca de 700 pessoas que trabalhavam no eixo norte da Transposição, entre os municípios de Brejo Santo, Mauriti, Missão Velha e Jatí, estão desesperadas com a possibilidade de desemprego.
Lideranças políticas do município lamentam o retrocesso que essa paralisação causará a economia local. Segundo informações a obra foi interrompida, pelo Governo Federal, por representar um investimento insustentável, uma vez que ocorre simultaneamente as obras para a Copa de 2014.
A "revitalização do Rio São Francisco" é um empreendimento orçado em R$ 7 bilhões, sob a responsabilidade do Ministério da Integração, que irá irrigar a região nordeste. A previsão é que o sistema de transposição esteja em plena operação daqui a mais ou menos 15 anos.
Por  Amaury Alencar

domingo, 29 de janeiro de 2012

Maria Fumaça é personagem da comemoração dos 126 anos de Piranhas, AL

Banhada pelo Rio São Francisco, visitada pelo imperador Dom Pedro II e que faz parte da história do Cangaço, a cidade Piranhas, distante 269 km de Maceió, ganhou um novo atrativo histórico. O salto ao passado foi proporcionado com a aquisição de uma Maria Fumaça, fabricada na Alemanha em 1929, para ser utilizada no transporte da cana-de-açúcar em uma usina de Alagoas. 

A máquina, que estava parada há pelo menos quatro décadas, foi restaurada por um suíço, ex-funcionário da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). E foi cedida para a Prefeitura de Piranhas em regime de comodato pela CBTU. 

“É um processo de desmonte total, porque ela estava muito abandonada. Nós desmontamos ela toda, recompusemos todas as peças e montamos de novo; e o que não pode ser aproveitado fizemos de novo”, disse Werner Ernst Frei, o restaurador da Maria Fumaça.

Os mais velhos ficaram surpresos: “Chego e encontro uma maravilha dessa”, declarou o aposentado Aloísio Rodrigues. 

A nostalgia também tomou conta dos parentes de ex-funcionários da Estação Ferroviária de Piranhas: “Meu pai era ferroviário daqui de Piranhas. Muita emoção ver funcionando novamente”, falou a dona de casa Maria de Fátima Ferreira.

As crianças ficaram admiradas com a novidade até então vista somente em filmes. O momento festivo foi comemorado com música. 

A ideia é fazer com que em breve a viagem no tempo seja mais completa. É que, além de ver, as pessoas poderão passear na Maria Fumaça; mas isso só será possível após a conclusão do projeto de restauração da linha férrea de Piranhas. A previsão é que isto aconteça ainda este ano. Após a conclusão das obras de restauração, as pessoas poderão percorrer um trajeto de 12,5 Km a bordo da velha Maria Fumaça, de Piranhas à Hidrelétrica de Xingó, bem na divisa com o estado de Sergipe. 

Os recursos para as obras e a restauração da linha férrea vêm do Ministério do Turismo. O objetivo é atrair mais visitantes para a região.

“Assim que passar o carnaval essas obras terão início. Já é garantido esse recurso de R$ 2 milhões. E nós teremos uma proposta de conseguir mais R$ 10 milhões, que é o custo total da obra”, explicou o secretário de Cultura e Turismo de Piranhas, Cláudio Pereira

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Povo Xakriabá tem a posse de mais três fazendas reconhecida pela justiça federal

Fonte: Helen Santa Rosa, assessoria de comunicação do CAA-NM (Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas)
Após 6 anos de espera, pressões e ameaças, o Povo Indígena Xakriabá recebeu parecer da Justiça Federal que sinaliza a devolução de parte do território para a Comunidade Indígena de Morro Vermelho, no município São João das Missões, norte de Minas Gerais.

O Juiz João Miguel Coelho dos Anjos, da 1ª Vara da Subseção Judiciária de Montes Claros julgou no dia 23 de janeiro deste ano procedente a ação ajuizada pela Comunidade Indígena de Morro Vermelho, Nação Xakriabá, município de São João das Missões contra os fazendeiros. Cerca de 50 famílias, lideradas pelo Cacique Santo Caetano, retomaram em 2006 às fazendas São Bento, Catito e Boqueirão, que somam 514 hectares.
A ação foi patrocinada pelos advogados André Alves de Souza e Marcos Antônio de Souza, da equipe de Assessoria Jurídica do CAA-NM, e por Valdir Farias Mesquita, da assessoria jurídica do CIMI. As famílias indígenas viviam desaldeiadas, de forma precária, na periferia de São João das Missões e Itacarambi, sem moradia digna e alimentação adequada, porque grande parte de suas terras foram invadidas por fazendeiros da região. Nas áreas retomadas, as famílias plantaram suas roças e construíram suas casas. A situação, porém, tornou-se conflituosa, e os xakriabá começaram a receber ameaças e pressões. 
Acolhendo os argumentos da Comunidade Indígena, em sua brilhante decisão, o Magistrado afirma que “a presença da comunidade indígena Xakriabá na região do Município de São João das Missões é notória e independe de prova, mormente porque lá já houve a demarcação de duas terras indígenas”. Citando o antropólogo Jorge Luiz de Paula, o Juiz Federal frisa que ”em 1728, Januário Cardoso de Almeida, filho do expedicionário Matias Cardoso, doa terras aos índios aldeados, dando ordem para que à Missão fossem recolhidos os que andavam pelas fazendas alheias.
O termo de doação foi registrado pelo líder indígena Eugênio Gomes de Oliveira em seu nome e de todos os índios que moram no São João das Missões em Januária, no ano de 1856, logo após a promulgação da Lei de Terras de 1850”. Segundo o Cacique Santo Caetano, o reconhecimento do seu direito de permanecer nas áreas vai trazer mais tranqüilidade e paz para a comunidade, que estava sempre angustiada com mede de ter de deixar suas terras.

Aldeia Morro Vermelho

O território Xakriabá está localizado na região do Médio São Francisco, no município de São João das Missões, Norte de Minas Gerais. Atualmente, a população é estimada em torno de 9.000 índios, vivendo em mais de 30 comunidades/aldeias. As famílias da aldeia Morro Vermelho viviam na periferia de São João das Missões de forma precária, sem moradia, alimentação e sem terras para plantar suas roças.
Em 02 maio de 2006, este grupo resolveu retomar esta área de terras da reserva, conhecida como “Morro Vermelho”. A área faz limite com outras já demarcadas, localizadas nos municípios de São João das Missões e Itacarambi. A retomada da área do Morro Vermelho foi um marco na luta Xakriabá. Cerca de 50 famílias vivem nesta área, plantando suas roças, construindo suas casas, escolas, reservatórios de água e retirando seu sustento.

Um pouco da história de luta pelo território Xakriabá

A luta do povo Xakriabá em reaver parte do seu território tradicional tem marcado a vida de várias gerações. Em 1978, a FUNAI criou um Grupo Técnico – GT, para identificação territorial. A demarcação ocorreu em 1979, deixando de fora áreas importantes e reduzindo para menos de um terço a área original pertencente ao Território Xakriabá.
Com a permanência dos fazendeiros na reserva, o conflito tomou grandes proporções, culminando com a chacina que vitimou o cacique Rosalino Gomes de Oliveira e mais duas lideranças na madrugada de 13 de fevereiro de 1987, a homologação da área se deu em 1989.
A diminuição significativa do território obrigou muitas famílias indígenas a morar nas cidades do entorno. Por ocasião da antiga demarcação, a população Xakriabá era de 3.000 e, hoje, sobrevive no mesmo espaço cerca de 9.000 Índios.
Atualmente, o povo Xakriabá também enfrenta a busca de empregos em canaviais de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, o que tem causado vários problemas. Além de sofrerem com o distanciamento de suas famílias, muitos indígenas acabam sendo vítimas do trabalho escravo e da violação dos direitos trabalhistas. A saída permanente da reserva ainda condiciona o processo de negação da identidade étnica.
Em 2005, a FUNAI liberou um antropólogo para fazer novo levantamento sobre a área pleiteada. O resultado deste trabalho apontou a necessidade de criação de um novo Grupo Técnico - GT. Frente a esta situação, lideranças Xakriabá unificaram o processo de luta pela ampliação dos limites do território, visto que este pedido se arrastava na FUNAI a mais de 10 anos. Assim, a partir da demarcação, o povo Xakriabá busca possibilitar que as famílias indígenas possam sobreviver com mais dignidade.

Ministério interrompe licitação de obra de transposição do São Francisco

BRASÍLIA - O Ministério da Integração Nacional suspendeu nessa quarta-feira, 25, a licitação do lote mais caro das obras do projeto de transposição do Rio São Francisco. A realização desta concorrência pública era apontada pela pasta como uma das medidas para acelerar o ritmo do empreendimento ao longo de deste ano.

Em dezembro, o Estado mostrou que as obras estão paralisadas em vários trechos e que parte do trabalho feito começa a se perder. No final de 2011, o ministério anunciou ainda que faria novas licitações, não programadas, no valor de R$ 1,2 bilhão para salvar a transposição.

A suspensão, publicada nessa quarta no Diário Oficial da União, foi determinada devido à impugnação de um item do edital que trata dos atestados de capacidade técnica das empresas que vão disputar a concorrência. Em nota, o Ministério da Integração trata a decisão como temporária.

O item questionado é o que não permitia a soma de atestados de qualificação para atender a especificações do edital, como a de experiência de execução de barragens de 3,3 milhões de metros cúbicos ou de túneis de 140 metros escavados em rocha. A exigência era de, pelo menos, um atestado para cada um dos oito requisitos de qualificação técnica exigidos no edital. O lote é problemático desde o seu início. Ele compreende a construção de cinco reservatórios em Jati (CE). A primeira concorrência para o trecho foi anulada em 2010 acatando determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). Naquela ocasião, o ministério tentava licitar as obras apenas com projeto básico.

O novo edital foi preparado ao longo do ano passado e publicado em dezembro de 2011. O valor estimado na concorrência era de R$ 720,8 milhões. A entrega das propostas pelas empresas estava marcada para acontecer na tarde desta quinta-feira, 26.

De acordo com informações do ministério, 20 empresas tinham feito visitas técnicas na obra para buscar mais detalhes a fim de participar da licitação.

Prioridade. O lote que teve a licitação suspensa faz parte do eixo norte da transposição, o maior da obra. A previsão do governo é entregar em 2015 o trecho de forma completa.

A obra da transposição do Rio São Francisco é a mais cara do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) entre as que serão feitas integralmente com recursos públicos. Apontada como prioritária ainda no governo Luiz Inácio Lula da Silva, ela teve início em 2007 e foi usada como cenário de campanha da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2010. O custo inicial era de R$ 5 bilhões, mas já saltou para R$ 6,9 bilhões.

O ministério enfrentou nos últimos dois anos problemas com os consórcios contratados e a maioria deles abandonou os canteiros no sertão nordestino. Foram feitos acordos para a retomada em 2012, mas parte das obras que tinham sido entregues ao setor privado passará por nova licitação porque as empresas não concordaram em concluí-las pelo preço determinado.

Ações em defesa do Velho Chico


O compromisso com a continuidade das ações em defesa da Bacia do Rio São Francisco foi renovado nesta quarta-feira, em Salvador, com a assinatura do aditivo ao Termo de Cooperação Técnica do Programa de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI). O aditivo objetiva a inclusão de novos parceiros à cooperação técnica, fortalecendo a atuação da FPI que visa a revitalização da bacia do São Francisco com a fiscalização das atividades realizadas no local. O Programa, desenvolvido em setembro de 2010 pelo Ministério Público, tem a participação da Secretaria da Agricultura (Seagri) através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), além de outras entidades públicas estaduais, federais e sociedade civil organizada.

A partir de agora passam a integrar a FPI a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), a Superintendência Regional do Trabalho (SRTE) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Para o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, a consolidação da FPI demonstra não só a preocupação com o meio ambiente, mas também o nível de comprometimento de dirigentes e do governo estadual em promover o desenvolvimento da Bahia. “Em um programa como este, todos os parceiros envolvidos na causa brilham com a mesma intensidade, realizando um trabalho eficaz e eficiente para o Estado e para a população”, avaliou Eduardo Salles, citando a fundamental participação das secretarias estaduais do Meio Ambiente, Fazenda, Saúde e Segurança Pública.

A participação da Seagri, através da ADAB, visa o combate ao abate clandestino de animais destinados ao consumo humano, bem como reprimir a produção e comercialização de alimentos de origem animal fora dos padrões higiênico-sanitários estabelecidos em lei.

O diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, salientou que a parceria interinstitucional nas FPIs tem servido de exemplo em diversas iniciativas, favorecendo o meio ambiente e a qualidade de vida no entrono do São Francisco. “O monitoramento contínuo, a integração permanente entre os entes participantes da FPI e o sucesso do programa se devem à decisão dos órgãos em atuar conjuntamente e de forma compartilhada”, destacou Paulo Emílio. Também integram a FPI o Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia da Bahia (CREA), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA).

Fonte: Jornal Nova Fronteira

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Off-road >> Rally Velho Chico: vai encarar?


Bela paisagem é apenas uma entre tantas a se apreciar durante o trajeto
(Foto/cortesia: Ricardo Leizer)
  Se há uma boa maneira de se conhecer as belezas de Alagoas desfrutando, além das paisagens, de muita diversão e adrenalina, é participando do “Rally do Velho Chico”, tradicional prova que, agora em 2012, acontecerá entre os dias 10 e 12 de fevereiro de 2012.
Programação >> A largada da competição será na Praia do Gunga e a chegada às margens do Rio São Francisco. Toda a programação da prova já está definida: a sexta-feira (10/2) será um dia reservado para a secretaria de prova realizar as vistorias técnicas e administrativas. No sábado (11/2) ocorrerá a primeira “especial”, situada entre Maceió e Penedo, este último, local de pernoite. No domingo, dia 12 os competidores farão o caminho inverso, largando de Penedo e com chegada programada para a capital Alagoana. Maiores informações podem ser conhecidas no site oficial do evento: www.velhochico.net.br


Fonte: Fábio Amorim ("Acelerando por aí...")

AMORES NO VELHO CHICO


AMORES NO VELHO CHICO nasceu do princípio de que comunicação de fatos, jeitos e trejeitos das pessoas está na narrativa cinematográfica fiel, dos fatos como apresentados pelo seu protagonista, o povo ribeirinho, personagem central das histórias retratadas.

O principal objetivo da expedição AMORES NO VELHO CHICO é trazer a tona este potencial através do desenvolvimento e da produção de documentários que possam mostrar não somente simples biografias, mas as riquezas do pensamento humano, pelo olhar das pessoas que buscam o bem, pelo bem.

Nós queremos mostrar e contar as histórias de pessoas. Sabemos que pode parecer, à primeira vista, algo um tanto prosaico, um tanto quase insano, beirando ao melódico e enfadonho se comparado ao mundo que vivemos.

Mas será assim mesmo? Estamos fadados a viver estes tempos encobertos de fardos tristes e desmerecedores do descanso da nossa alma? Então se prepare para o que vamos lhe contar.

Histórias de vida podem parecer até um fato desgastado, porém até o mais cético dos leitores se envereda por casos e biografias. E todos têm um história própria pra contar, nem que seja para justificar sua descrença na sua existência ou integridade.

E estas vidas têm formas. Forma de casal, forma de amigo, de criança, de pai, de mãe, filho, todas enlaçadas no amor. No bem, pelo bem. São atos de solidariedad e, de companheirismo, de doação. São desencontros e encontros. Muitas desconhecidas do grande público, mas, podemos afirmar, são surpreendentes.

Assim, pensando e refletindo, apaixonados por pessoas, letras e histórias da vida real, Amores no Velho Chico propõe buscar, no cotidiano de todo gêmero de pessoas, histórias que comprovem, para todo o país, que vale muito a pena amar e ser amado. E que tem muita vida por aí, muita história real capaz de deixar neveleiros de plantão embasbacados e entretidos. E é pra ser mostrado e admirado.

Contar os Amores no Velho Chico é ressaltar tudo que é humano e eterno, valorizando o que nosso, vital e pungente, para nós, brasileiros, e para o mundo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Está aberta a programação do XXV Encontro Cultural de Propriá

Procisão Fluvial 1985, Por Everaldo Fernandes 
Teve início na manhã desta terça-feira (24), a programação do XXV Encontro Cultural de Propriá. As atividades foram abertas com a realização do II Unit Cultural, que prossegue até esta quarta-feira, no auditório da Universidade Tiradentes, campus Propriá. Na solenidade de abertura, que contou com a presença do prefeito José Américo Lima e outras autoridades e representantes da instituição de ensino superior, foram realizadas apresentações culturais e em seguida, palestra com o historiador Luiz Antônio Barreto.

À tarde, a programação tem continuidade, às 14h, com Mesa-redonda, presidida pelo Prof. Dr. Douglas Aparatto-CESMAC. O tema abordado será o Rio São Francisco. Ás 16h, haverá outras palestras com outros temas relevantes.

“Ao longo desta semana iremos realizar discussões importantes durante a programação da festa do Bom Jesus dos Navegantes e Encontro Cultural. As atividades tiveram início esta manhã, com o II Unit Cultural, evento promovido pela Universidade Tiradentes, em parceria com a Prefeitura de Propriá. Neste evento, vamos refletir e debater sobre a Cultura Popular. O nosso principal objetivo é manter viva todas as tradições folclóricas existentes em nosso município”, afirmou o prefeito, José Américo Lima.

O secretário municipal de Cultura e Meio Ambiente, José Alberto Amorim agradeceu o empenho da administração para organizar a Festa do Bom Jesus e destacou também o resgate do Encontro Cultural. “Esta cidade é rica em cultura e durante muito tempo não é realizado o Encontro Cultural. Neste período, como disse o prefeito, iremos refletir e debater sobre a cultura popular e identidade do povo ribeirinho, mas também conferir apresentações culturais importantes e cortejo de grupos folclóricos pelas principais ruas da cidade. Tudo isso está sendo feito através de parcerias, a exemplo desta com a UNIT”, ressaltou Amorim.

A coordenadora do Unit Cultural, Kátia Araújo, destacou que, através deste evento, a Unit participa efetivamente das discussões que envolvem cultura popular e a identidade do povo ribeirinho. A instituição está inserida nesta sociedade e assume sempre o compromisso de contribuir com a melhoria da educação e da qualidade de vida dos propriaenses. Nós acreditamos que através do conhecimento é que poderemos transformar as situações e lutar pelos nossos direitos, defender o Meio Ambiente, a Cultura, causas sociais, entre outras coisas”, frisou Kátia Araújo.

Fonte: Plenário - Diego Góes 
Publicado em: 24/01/2012 13:21:55

Três Marias: 160 velejadores disputam 2² etapa do 38° Campeonato de Vela


Começou, nesta terça, 24, a segunda etapa do 38º Campeonato Brasileiro da Classe Laser, com as regatas das categorias Standard e 4.7, que iniciam a disputa da segunda etapa do 38º Campeonato Brasileiro da Classe Laser. As provas vão reunir 160 velejadores na represa da hidrelétrica de Três Marias, no Noroeste de Minas, até sexta-feira, 27.

Medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos de Praia e campeão no ranking da Associação Brasileira da Classe Laser (ABCL), o paulista João Hackerott é um dos favoritos na classe Standard. Aos 22 anos, ele coleciona conquistas em competições nacionais e no exterior. Após temporada de campeonatos na Europa, João estava em treinamento intenso no litoral norte de São Paulo. ´Para mim, o Brasileiro da Classe Laser tem um grande peso. Uma vitória duas semanas antes da seletiva para as Olimpíadas de Londres é muito importante´, destaca.

Após competir no Mundial de Vela em Perth, na Austrália, o catarinense Alex Veeren também está na disputa pelo título na classe Standard. No ano passado, ele conquistou o Campeonato Sul Brasileiro de Laser e foi vice-campeão no Campeonato Brasileiro.

Na classe 4.7, os destaques são os velejadores Lucas Farina, campeão no ranking nacional da classe, e Antonio Cavalcanti Rosa, vencedor do Campeonato Brasileiro em 2011. Nicholas Grael, filho do medalhista olímpico Lars Grael, faz sua estreia em campeonatos brasileiros nas classes Radial e 4.7.

Campeonato Brasileiro
O 38° Campeonato Brasileiro da Classe Laser é a primeira seletiva para os mundiais da International Laser Class Association (ILCA) e reúne 180 velejadores. Serão 96 velejadores na categoria Standard e 64 na 4.7, além daqueles que disputaram a Radial na última semana. A disputa desta modalidade olímpica de vela com apenas um tripulante terá representantes de 13 estados do país.

Classe olímpica masculina, a Laser Standard é composta por velejadores com 80 kg e área vélica de 7,06 m². Transitória do Optimist para a Radial ou Standard, a Laser 4.7 reúne competidores com até 65 Kg e possui área vélica de 4,7 m².

No último domingo, 22, foram encerradas as competições das categorias Radial Feminino e Masculino. O catarinense Mario Mazzaferro e a paulista Maria Altimira Hackerott foram os grandes vencedores. Na categoria, o campeonato registrou número recorde de participantes, com 104 velejadores. O resultado completo da competição na Radial Feminino e Masculino está disponível no site da ABCL.

Ineditismo

Localizada a 275 km de Belo Horizonte, Três Marias é a primeira cidade do interior do Brasil a receber o Campeonato Brasileiro da Classe Laser. Outro marco inédito é a realização do campeonato no reservatório de uma usina hidrelétrica. O município banhado pelo Rio São Francisco foi escolhido pelas condições ideais para a prática de vela. O lago é um dos maiores do país, com 21 bilhões de metros cúbicos de água, sendo sete vezes maior que a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

Nos últimos anos, o lago de Três Marias sediou o Campeonato Centro-Oeste da Classe Laser (2008 e 2010) e o Campeonato Mineiro da Classe Laser Standard (2009), além das três edições do Tiro de Canoa.

O 38º Campeonato Brasileiro da Classe Laser é organizado pela ABCL, Prefeitura Municipal de Três Marias e Cemig, que também é patrocinadora do evento juntamente com a Votorantim Metais.

Fonte: TV UAI 2.0

Pesca predatória mata tartarugas na APA de Piaçabuçu

Pesca predatória mata tartarugas na APA de Piaçabuçu
Tartarugas marinhas, uma espécie constantemente em risco de extinção, estão aparecendo mortas, às dezenas, em uma Área de Proteção Ambiental (APA) no litoral de Alagoas. A constatação foi feita e registrada em imagens por uma professora universitária de Maceió, que foi visitar o local no último fim de semana.

As imagens foram feitas na manhã desta segunda-feira (23), na APA de Piaçabuçu, no extremo litoral sul de Alagoas. A professora Alessandra Marques Luz, que viositava a região com o marido, relatou que no domingo, em passeio do Pontal do Peba (em Feliz Deserto) até a foz do rio São francisco, em Piaçabuçu, viu duas tartarugas marinhas sangrando e já mortas.

“Ao cruzarmos com um monitor uniformizado do projeto Tamar, que tirava fotos dessas duas tartarugas, perguntamos o que houve, e sua resposta foi que as tartarugas morreram de velhice”, conta Alessandra. “Achamos estranho e hoje [segunda-feira] decidimos voltar lá”.

A professora relata que, antes de voltarem ao local em que havia duas tartarugas mortas, ela e o marido peguntaram o que estava havendo a um morador ligado ao turismo na região.

“Ele disse que há dias em que chegam a aparecer dezoito tartarugas marinhas mortas”, conta Alessandra. “Disse também que o Ibama, o ICMbio [Instituto Chico Mendes] e o Tamar [projeto federal de preservação de tartarugas marinhas] sabem disso há anos”.

A conclusão da professora é em tom de protesto: “Mesmo sendo Piaçabuçu uma área de preservação federal, como indica a placa na entrada da região, essas mortes são situação corriqueira”. Segundo ela, o morador que deu essa informação preferiu não se identificar.

Na volta, um cemitério de tartarugas

No retorno ao local, nesta segunda-feira de manhã, Alessandra conta que se assustou.

“Ao voltarmos lá, nos deparamos com a situação que as fotos comprovam: mais de uma dúzia de tartarugas mortas. Ao longo de mais ou menos 10 km de praia, um cemitério de criaturas em extinção se descortina. Um lugar que deveria ser uma explosão de vida, pois elas desovam e se alimentam por lá, é um cemitério”.

“Na volta, filmei uma conversa com um pescador que informou a medida da rede de pesca: 25mm, razão do encalhe e morte das tartarugas marinhas, segundo o Tamar em conversa comigo pelo Twitter, e também uma conversa com esse mesmo monitor do Tamar que no domingo havia dito que os animais morreram de causa natural. Nesse vídeo, o monitor do Tamar diz: “é comum” e “não posso revelar o número”.

Alessandra lembra uma informação adicional. “Na página do Tamar, na internet, eles dizem que das cinco espécies de tartarugas marinhas existentes no Brasil, três delas frequentam a APA de Piaçabuçu para se alimentar. Eles também dizem que a pesca com rede é a ppossível causa dessas mortes”.

E Alessandra conclui com uma pergunta: “Sendo assim, o que faz a pesca predatória (de arrasto) ser permitida em uma APA?”.

Fonte: Boainformação

Trem fará passeio simbólico para marcar a recuperação da linha férrea

Quarenta e oito anos depois da sua última viagem ligando Piranhas a Jatobá, em Pernambuco, a Maria Fumaça de Piranhas desembarca novamente na cidade alagoana nesta quinta-feira (26). O passeio marca a restauração do trecho da linha férrea que liga as duas cidades. A recuperação será feita com recursos do Ministério do Turismo, da ordem de R$ 3 milhões, viabilizados por emendas do senador Benedito de Lira.

Na obra, serão reaproveitados os trilhos da malha férrea de Maceió que foram substituídos para a implantação do VLT (Veículos Leves sobre Trilho). O contrato da obra será assinado no próximo sábado (28), quando a Maria Fumaça percorrerá 60 metros para simbolizar a reativação da linha férrea. Movida a vapor – lenha e água, a máquina é um modelo alemão fabricado em 1929.

Durante a assinatura do contrato, a Prefeitura de Piranhas vai prestar homenagem a 50 ex-ferroviários com a entrega de uma réplica da Maria Fumaça. Estará presente, além de representantes da CBTU e gestores locais, o senador Benedito de Lira.

Atualmente, a cidade ribeirinha recebe cerca de 3.500 turistas por mês, segundo dados da prefeitura. O retorno do trem é um projeto da prefeitura com o apoio do Governo Federal, por meio da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU).

Locomotiva faz parte da história da cidade
A máquina alemã será composta de duas jardineiras e fará o trajeto de 12,5 km do Centro Histórico de Piranhas ao lago de Xingó, proporcionando um passeio às margens da beira do Rio São Francisco, passando pelo empreendimento da Hidrelétrica de Xingó.

Na década passada, Piranhas foi um elo entre o transporte férreo e o fluvial, com a chegada de cargas em barcos vindos do Centro-Sul, sendo transportadas para o interior do Nordeste por meio de trem. “Mesmo sendo uma nova concepção, a Maria Fumaça representa o resgate da história para os piranhenses”, disse a prefeita Mellina Freitas.

A prefeita anunciou, ainda, que está sendo desenvolvido um projeto para a instalação de um teleférico em Piranhas.

Fonte: Google Notícias

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Transposição tem 10 investigações do MPF em curso

Qui, 19 de Janeiro de 2012 12:36 (Fonte: CPT - Comissão Pastoral da Terra)
A obra de transposição do Rio São Francisco, principal projeto tocado pelo Ministério da Integração Nacional, é alvo de pelo menos dez investigações do Ministério Público Federal (MPF). A maior parte dos inquéritos concentra-se em Pernambuco, estado do ministro Fernando Bezerra Coelho. Três investigações foram abertas na gestão do ministro. (Agência Estado)

 A Procuradoria da República em Pernambuco apura indícios de superfaturamento no Eixo Leste e de descontrole no pagamento de aditivos na gestão de Bezerra. Entre os contratos suspeitos estão o 34/2008, que será retomado na primeira quinzena de fevereiro, e o 29/2008. O primeiro teve reajuste de 14,6% do valor inicial, que passou de R$ 235,5 milhões para R$ 269,9 milhões. O aumento contratual do segundo foi de 21% (de R$ 250,9 milhões para R$ 303,6 milhões).

Outro fato que está sendo apurado é que as medições dos serviços executados estavam sendo feitas pelas empresas construtoras e não pelas supervisoras. Os problemas foram apontados por uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), realizada entre 7 de abril e 27 de maio do ano passado, e remetida ao MPF.

A procuradoria solicitou ainda informações sobre uma denúncia formulada pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon). O sindicato aponta a omissão da comissão de licitação do ministério na concorrência 2/2007.

A investigação está em fase de instrução e a procuradoria aguarda a manifestação final da Corte de Contas para tomar as providências judiciais, caso as irregularidades sejam confirmadas.

Os processos sobre a transposição do São Francisco estão nas mãos da ministra Ana Arraes, mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O governador é presidente do PSB, partido do ministro da Integração. Bezerra está no centro de uma crise política desde que o jornal O Estado de S. Paulo revelou que quase 90% da verba antienchente do ministério foi destinada para Pernambuco.

Há investigações em outros Estados. No Ceará, dois procedimentos foram abertos no ano passado pelo Procurador da República Marcelo Mesquita. O primeiro apura, com base em relatório de fiscalização do TCU, aditivos feitos pelo ministério em contratos do Eixo Norte. O segundo apura a instalação de trechos do Eixão das Águas, projeto do governo estadual que irá escoar na transposição em áreas indígenas. De acordo com a Procuradoria, o estudo de impacto ambiental não considerou a existência da terra indígena Tapeba.

As primeiras ações sobre a transposição foram propostas em 2005. Os inquéritos apuram desde fraudes em licitações até a remoção de índios de locais por onde passam as obras. Segundo o procurador da República de Pernambuco, Rodrigo Gomes Teixeira, autor de dois inquéritos, os processos estão em fase de instrução.

Uma das investigações apura indícios de fraude nas obras das bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional. "As irregularidades repercutem no âmbito da improbidade administrativa e no plano ambiental. A improbidade é consistente na concessão irregular de licença prévia à execução do projeto de integração do Rio São Francisco e já existe processo judicial na Justiça Federal do Distrito Federal", informou o procurador. Já a questão ambiental trata da ausência do dimensionamento dos impactos ambientais da obra.

Em Minas, a única ação da Procuradoria da República foi remetida há quase seis anos ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, o STF entendeu que a competência para analisar as ações seria daquela Corte porque os atos eram praticados por autoridades que tinham foro.

Segundo o Ministério da Integração Nacional, o ministro determinou a implementação de todas as recomendações dos órgãos de controle - TCU e CGU. As medidas administrativas e jurídicas decorrentes do acórdão do TCU 2628/2011, que trata da auditoria analisada pelo Ministério Público em Pernambuco, estão sendo adotadas tanto no âmbito da fiscalização da obra quanto nos processos relativos aos lotes de obras auditados. O ministério afirma que os aditivos não ultrapassaram o limite de 25%, como previsto em lei.

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